terça-feira, 28 de abril de 2015

Prêmio MPE Brasil 2015 abre inscrições

Brasília - Estão abertas as inscrições para a edição 2015 do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas - MPE Brasil. Promovida pelo Sebrae, pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) e pelo Grupo Gerdau, com apoio técnico da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), a iniciativa reconhece conceitos inovadores e boas práticas de gestão em diversos setores da economia.

A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas até o dia 31 de julho pelo site ou em pontos de atendimento do Sebrae espalhados pelo país.

As empresas participantes são avaliadas pela qualidade da gestão e a capacidade inovadora por meio de um questionário de autoavaliação, tendo como base o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), da FNQ. Mais do que indicar o amadurecimento dos negócios, o prêmio pretende incentivar a prática de análise de mercado e a visualização de possíveis oportunidades em diferentes nichos.

Todos os empreendimentos inscritos recebem, gratuitamente, um relatório personalizado com pontos fortes e oportunidades de melhoria na gestão. Com base nesse diagnóstico, o Sebrae também indica soluções e cursos. Assim, os empresários têm a perspectiva de aumentar a competitividade e melhorar seus produtos e serviços, contribuindo para o desenvolvimento econômico da sua empresa e do Brasil.

O volume de organizações interessadas em 2014 foi recorde. Mais de 50,9 mil completaram o processo de avaliação, reforçando a continuidade na busca pela excelência da gestão. Ao todo, mais de 650 mil empresas já foram impactadas diretamente pelo prêmio, desde seu início, em 2002.


Como participar

Estão aptas a concorrer empresas com, pelo menos, um ano fiscal e receita bruta anual até R$ 3,6 milhões. Composto por oito categorias (indústria, comércio, agronegócio, turismo, TI, saúde, educação e serviços, além dos destaques em responsabilidade social e em inovação), o MPE Brasil funciona, ano após ano, como incentivo às micro e pequenas empresas brasileiras, reconhecendo a importância e os resultados alcançados com a utilização dos conceitos de gestão, excelência e qualidade.

Para participar é preciso preencher o questionário de autoavaliação, uma metodologia padronizada nacionalmente. Após concluir o processo, as organizações com melhor desempenho recebem uma visita de avaliadores capacitados e são submetidas a uma banca técnica.

Os empreendimentos reconhecidos em seus estados concorrem à etapa nacional com negócios de todo o Brasil. As vencedoras nacionais participam de uma capacitação internacional, uma missão empresarial nacional, além de serem reconhecidas como exemplo de sistema de gestão alinhado aos princípios de excelência mundiais.


De: Agência Sebrae de Notícias
Fonte: EXAME.com

3 lições para apreender com Gandhi, Mandela e Luther King

São Paulo – Um dos exemplos deixados por três dos mais importantes líderes mundiais do século passado, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Martin Luther King, é, certamente, a capacidade de influenciar pessoas sem ter, necessariamente, autoridade sobre elas.

Característica fundamental para quem deseja liderar desde equipes pequenas no trabalho até grandes grupos de pessoas, a capacidade de influência é o que leva alguém a promover grandes mudanças para atingir resultados.

Investigar como estes três ícones mundiais conseguiram mobilizar multidões em prol de uma causa, em situações e momentos distintos, foi uma das “missões” que João Marcelo Furlan, CEO da Enora Leaders, levou na bagagem ao ter a oportunidade de viajar para Índia, África do Sul e Estados Unidos em 2014.

“Quis determinar padrões de comportamento em comum entre eles, entender as sua atitudes”, diz Furlan. Com a imersão na vida dos três líderes, Furlan identificou três aspectos que se repetiram ao longo de suas trajetórias e que podem servir de fonte de inspiração no campo profissional:


1. Uma ampla visão de mudanças

Tanto Gandhi quanto Mandela e Luther King enxergavam (e desenhavam mudanças) muito à frente de seu tempo. “Quando Mandela foi preso disse aos seus familiares que tempos difíceis viriam, mas enxergava que o fim do Apartheid era um futuro possível, e essa visão positiva o ajudou a suportar 27 anos de prisão”, diz Furlan.

O discurso “Eu Tenho um Sonho”, de Martin Luther King, diz Furlan, também explicita a sua ampla visão de mudança: “eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade”, disse Luther King”. Essa era a imagem que ele projetava para o futuro.

Dentro da realidade profissional, vale refletir sobre qual o objetivo a ser alcançado e acreditar nas grandes mudanças positivas que o tornarão uma realidade. “Faço esse exercício com meus alunos, e peço para desenharem uma imagem clara do que seria o sucesso em suas áreas de atuação, na visão deles”, diz Furlan.

Que mudança objetiva determinaria o sucesso na sua carreira, da sua equipe ou da sua empresa? Defina qual e acredite nela, indica Furlan.


2. Perseverança (mesmo sob as condições mais adversas) 

Em 1906, Gandhi passou a usar o termo SATYAGRAHA ou “insistência na verdade” para definir sua crença e abordagem da não violência com o objetivo de superar a ocupação britânica. “A persistência é a base da não violência”, diz Furlan.

Essa atitude, diz Furlan, influenciou e permeou a atuação de Mandela (que conheceu Gandhi, pessoalmente) e Luther King (viajou à Índia para estudar os seus métodos).

Citando David Ulrich, no livro “Sustentabilidade da Liderança”, Furlan explica o que significa a persistência para um líder: “é superar barreiras em curto e médio prazo, em prol do objetivo em longo prazo.”

Grandes mudanças podem levar a grandes dificuldades, diz Furlan, mas mantenha-se firme, indica o CEO da Enora Leaders. A trajetória de Steve Jobs também é um exemplo. “Ele não abriu mão de seus valores e ideias, foi demitido da sua própria empresa e quando voltou foi quando a Apple teve seu grande sucesso”, diz.


3. Integridade e humildade

Integridade era uma virtude que se repetia nos três líderes. Além disso, suas trajetórias materializaram os exemplos de humildade e fraternidade que quiseram transmitir às pessoas, diz Furlan.

Ele conta que Gandhi costumava lavar os pés dos doentes, atitude símbolo de sua humildade.Seus seguidores se identificaram com estes valores, o que explica, em parte, sua enorme capacidade de influência. 

“Um líder não cria barreiras entre ele e as pessoas”, diz Furlan. A lição-chave aqui, diz ele, é perceber que pessoas seguem o que parece ser “o certo” para elas, desde que exista humildade na forma de liderar.


Por: Camila Pati
Fonte: EXAME.com

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Concurso de Monografias


Convite

A tecnologia virou obrigação?

A Fundação Carmelitana Mário Palmério têm a honra de convidá-lo a participar desta palestra. A chegada do SPED fez com que o Contabilista e o Empresário entrassem no mundo da tecnologia, que tem como meta a redução de custos e o aumento da produtividade. Entenda de forma didática essa nova realidade e o quanto a sua empresa ainda precisa se adaptar. Veja que novidades estão chegando para movimentar ainda mais a sua rotina.

Público alvo: donos de escritórios contábeis, empresários (indústria, comércio, atacadistas e distribuidores), diretores e gerentes e alunos de graduação. 

Dia 28/04/2015

Credenciamento: 18:45
Início: 19:00
Encerramento: 21:00
Auditório - Fundação Carmelitana Mário Palmério
Av. Brasil Oeste, s/n Jardim Zenith 
Monte Carmelo – MG



Inscrições Gratuitas. Clique no link abaixo e insira seus dados, para garantir a sua vaga.
Inscrições aqui!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Sete dicas para melhorar seu inglês

Esqueça aquele conceito e a famosa desculpa de que o único modo de praticar uma nova língua é saindo do país

Assista séries e filmes com áudio e legenda em inglês: aperte a tecla SAP
Falar um outro idioma é super importante para deslanchar na carreira. Um funcionário bilingue pode ter um salário 52,89% mais alto, se comparado a uma pessoa que não tem domínio de línguas estrangeiras, de acordo com uma pesquisa da Catho. A procura por cursos e métodos para aprender inglês aumentou 27%, durante o ano de 2014, no Brasil, segundo a British Council. É cada vez maior o número de pessoas que buscam aprender inglês, seja para dar um salto na vida profissional ou mesmo para se preparar para uma viagem. Se você se encaixa nesse perfil, esqueça aquele conceito e a famosa desculpa de que o único modo de praticar uma nova língua é saindo do país e siga as dicas que o Cambly separou para aprimorar o seu inglês e seu currículo.


1. Ouça música

Não importa qual o seu estilo favorito, ouvir música em inglês ajuda a treinar o ouvido e a se acostumar com a pronúncia das palavras. Se você não sabe por onde começar, aplicativos como Spotify e Rdio trazem playlists com músicas sugeridas. E o melhor, tudo online, sem precisar fazer download.


2. Assista séries e filmes com áudio e legenda em inglês

Desde a infância, filmes e séries americanas têm feito parte da nossa rotina. Então, por que não apertar a tecla SAP? Seriados mais antigos como Friends ou desenhos animados costumam ter uma linguagem mais simples, sem muitas gírias ou abreviações. Mas se a vontade de arriscar for maior, legendas em inglês também são uma boa pedida para encarar aquela trilogia que você adora e repete sempre.


3. Compre um livro bilíngue ou totalmente em inglês

Alguns livros são disponibilizados também na versão em inglês – ou bilíngue – o que torna o preço, muitas vezes, inacessível. Invista em sebos ou procure aplicativos de e-books. O Evobooks, por exemplo, disponibiliza livros didáticos e interativos. Se sentir necessidade, não pense duas vezes, use o dicionário.


4. Convença amigos a entrar nessa com você e tire alguns minutos do dia trocando mensagens em inglês

Depois de ter renovado o vocabulário com músicas e séries, nada melhor que colocar tudo em prática! Convença um amigo que também queira treinar o idioma a trocar mensagens em inglês com você. Não importa o conteúdo da conversa, o importante é praticar. Combinem também de corrigir um ao outro em caso de erros na escrita ou na construção da frase.


5. Podcast ou audio books

A nova onda é acompanhar mini série via áudio. Para quem tem sistema iOS, uma dica é o Podcast, aplicativo que vem instalado no aparelho e disponibiliza gratuitamente e em inglês, capítulos semanais de diversos seriados. Se você tem Android, aplicativos como oTuneIn têm a mesma função.


6. Informe-se em inglês!

É comum procurar saber sobre o que acontece no mundo pela manhã, seja em portais, jornais ou pela televisão, então por que não fazer isso em inglês? Alguns jornais como New York Times ou The Guardian atualizam seus portais diariamente. Aproveite para conhecer também um novo ponto de vista.


7. Use apps, faça exercícios e pratique

Se a dificuldade em compreender a gramática é grande, aplicativos podem ajudar na hora de aprender ou praticar. O Duolingo oferece diversos níveis de exercícios, que posteriormente são corrigidos por estrangeiros. Mas se o problema for praticar a conversação, o aplicativo Cambly permite interação via vídeo conferência com falantes nativos do idioma para aprimorar a compreensão da língua.


Fonte: Portal Administradores

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Professor do Curso de Bacharelado em Administração e egressa do curso tem artigo publicado na Revista Metropolitana de Sustentabilidade – RMS

O Prof. Adm. Me. Cassio Raimundo Valdisser, em parceria com egressa do curso de Bacharelado em Administração – Suiane Renata Pereira Costa, tiveram o seu artigo: Uma Análise do Discurso Organizacional sob o Prisma da Responsabilidade Socioambiental: O Caso SABESP/An Analysis Of Speech In Organizational Prisma Of Social And Environmental Responsibility: The SABESP Case, publicado na Revista Metropolitana de Sustentabilidade – RMS.

O artigo é decorrente do Trabalho de Conclusão de Curso da egressa, o qual já havia sido aprovado no XV Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente – ENGEMA – 2013, evento promovido pela FEA-USP. Tal evento tem como objetivo reunir pesquisadores, profissionais, empresários e gestores públicos e privados envolvidos em novas abordagens em gestão ambiental nas empresas.


Abaixo, segue o resumo do trabalho:

Resumo:
A discussão sobre o papel das empresas quanto à responsabilidade socioambiental está cada dia mais presente nos meios de comunicação e nos trabalhos acadêmicos. Frente a esse cenário, muitas empresas investem em ações de responsabilidade social e ambiental para atenderem às exigências legais e as da sociedade que demanda uma postura responsável das empresas, que por sua vez, utilizam essas ações para promoverem sua imagem. O presente artigo tem por objetivo evidenciar as práticas sociais e ambientais da empresa SABESP por meio da análise de seu discurso organizacional. O referencial teórico aborda literaturas sobre responsabilidade social e ambiental em âmbito geral e a junção de ambas que originaram a terminologia “responsabilidade socioambiental”. Quanto à metodologia, foi realizado um estudo de caso em uma empresa que se destacou entre as demais pesquisadas e expostas às técnicas empregadas. Foi analisado o discurso e realçado às suas ações frente ao meio social e ambiental, e a partir dessa análise observados pontos relevantes sobre o marketing de sua marca e a questão de identidade da empresa.

Palavras-chave: Identidade organizacional; Imagem empresarial; Sustentabilidade.


Para acessar o artigo na íntegra, clique em: PDF

O Projeto da Terceirização ameaça os Direitos Trabalhistas?

Conversamos com Sindicatos, Entidades Empresariais, Professores e Advogados para entender como a Lei aprovada pela Câmara irá afetar a vida dos brasileiros

Entidades industriais afirmam que projeto da terceirização trará
maior competitividade à indústria (Foto: Agência Brasil)
Não são poucas as polêmicas que envolvem o projeto de lei 4330/04, que regulamenta a terceirização no país e foi aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, no dia 08 de abril. Elas dividem centrais sindicais e empresários; governo e base aliada; trabalhadores e empresas. A principal mudança, da qual decorre a maioria das discordâncias, diz respeito ao fato de o texto permitir a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade ou setor de uma empresa privada. "O contrato de prestação de serviços pode versar sobre o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou completares à atividade econômica da contratante", diz o artigo 4º. Hoje, a terceirização só é permitida para as chamadas "atividades-meio", ou seja, serviços de apoio, como limpeza, informática e segurança. Ontem (15/04), a Câmara aprovou uma mudança no projeto, proibindo que a terceirização ocorra em empresas públicas e de economia mista (Petrobras, Caixa e Banco do Brasil).

Não há dados oficiais sobre quantos empregados atualmente estão sob esse regime de contrato, mas levantamento da CUT em parceria com o Dieese estima que em 2013havia 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados no país. Centrais sindicais, como a CUT, defendem que o projeto de lei ampliará substancialmente esse número e que a terceirização é sinônimo de precarização do trabalho, baixos salários e menores benefícios. Também argumentam que será mais difícil processar diretamente a contratante, caso a prestadora de serviços não cumpra as obrigações trabalhistas. Os defensores do projeto - empresários, entidades industrais, associações -, no entanto, veem a possibilidade de formalizar o mercado de trabalho para terceirizados, aumentar a fiscalização da segurança no trabalho e a melhorar a competitividade das empresas brasileiras.

O PL 4330/04 tramita há mais de 10 anos no Congresso. Ele foi apresentado em 2004, para definir parâmetros que regulamentassem a terceirização. Até agora, todas as decisões sobre o tema são baseadas na Súmula 331, elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho. A súmula, no entanto, representa uma insegurança jurídica, já que pode ser alterada a qualquer momento.

Advogados afirmam que o projeto não substitui a CLT, a principal legislação trabalhista, mas regula um tipo de contrato de específico. O projeto ainda precisa ser avaliado e aprovado pelo Senado, pode voltar à Câmara, e, só depois, irá para sanção da presidente Dilma Rousseff, que poderá vetá-lo. O governo já se posicionou contra a aprovação da lei. Em nota oficial, o ministro Miguel Rosseto chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que isso "traria precarização as relações de trabalho, reduziria os salários e os fundos de seguridade social".

Nesta semana, o Congresso se viu pressionado por vários setores. Lideranças do governo tentaram emplacar uma emenda que alterasse a contribuição previdênciária prevista, as centrais sindicais pediram que a terceirização fosse destinada apenas a "atividades-meio" e, mesmo entidades a favor do projeto, como a Força Sindical, lutam para alterar a responsabilidade das empresas envolvidas para garantir segurança dos funcionários - mudando o que o projeto estipula como "responsabilidade subsidiária" para "responsabilidade solidária".

Abaixo, confira os principais pontos propostos pelo PL 4330:

 Como é hojeO que a PL muda 
Atividade que pode ser terceirizadaAtividades-meio, ou seja, de apoio à empresa (limpeza, segurança, recepção, telefonia, segurança etc)Estende terceirização até para "atividades-fim". Ou seja, qualquer setor da empresa poderá ser terceirizado. A lei, no entanto, afirma que a prestadora de serviços precisa ser especializada no serviço para o qual foi contratada 
Filiação Sindical A filiação sindical dos empregados de uma empresa terceirizada é livre eles não são representados pelo sindicato da empresa contratante e geralmente ficam sob o guarda-chuva dos sindicatos gerais das prestadorasSe a contrantante e a prestadora de serviço realizarem a mesma atividade econômica, os terceirizadores serão representados pelo mesmo sindicato que representa a contrante. Por exemplo: a empresa presta serviços de usinagem em uma metalúrgica. Os empregados serão representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos 
Responsabilidade das Empresas EnvolvidasO trabalhador pode acionar na Justiça tanto a empresa contrante quanto a prestadora de serviços. Mas a Justiça cobra, primeiro, da prestadora de serviços indenizações. Se os bens dela se esgotarem ou a empresa falir, o empregado receberá da contranteA contrante somente responderá por obrigações trabalhistas (direitos e contribuições previdenciárias) se o empregado não receber da prestadora de serviços após ação na Justiça. A lei também obriga que a contrante fiscalize se a empresa contrada está pagando esses direitos 
BenefíciosNão é previstoA empresa contratante pode estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços benefícios oferecidos aos seus empregados, como atendimento médico, ambulatorial e de refeição (oferecidos nas dependências da contratante ou no local por ela designado
Atuação da terceirizada Uma terceirizada pode prestar serviços variados de áreas distintasAs terceirizadas só poderão ter um objeto social, ou seja, precisarão ser especializadas em uma atividade. Não poderão, por exemplo, prestar serviços de segurança e limpeza. Se quiserem ter atividades diversificadas precisarão abrir filiais, com objetos sociais distintos 


O "perigo" do PL para os especialistas

Como justificativa para a lei, o texto do projeto defende que, no Brasil, a "legislação foi verdadeiramente atropelada pela realidade". Ao tentar de maneira míope proteger os trabalhadores simplesmente ignorando a terceirização, a legislação teria conseguido apenas deixar mais vulneráveis os brasileiros que trabalham sob essa modalidade de contratação. Especialistas em direito trabalhista concordam que o setor precisa de uma regulamentação específica para os terceirizados. O projeto aprovado na Câmara, no entanto, teria falhas e abriria algumas brechas para questionamentos sobre responsabilidade trabalhista da empresas e o que poderia ou não ser terceirizado.

A advogada especialista em direito trabalhista, Maria Lúcia Benhame, afirma que o projeto é "vago, confuso e subjetivo". "O que eu vejo de maior problema é a questão da definição do que é uma terceirização". No texto final aprovado, o relator Arthur Maia afirmou que haverá a possibilidade de terceirizar "uma parcela de qualquer atividade da empresa contratante". Para Benhame, essa indefinição sobre quais os limites dessa parcela, levarão muitos processos ao Judiciário - justamente por ser vaga e não definir exatamente o que pode ou não ser terceirizado.


A terceirização é boa para o mercado de trabalho?

Dos 28 partidos com representação na Câmara, só dois votaram integralmente contra o projeto: o PT e o PSOL. Ao lado deles - e contra o projeto - estão centrais sindicais, como a CUT e a CNTE. Ambos prometem reações e manifestações caso o projeto avance no Congresso. "A terceirização tem se transformado em uma máquina de matar gente. A situação dos 12 milhões de tercerizados atuais é muito precária. Nossas pesquisas mostram que, além de ganharem 25% menos e trabalharem mais, eles adoecem mais frequentemente devido a acidentes no trabalho", defende Graça Costa, secretária-nacional de Relações do Trabalho da CUT.

Graça cita o levantamento da central elaborado em parceria com Dieese, que aponta que os terceirizados ganham, em média 24,7% menos, trabalham três horas a mais por semana, tem maior rotatividade (permanecem em média 2,7 anos no emprego, contra 5,8 dos trabalhadores diretos). Para a CUT, o projeto não só não traz segurança jurídica aos terceirizados atuais, como também fará com que "boa parte dos 34 milhões de trabalhadores diretos passe a ser terceirizado". "As pessoas vão perder empregos formais e vamos ter queda de, no mínimo de 25% na renda do trabalhador, o que impactará o consumo e mais ainda a economia brasileira", afirma.

A opinião é endossada pelo sociólogo e professor da Unicamp, Ricardo Antunes. Segundo ele, é na terceirização que o "trabalho escravo, sem direitos, mais fatal e o que burla mais encontra maior acolhida". "Guardadas as diferenças do tempo histórico, se pudéssemos fazer uma metáfora dura, este projeto teria o sentido de uma regressão à escravidão da força de trabalho. Ele rasga a CLT", defende Antunes. Entre seus argumentos, ele pontua que a terceirização divide a organização dos trabalhadores, diminui salários médios e estimula a demissão de empregos formais ao mesmo tempo em que reduz os custos das empresas.

Já a Força Sindical, que apoia o projeto, afirma que ele poderá representar os milhões de terceirizados atuais, à medida que "coloca mais fiscalização sobre empregados de prestadoras trabalhando em situações precárias. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, defende opinião contrária à CUT e acredita que a nova filiação sindical [empregados da terceirizada, caso exerçam atividade-fim serão representados pelo sindicato da contrante] trará benefícios ao trabalhador. "Hoje, o sindicato, por exemplo, não participa das decisões. Agora, ele poderá fazer reivindicações dos terceirizados, que vão ter melhor representação tanto para lutar por melhores salários quanto por mais segurança", diz. Torres não acredita que haverá uma "terceirização em massa" por conta das maiores responsabilidades impostas a empresas contratantes. "A contratante passa a ter obrigação de fiscalizar. Hoje, a maioria das empresas terceiriza de forma ilegal para ter baratear seus processos. Mas, agora, elas terão que gastar mais para ter maior controle", diz.

"O objetivo da Lei é regulamentar uma prática já utilizada pelas empresas. Com a regulamentação, os empregados terão mais proteção, pois caberá à contratante manter fiscalização constante para se assegurar que a empresa terceirizada cumpre regularmente com o recolhimento dos encargos trabalhistas”, explica a advogada Anna Maria Godke de Carvalho, do escritório Godke, Silva & Rocha. Ela cita o caso da Petrobras, envolvida na Lava Jato, e com milhares de empregados terceirizados, de empresas que estão falindo ou sem receber. "Com o encerramento de contratos e projetos, a estatal enfrenta uma série de ações trabalhistas desses terceiros, que ficaram desassistidos quando suas empresa perderam contratos".

As entidades industriais e as associações comerciais defendem que o projeto é um "avanço para empresas e trabalhadores". A CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e a FIESP afirmam que ele ajuda a melhorar a competitividade da indústria como um todo, através da "maior segurança jurídica propiciada nas contratações". "A terceirização promove a integração de empresas no fornecimento de bens e serviços, não sendo uma simples modalidade de contratação de trabalhadores para burlar a legislação trabalhista ou reduzir custos da folha de pagamento", defende a CNI em nota. Para a confederação, a terceirização é uma "tendência mundial". "As empresas fazem parceria, nenhuma faz tudo. Quando você junta a expertise de várias empresas, o bem ou serviço vem com tecnologia melhor e a um preço mais acessível ao consumidor".

Em entrevista coletiva, o presidente da Federação das Indústrias do estado de São Paulo, Paulo Skaf, afirmou que a terceirização "é sinônimo de especialização e explicou que a aprovação do PL não tira nenhum benefício da classe trabalhadora". Pesquisa realizada pela Ciesp e Fiesp, com 900 trabalhadores e 235 indústrias de diferentes portes e segmentos, mostra que 83,8% dos entrevistados acham que a lei é positiva e a aprovação, entre terceirizados, chega a 90,8%. Para 79,8% dos entrevistados, a lei vai gerar novos empregos.

Já a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) defende que a lei ajudará a "evitar as dispensas que virão nos próximos meses", decorrentes da crise econômica que o país enfrenta. "O desemprego é a coisa mais urgente que temos que atender. Nisso é que temos que pensar: em como evitá-lo. Os empresários tem grandes custos com a CLT hoje e precisam aumentar a competitividade. Se você não puder terceirizar, irá reduzir todas as oportunidades e não criará nada", afirma o presidente da associação, Alencar Burti.

Deputados votam Projeto de Terceirização (Foto: Agência Brasil)
Com a terceirização, o número de processos trabalhistas aumentará?

O Tribunal Superior do Trabalho possui atualmente 16.323 processos tramitando referentes à terceirização - 5,32% do total que tramita no TST. Advogados não acreditam, porém, que a lei poderá pôr fim ao número de ações trabalhistas sobre a prática. "Não vai desafogar o Judiciário. Não é a terceirização que afoga o Judiciário. É o descumprimento da lei trabalhista no geral", afirma a advogada Maria Lúcia Benhame.


Desemprego vai aumentar?

Para o sociólogo Ricardo Antunes, se a lei for sancionada, em poucos meses, o número de terceirizados no país "pode triplicar". "Isso porque foi eliminada a diferença entre atividades meio e fim, de tal modo que agora as empresas podem aumentar em duas, três vezes o número atual de terceirizados, já que querem reduzir custos. É bem possível que a gente chegue rapidamente a 30 milhões de trabalhadores sob esse contrato", disse. Entidades empresariais defendem o contrário. Paulo Skaf, da Fiesp, prevê que, com "a maior segurança jurídica que a lei traz, ela poderá representar no futuro a geração de 700 mil empregos por ano em São Paulo e mais de 3 milhões/ano no Brasil Hoje, a federação estima que a mão de obra terceirizada ocupada na indústria paulista é de 300 mil empregados.

Para a advogada Anna Maria Godke de Carvalho, é delicado tentar prever o impacto que o projeto terá no nível de desemprego e nos salários, porque a economia do país vive um mau momento. O aumento da carga tributária e outros fatores que pressionam neste momento as empresas. "Não é o fato de a lei ser aprovada ou não que vai modificar nível de salário, por exemplo. O problema é que a economia está estagnada hoje", afirma.

A Força Sindical acreditará que não haverá estímulo ao desemprego decorrente diretamente do projeto de lei, como também um estímulo à "terceirização em massa". O presidente da Força, Miguel Torres, cita a chamada "cláusula anticalote" que foi acrescentada ao projeto. Pela cláusula, a empresa que fornece os serviços ou produtos a outras empresas terá de reservar 4% sobre o valor do contrato para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas e previdenciários dos terceirizados. "Hoje, a grande maioria das empresas terceiriza para ficar mais barato, porque acaba contratando um serviço precário, que não fornece benefícios aos trabalhadores. Agora, você obriga a prestadora a ter esse fundo, o que aumentará seus custos e ela acabará cobrando mais caro", afirma.


O poder de negociação dos sindicatos diminuirá?

O texto não assegura a filiação dos terceirizados no sindicato de atividade preponderante da empresa. Propõe que a filiação seja a do sindicato da empresa contratante, se a atividade econômica da prestadora de serviços coincidir. Por exemplo: uma empresa que presta serviços dentro de uma metalúrgica seria representada pelo sindicato metalúrgico. Agora, uma empresa de serviços bancários que prestasse serviço a uma de contabilidade não poderia ser representada pelo Sindicato dos Bancários - e sim, pelo de Assessoramento e Contabilidade. Especialistas afirmam que a negociação sindical perderá dependendo do novo rearranjo: há sindicatos mais fortes e outros com menor poder de barganha. Graça, da CUT, defende que a mudança na filiação sindical, e consequente contribuição, enfraquece o poder de negociação com os patrões. "A organização sindical no Brasil já é muito pulverizada, com poucos sindicatos fortes. O que está sendo proposto só piora a situação, porque irá pulverizar mais e mais - enfraquecendo o movimento como um todo".

Manifestantes em frente ao Congresso – Protesto contra o
Projeto de Terceirização (Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil)
Reação dos movimentos sociais

A CUT luta para mudar diversos aspectos do projeto aprovado: quer impedir a liberação da terceirização para atividades-fim; a responsabilidade solidária da empresa contratante [que ela possa ser processada diretamente pelo empregado, como ocorre hoje]; contrato trilateral (que reúna o empregado, contratante e prestadora de serviços e não somente as duas últimas), além da representação sindical pela categoria preponderante, e não pelo da atividade econômica da contratante (ver tabela acima). Segundo Graça, a central continua nas negociações, mas agora aguarda a discussão no Senado. "Nós estamos acumulando energia para as próximas etapas", afirma. Segundo ela, mobilizações continuarão para pressionar os senadores a "enterrarem o projeto". A CUT tem apoio de outros sindicais, como o CNTE.


Por: Barbara Bigarelli
Fonte: Época Negócios

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Ex-dono de faculdade lança plataforma para aproximar empresas e universitários

Paulo Futami deixou sua empreitada anterior para criar o Mybrainstorm, que permite aos alunos resolver problemas reais de empresas reais

Mesmo tendo fundado duas faculdades na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, Paulo Futami sentia que seu alcance era limitado dentro da instituição. “Universidades têm estruturas bem definidas, muitas vezes arcaicas, e são muito reguladas pelo Ministério da Educação”, diz ele.

Por isso ele deixou as faculdades com a meta de aproximar o mundo acadêmico da realidade das empresas, talvez um dos maiores desafios do ensino superior.

Foi assim que surgiu a ideia de criar a Mybrainstorm, uma plataforma que permite aos alunos resolver problemas reais de empresas reais. “Queria oferecer ao aluno a oportunidade de praticar o que é aprendido na sala de aula usando desafios ou problemas do mundo real”, diz Futami.

Desde fevereiro deste ano em funcionamento, a Mybrainstorm levou seis meses para ser desenvolvida e consumiu investimentos de R$ 120 mil.

Há cerca de um mês e meio no mercado, a plataforma reúne hoje 40 empresas e 200 estudantes. Até agora, 50 desafios foram resolvidos pelos universitários. “É incrível pensar que um aluno de uma universidade em São Paulo pode ajudar um pequeno empresário da cidade de Manaus a resolver um problema de fluxo de caixa ou de comunicação”, afirma Futami.

Segundo ele, além de ajudar as empresas a resolverem seus dilemas internos, a MyBrainstorm é positiva para os universitários à medida que os ajuda a conseguir emprego. “As empresas usam a plataforma para identificar os melhores colocados nos diversos rankings que a ferramenta possui. O aluno contribui, é avaliado pelo empresário e depois é ranqueado por estado, cidade e universidade”, explica o empreendedor.

A plataforma é gratuita para empresas e estudantes. Mas Futami adianta que em breve lançará um serviço pago de seleção de talentos para as empresas a partir do perfil do aluno e do ranking na MyBrainstorm.

A meta da startup é encerrar o ano com 30 mil alunos cadastrados.


Por: Adriana Fonseca
Fonte: Revista PEGN



terça-feira, 14 de abril de 2015

Processo de delegar atividades pode ajudar na melhoria da produtividade

Os líderes da era digital têm a falsa impressão de independência e multifuncionalidade, afirma especialista

Delegar atividades, apesar de ser um comportamento muito benéfico no universo corporativo, nem sempre é fácil. Alfredo Castro, sócio-diretor da MOT, empresa especializada em desenvolver talentos, afirma que nem todos os líderes têm a confiança de que o desempenho de outro funcionário será satisfatório. “Muitos gestores temem que o trabalho não seja feito a contento – ou que não dê o resultado necessário. Outros não sabem como repassá-lo ou simplesmente não o conseguem”, explica.

Entretanto, é preciso ter consciência do momento certo de delegar, já que fazer esse processo apenas por tentativa e erro pode prejudicar a produtividade. Quem delega precisa se basear em relações anteriores para saber se quem recebe a tarefa vai dar conta dela. É um processo que exige envolvimento e conhecimento entre o líder e o liderado.

Não basta apenas ‘passar para frente’, mas é importante explicar como se faz, sem podar a criatividade. “Essa explicação, no começo, toma mais tempo do líder ou do gestor do que se ele próprio realizasse aquela atividade”, pondera Castro. Mas, segundo ele, é preciso entender que, depois de aprendido esse processo, o gestor ou líder não precisará voltar aos passos básicos e a delegação começará a fazer com que quem delegou tenha mais tempo para outras atividades, enquanto que a pessoa a quem a ação foi incumbida desenvolverá novas habilidades.


Treinamento para aprender a delegar

Durante os treinamentos, o especialista aconselha a começar delegando tarefas simples, que exijam menos conhecimento, para que a pessoa que a assumiu possa lidar com ela. Para ele, é importante ter em mente que não se delega a responsabilidade, mas, sim, a tarefa. O líder ou gestor continua sendo responsável por aquilo, mesmo que quando feito por outra pessoa da equipe.

“Incumbir é ensinar uma criança a atravessar a rua. É um processo, não acontece de uma só vez. E a percepção de se a pessoa já está pronta para executar aquela tarefa sozinha é subjetiva”, reforça. Por isso, repassar trabalhos exige capacidade de percepção do contexto, do liderado e dos impactos daquela atividade. Também é fundamental saber como comunicar essa questão que será delegada e todos esses aspectos são treináveis.

Delegar não é simplesmente dizer o que deve ser feito, nem, por outro lado, apenas informar como aquilo deve ser feito. É abrir os olhos do colaborador para que ele possa fazer diferente, enxergar outras saídas e contribuir efetivamente com os processos. “Para isso, aponto três situações diferentes: pode-se treinar para manter um comportamento adequado; para eliminar um comportamento inadequado ou para incluir um novo comportamento. São esses três pilares que podem fazer com que a tarefa incumbida seja bem-executada”.


O papel da tecnologia

A tecnologia – que chegou com a promessa de aumentar a produtividade e ajudar a realizar as tarefas em menos tempo – não tem sido benéfica para os processos de delegação. Chama a atenção do consultor o fato de que a facilidade de acesso aos recursos tecnológicos tenha contribuído para que as pessoas voltem a ter atitudes centralizadoras.

“A tecnologia nos dá a falsa impressão de que podemos fazer tudo ao mesmo tempo e sozinhos, sem precisar da ajuda de ninguém, apenas de equipamentos tecnológicos. Mas, isso não é verdade. Delegar tarefas é muito benéfico em termos de produtividade”, finaliza Castro.


Fonte: Portal Administradores

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Pipoca ou Piruá?

Você gosta de milho de pipoca? Antes de responder que adora, note bem que estou perguntando sobre milho de pipoca e não da pipoca. A pipoca todo mundo ama, um excelente acompanhamento para um cineminha ou um filminho em casa, ou para compartilhar aquela ansiedade durante o jogo do seu time. Claro, aquela flor branca, cheirosa, crocante e bem temperada, quem não gosta?

Agora, milho de pipoca não. As pessoas não gostam do milho de pipoca, mas sim do que o milho de pipoca se torna depois de passar pela panela. Bem este processo de transformação exige que o milho passe pela ação do calor, o fogo que esquenta a panela. A pressão interna do milho aumenta com o calor até que ele explode e vira do avesso, se transformando no que ele está destinado a ser, a pipoca.

Todos nós nascemos milho e estamos destinados a nos transformarmos em pipoca. Só que esta transformação deve acontecer pela ação do fogo, esta é a parte dolorosa da história. Empreender, na minha opinião, representa este fogo. O processo de empreender é tão intenso, e muitas vezes bem doloroso, que a pessoa se transforma profundamente em seus valores, seu jeito de pensar, agir e ver o mundo, o empreendedor é uma pipoca.

Agora, como dizia Rubem Alves, de quem estou emprestando esta metáfora, nem todo milho que passa pelo fogo se transforma em pipoca. Infelizmente existem os piruás. O piruá é o milho que passa pelo processo e se recusa a estourar, continua milho, só que nunca mais vai se transformar em pipoca. O seu destino é o lixo.

Algumas pessoas querem empreender, passam por todo o processo, enfrentam o calor, a pressão constante, mas não estouram. Se prendem a seus paradigmas, suas ideias pré-concebidas, se recusam a aceitar novas realidades, as circunstâncias que lhe são apresentadas durante a aventura empreendedora, se amarram ao seu plano de negócio e tentam executá-lo a qualquer custo, ignorando as ameaças não previstas e as oportunidades emergentes. Resultado: Não se tornam empreendedores. Infelizmente muitos executivos experientes, muitos profissionais competentes, muitas pessoas bem sucedidas em suas carreiras, quando tentam empreender, julgam que todas as competências que dominam e todo o conhecimento e experiência que adquiriram é suficiente e não querem aceitar o novo, se recusam a aprender. Se recusam a estourar.

Não pense que um negócio que fracassa torna o empreendedor um piruá. Fracassar faz parte, é o calor em ação. O empreendedor que toma o fracasso como aprendizado e tenta de novo está se transformando em pipoca. O piruá é o empreendedor que desiste, que não enfrenta o medo, que acha que não é capaz e que empreender não é para ele. Pode ser transformar em pipoca em outra carreira, mas como empreendedor será um piruá.

E você, é pipoca ou piruá?


Por: Marcos Hashimoto*

Fonte: Canal do Empreendedor


(*) Doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Atuou como professor do Insper, FGV, FAAP, ESPM, e é colaborador da Endeavor. Foi professor mentor do programa REE Fellows, da Universidade de Stanford.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Feliz Páscoa!!!






Páscoa…


É ser capaz de mudar.
É partilhar a vida na esperança.
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente.
É viver em constante libertação.
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida.
É investir na fraternidade.
É lutar por um mundo melhor.
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço.
É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje… Somos melhores do que fomos ontem.

Desejamos a todos os amigos e amigas uma Feliz Páscoa, cheia de paz, amor e muita saúde!

São os votos da Coordenação e Professores do Curso de Bacharelado em Administração da FUCAMP!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

O que os empresários perguntam antes de contratar alguém

Confira quais as questões fundamentais que os empresários querem saber na hora de entrevistar um executivo para integrar sua diretoria

Foto: Thinkstock
"Há profissionais de entrevistas", afirma Luiz Valente, diretor executivo da consultoria de RH Talenses. "Executivos que se preparam tão bem para concorrer a uma vaga que fica difícil identificar se ele é como se mostra ou se está dizendo o que acredita que o entrevistador quer ouvir."

Assim como o headhunter, empresários sabem disso. Quantas vezes chamaram alguém para conversar, impressionados pelo currículo, mas, durante a conversa, não conseguem encontrar fatos que sustentem os autoelogios listados no papel. "No currículo, todo mundo é super-homem", afirma o dono de uma grande empresa de varejo brasileira, que gosta de entrevistar pessoalmente executivos até o nível de gerência.

Entrevistadores de longa data, como ele, criaram formas peculiares de driblas respostas vagas, clichês e até distorções da realidade apresentadas pelos candidatos. "Não é raro, por exemplo, o profissional dizer que tocou um projeto quando, na verdade, fez parte da equipe que realizou a tarefa, liderado por outra pessoa", afirma Valente.

NEGÓCIOS ouviu donos de grandes companhias e consultores acostumados a conduzir entrevistas para avaliar potenciais diretores. Eles contaram quais são as perguntas que mais costumam revelar verdades sobre seus interlocutores, ocultas no discurso preparado. "Depois de fazer todos os questionamentos técnicos", diz um investidor da área de tecnologia, "eu gosto de fazer algumas perguntas surpreendentes. Por exemplo: 'O que você faz no fim de semana?'". Engana-se quem pensa que "a resposta correta" seria: "Trabalho!". "Se o cara fala que fica lendo livros de economia, já sei que não serve para trabalhar na minha empresa. Gosto de contratar pessoas que têm outras paixões e hobbies."

A seguir, outras perguntas que não faltam nas listas desses especialistas.

1. O que você pode fazer por mim? Para me ajudar?

2. Por que você vai arriscar seu atual emprego? Que vantagem vê em ir para um lugar novo?

3. Qual o tipo de liderança com o qual se identifica? Por quê?

4. Qual o tipo de liderança com o qual tem problema? Por quê? (“até para saber se combina com meu estilo de gestão”)

5. Comece a falar mal de você mesmo, por favor (“no currículo, todo mundo é super-homem”)

6. Quando você perdeu as estribeiras?

7. Que erro já cometeu no trabalho que o fez voltar para casa pensando: “Fiz uma baita burrada hoje!”?

8. Qual foi sua grande derrota na vida? Como lidou com ela?

9. Quais são seus hobbies?

10. O que você faz no fim de semana? Quais suas atividades de lazer?

11. Como é sua família? É casado? (Se sim), sua esposa trabalha?

12. Como é sua agenda pessoal?

13. Como lida com pressão?

14. O que mais lhe marcou nos últimos cinco anos? (“Não explico se me refiro à vida profissional ou pessoal – porque quero justamente ver o que é importante para cada um. A maioria das pessoas fala da vida profissional”)

15. Para que você quer dinheiro?

16. Se você tivesse hoje R$ 1 milhão, estaria se candidatando a essa vaga?

17. Se sua empresa quebrasse hoje, o que você faria?


Fonte: Época Negócios Online