sábado, 25 de fevereiro de 2012

TOUR NESTLÉ CHOCOLOVER

Visita Técnica:
FÁBRICA DE CHOCOLATES NESTLÉ (CAÇAPAVA - SP) - 02/05/2012

Dados da Visita Técnica:

Local: FÁBRICA DE CHOCOLATES NESTLÉ - CAÇAPAVA - SP
Data da Visita Técnica: 02/05/2012
Data da Saída: 01/05/2012
Saída: Praça Getúlio Vargas, em frente à Prefeitura Municipal de Monte Carmelo.
Horário de Saída: A definir.
Data do Retorno: 02/05/2012
Retorno: Praça Getúlio Vargas, em frente à Prefeitura Municipal de Monte Carmelo.
Horário Previsto de Retorno: A definir.






Inscrições em breve!!!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Desafios e oportunidades que marcam a trajetória dos profissionais de sustentabilidade

Diante de um cenário repleto de oportunidades, esses profissionais enfrentam muitos desafios ao lidar com conceitos ainda pouco compreendidos

Eles são responsáveis por plantar a semente da sustentabilidade nas empresas, em instituições da sociedade civil organizada, no governo e na academia. Não importa em que local estejam atuando, sua visão de mundo está voltada às demandas do século XXI, ao desafio de aliar as dimensões econômica, social e ambiental. Às vésperas da Rio+20, um cenário de oportunidades e desafios abre-se diante dos profissionais de sustentabilidade.

“Nunca houve tantas vagas no mercado de trabalho como hoje para esses profissionais”, afirma João Francisco de Carvalho Pinto Santos, sócio-diretor da The Key – consultoria na área de sustentabilidade. Além do aumento das oportunidades de trabalho, ele destaca o atual contexto brasileiro, extremamente positivo para os profissionais da área.

“O Brasil está protagonizando um momento relevante, pois podemos ser os provedores de novas soluções para os desafios da humanidade e para o desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis”.

Para ele, o grande desafio dos profissionais de sustentabilidade hoje é tornar tangível o que pode parecer intangível aos olhos dos CEOs e acionistas, muitos deles ainda presos ao velho paradigma, em que tudo o que foge do ativo físico circulante deve ser administrado como custo. “Cabe a esses profissionais mostrar que a sustentabilidade é um investimento para a sobrevivência da empresa”, argumenta.


O desafio da sensibilização

Para Santos, esses profissionais têm o desafio de mostrar que a sustentabilidade se aplica a todas as áreas da empresa ou instituição em que atuam e que é possível mensurá-la por meio de indicadores. “O intangível tem que virar tangível”, diz.

Por isso, alcançar sucesso nesse trabalho de sensibilização torna-se ainda mais difícil quando se tem outra questão em jogo: a falta de alinhamento conceitual.

“O conhecimento nessa área ainda é incipiente, por isso temos grande dificuldade no alinhamento dos conceitos, o que gera uma dificuldade de entendimento”, esclarece Marcus Nakagawa, idealizador da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade – Abraps – e sócio-diretor do Setor i, empresa de gestão integral para o terceiro setor.

A Abraps possui um comitê da Rio+20 que está realizando um trabalho de coleta de postulados sobre sustentabilidade com várias grandes organizações. Nakagawa conta que, nesse trabalho, fica evidente a falta de alinhamento, pois um mesmo conceito é definido de diferentes maneiras pelas organizações.

“A base para qualquer trabalho é o alinhamento conceitual. É daí que surge o entendimento de como a sustentabilidade está presente no nosso dia a dia e como ela pode gerar resultados para todos”, defende.

Nakagawa afirma que atualmente nem todos compreendem os conceitos relacionados à sustentabilidade nem quem é o profissional que atua nessa área tão multidisplinar. “Acredito que daqui a 20 ou 30 anos, haverá um amplo entendimento sobre esses conceitos, que serão aplicados naturalmente em todas as rotinas de trabalho”, acredita.


Carreira nas médias e pequenas empresas

Nakagawa relata que de acordo com pesquisas realizadas pela associação cerca de 40% dos profissionais da área atuam em empresas ou consultorias. “Há um grande movimento de pessoas querendo atuar com sustentabilidade, gente migrando de outros setores. Todos querem trabalhar dentro da área de sustentabilidade das grandes empresas ou em consultorias que prestam serviços para grandes empresas”, afirma.

Apesar da grande visibilidade que as grandes empresas fornecem à carreira desses profissionais, Nakagawa diz que há um vasto campo a ser explorado nas médias e pequenas empresas, especialmente naquelas que são fornecedoras de grandes empresas e precisam se adaptar aos novos padrões de sustentabilidade.

“Um dos desafios da Abraps é apontar esses novos caminhos que se abrem nas médias e pequenas empresas”, conclui.


Fonte: Portal HSM
24/02/2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Uma análise das técnicas de negociação

Consultor avalia como fazer uma boa negociação seguindo as dicas de um especialista brasileiro.

Outro dia, recebi pela Internet a informação de que havia alguém que era, não apenas o “maior especialista em negociação”, mas também o “maior negociador do Brasil”. Fiquei entusiasmado, pois um dos postulados que adoto e difundo é o de que “quem quer ter sucesso deve estudar e aprender com o sucesso”. E nada mais fantástico do que aprender com alguém melhor, entre outros tantos nomes de peso, do que Eike Batista, Jorge Gerdau, Jorge Paulo Lemann, Roger Agnelli e Carlos Ghosn - um brasileiro naturalizado francês.

De qualquer forma, como além de consultor em negociação sou master practitioner em Programação Neurolinguística, resolvi fazer o básico, ou seja, um desafio linguístico àquilo que em PNL é enquadrado na categoria de "Comparações sem Padrão": Melhor em relação a que? Melhor de acordo com quais critérios, parâmetros ou sistema? Houve algum concurso? Ou alguém, sei lá por que razão, simplesmente resolveu se intitular desta forma, mesmo sem fundamentação na realidade? Assim, resolvi estudar a questão mais a fundo e confesso que esperava algo mais do ”maior especialista em negociação do Brasil”. Vejamos, a seguir, alguns pontos relevantes.


1º. As duas formas de se conduzir uma negociação

Um conceito fundamental é que existem duas formas de se conduzir uma negociação que são barganha de propostas e solução de problemas. Se você estiver negociando um apartamento, um carro, uma geladeira ou um guindaste, você pode negociar na base da barganha de propostas. Mas existem situações que só a negociação com base na solução de problemas resolve como foi, por exemplo, a negociação entre o Egito e Israel, para tratar da questão da península do Sinai e que resultou no acordo de Camp David. Mais ainda: no ambiente interno de uma empresa, onde ocorre um número incomensurável de negociações, a barganha de propostas costuma levar ao perde/perde ou a soluções de pior qualidade. O fato é que, embora se fale muito em sinergia nas empresas, só é possível alcançá-la caso haja uma cultura organizacional que privilegie a condução de negociações internas com base na solução de problemas. Sem isto, nada feito.
Vejamos como o conceito se aplica à atividade de vendas. Existem três tipos de vendedores, tira pedido, empurra produto - tipo vendedor pitbull, e consultor do cliente. O empurra produto é basicamente um barganha de propostas e há situações em que é possível se chegar a bons resultados desta forma. Mas hoje em dia, com a comoditização rápida de produtos e serviços e as compras baseadas em menores preços, a negociação feita por meio da solução de problemas tem uma resposta de maior qualidade, como mostram os conceitos de "Criação de Valor para o Cliente", de Ram Charan e o de "Vendas Complexas", como utilizado por Jeff Thull.


2º. A negociação conduzida na base da barganha de propostas

Caso se conclua que uma negociação deva ser conduzida na base da barganha de propostas, existem alguns procedimentos clássicos que costumam servir de guia, entre eles: pedir mais do que se espera receber; não aceitar a primeira proposta e ainda fazer cara de quem comeu e não gostou; dizer ao outro que tem que fazer melhor do que isto para se poder pensar em fechar o acordo; só conceder caso se receba algo em troca, de preferência de valor maior do que aquilo que se concedeu; utilizar a tática do mocinho e bandido direta ou indiretamente, neste caso com o emprego de autoridade limitada; fazer uma falsa demanda para depois conceder e obter algo em troca; solicitar concessão no momento do fechamento. Neste último caso existem dois procedimentos, a mordida e a surpresa final. A mordida consiste em solicitar uma pequena concessão, como por exemplo, uma gravata como condição para se comprar um terno. Já a surpresa final é mais pesada. Na reunião de fechamento do acordo, quando um dos lados está firmemente convicto de que tudo está resolvido e que a reunião é somente para a mera formalização do que já foi combinado, o outro lado, com base num um pretexto qualquer, solicita uma grande concessão, como um desconto de 20% ou mais. E esta é a razão do nome da tática. Se você não estiver preparado para esta possibilidade, pode cair direitinho.

De qualquer forma, convém salientar que existem duas formas de barganha de propostas: a agressiva e a suave. Na agressiva o negociador não está se preocupando com o relacionamento com a outra parte. Na suave, o objetivo é chegar ao limite do outro, ou seja, obter o máximo possível de concessões, dando a ele a impressão de que venceu ou que houve um ganha/ganha. Isto é, o falso ganha/ganha.


3º. A negociação conduzida na base da solução de problemas

Negociar na base da solução de problemas é bem mais difícil, pois além de se conhecer todas as táticas e procedimentos usados por negociadores barganha de propostas, é necessário se entender de solução de problema, processo decisório e comunicação. Entre os princípios que servem como guia na solução de problemas estão: não se deixar envolver pelas táticas ganha/perde; separar as pessoas dos problemas, mantendo o foco ou tendo em vista os interesses, necessidades, temores, expectativas e objetivos; primeiro compreender e depois se fazer compreender para se poder encontrar a solução; identificar interesses comuns, complementares, opostos e distintos e, em função disto, criar alternativas de ganho comum; desenvolver critérios objetivos de decisão.

Não resta a menor dúvida de que negociar com base da solução de problemas demanda bem mais competência do que negociar na base da barganha de propostas.


4º. Os três momentos do processo de negociação

É lugar comum que a preparação é a base do sucesso em qualquer negociação. Mas para uma ótima preparação, deve-se considerar, não apenas as óticas de todas as partes envolvidas, mas também as de um observador neutro. Igualmente as perspectivas otimista, realista e pessimista, ou seja, é preciso ter presente que a "Lei de Murphy" existe. Para levar em conta todos estes fatores, utilizo a matriz de preparação. Na preparação, também devem ser consideradas cinco áreas, conforme o MIN (Modelo Integrado de Negociação): conhecimento do assunto, três cenários, processos, relacionamentos e realidade pessoal dos negociadores como crenças e valores.

Um outro ponto importante é que toda a negociação é um processo composto por três momentos: preparação, execução e controle/avaliação e que a negociação não acaba quando o acordo foi firmado, mas sim quando foi cumprido. E tem gente que esquece disto.

Certa ocasião, uma empresa solicitou um produto com 24 mil horas de vida útil e o vendedor só dispunha, e entregou, um com 12 mil horas. Quando perguntado ao gerente comercial por que havia feito aquilo, a resposta foi: lá ninguém controla nada e quem compra não é quem usa o produto. Além do mais, não há um bom banco de dados e sistema de comunicação interna. Também deve-se considerar que existem as chamadas empresas com números imbatíveis, que não são de alto nível, como pode parecer à primeira vista. São empresas em que nada bate com nada. Os números do financeiro não batem com os do comercial e os da produção.

O fato é que existe o resultado ganha/perde, ao contrário do que afirma o maior especialista. Um outro exemplo é o de uma empresa de consultoria que na hora de fazer a venda manda os seus melhores especialistas. Na hora de fazer o projeto manda o estagiário. Devemos ter presente que o repertório de truques para enganar o outro lado é bastante elevado e constitui aquilo que chamo de táticas ganha/perde. Existem duas categorias: as falcatruas e as táticas psicológicas. Quem falar de ganha/ganha sem conhecer este conjunto de táticas, pode estar sendo profundamente ingênuo.


5º. Conclusão

Se você me perguntar se eu gostei de ter me aprofundado no conhecimento do “maior especialista em negociação do Brasil”, diria que sim. Mas vamos baixar um pouco a bola. Menos, pois negociação não é só barganha de propostas. Além disto, posso afirmar que existem outros consultores em negociação que tem, pelo menos, a mesma competência do maior especialista. Nos meus relacionamentos pessoais posso citar, pelo menos três nomes. Fora do meu círculo de relacionamentos, outros tantos.
Quanto a mim, faço minhas as palavras de Muhammad Ali, um extraordinário lutador de boxe que foi campeão mundial da categoria dos peso pesados e considerado por muitos especialistas o maior pugilista de todos os tempos: “Eu bem que tento ser modesto, mas quando eu tento me faltam os argumentos”.

Por José Augusto Wanderley (consultor em negociação e excelência de desempenho e autor do livro Negociação Total e autor da Editora Gente).


Fonte: Portal HSM
17/02/2012

C&A: Engajamento do público interno

Mensagem enviada não significa necessariamente mensagem recebida. Por isso a forma como as empresas se comunicam com os seus colaboradores e como se desenvolve esse diálogo são questões tão importantes. A orientação é de Rozália Del Gaudio Soares Baptista, gerente de comunicação corporativa da C&A Brasil.

A executiva destaca que a a comunicação é o principal veículo transformador das estratégias e da liderança dentro de uma empresa. “Quando há um alinhamento, os funcionários entendem, acreditam e se sentem capazes de desempenhar iniciativas estratégicas”.

Ao assumir o cargo em 2008, Rozália percebeu, por meio de uma pesquisa de engajamento, que seriam muitos os desafios de gestão. “Havia um novo ambiente de negócios pós-crise, que necessitava de novas estratégias, valores e modelos de competência”, recorda.

De acordo com a gerente de comunicação, a meta na época era melhorar o engajamento dos colaboradores em pelo menos cinco pontos percentuais até a próxima pesquisa, que seria realizada dois anos depois. Para atingir esse objetivo foi preciso uma visão de longo prazo e alinhar as mudanças para que fossem consistentes e pudessem ter continuidade.

Rozália conta que nesse período foram definidos cinco passos estratégicos.

O primeiro passo foi mobilização e convenção, que contou com 27 encontros gerenciais e eventos simultâneos em todas as lojas. O segundo passo foi tornar a mudança visível por meio de ações internas como adesivos nas escadas e nas vagas de estacionamento, por exemplo.

Um fluxo estruturado de comunicação com a criação de uma newsletter, intranet e um jornal interno foi o terceiro passo. O quarto passo foi o reconhecimento das ações e o quinto e último passo, a manutenção dos resultados. “Com esse trabalho, o resultado foi um crescimento de dez pontos percentuais, superando a meta em cincto pontos percentuais definida no início”, afirma.

De acordo com a executiva, entre as iniciativas de sucesso que se destacam hoje no engajamento dos funcionários estão a newsletter C&A News e os cafés da manhã, que funcionam como reuniões de novos projetos. “A newsletter é enviada todas as terças-feiras aos colaboradores do escritório central, Back Office e gerentes das mais de 210 lojas no Brasil.

Os gerentes são estimulados a compartilhar com as equipes das lojas as notícias contidas no informativo, mantendo todos atualizados sobre os acontecimentos da empresa”, explica.

A newsletter também traz informações sobre as próximas coleções, campanhas e eventos, movimentações internas de profissionais, entrevistas que contam o perfil das clientes para que seja possível conhecê-las melhor e os resultados de lojas que se destacaram nas vendas.

Já os cafés da manhã acontecem trimestralmente e conta com a participação das equipes envolvidas em projetos especiais, além de toda a liderança da empresa. Nessas ocasiões são reconhecidos o trabalho e as conquistas de cada profissional e de seus respectivos grupos. A ideia é continuar investindo nessas e em novas ações de comunicação em 2012, mas ainda é preciso consolidá-las antes de divulgá-las, de acordo com a empresa.

Rozália conclui que o papel principal da comunicação é dar brilho e crítica à área de gestão de pessoas. Trata-se de um trabalho conjunto e o processo de reconhecimento é importante.

“É preciso conversar com o público interno dentro da sua diversidade e tão importante quanto o que se diz é a maneira como se diz”.



Fonte: Movimento Brasil
17/02/2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O que é tendência de consumo em 2012

Embora seja difícil apontar caminhos seguros, a Trendwatching.com elenca 12 tendências que deverão pautar o universo do consumo nesse ano. Confira!

Se em tempos de “paz” já é difícil saber quais serão os produtos e serviços que farão sucesso no mundo dos negócios, fica ainda mais difícil prever movimentos de mercado num tempo em que Europa e Estados Unidos veem crises se arrastarem por tempo indeterminado.

Mesmo assim, a Trendwatching.com, empresa de monitoramento de tendências comerciais, apontou 12 tendências de consumo crucias para a sobrevivência dos empreendedores em 2012. A organização busca insights e inovações que sejam aplicáveis aos negócios em todo o mundo. As tendências elencadas pela Trendwatching.com valem para empresas de todos os tipos e tamanhos.

Embora algumas das tendências envolvam o desenvolvimento de produtos e serviços com alta tecnologia, como a criação de meios alternativos de pagamento que não envolvam o uso de dinheiro em espécie, a Trendwatching assegura que os conceitos considerados nesse tipo de tecnologia são ainda mais fáceis de serem assimilados por companhias menores.

Isso porque, segundo explica Luciana Stein, que representa as atividades da organização no Brasil, empresas menores conseguem mudar suas trajetórias mais rapidamente, sem precisar se preocupar em contrariar as ordens preexistentes.

“Mostre-nos um empreendedor de sucesso que não possa aplicar o Dealer-chic e oferecer aos seus clientes acordos ou descontos que os fará sentir inteligentes, excitados ou divertidos”, exemplifica.

Ela cita, também, as possibilidades de implantar os princípios do que a Trendwatching chama, na décima tendência apontada para 2012, de Recommerce – ou recomércio, na tradução livre para o português – em que qualquer empreendedor é estimulado a recomprar de seus clientes itens antigos ou, ao menos, conceder descontos na aquisição de um novo produto.

“Todos os empreendedores podem comprar de volta algo de seus clientes no caso de uma nova compra. E repassar os itens comprados a uma organização não governamental pode fomentar uma boa reputação também”, afirma.


Aplicação expressa

Já estamos em fevereiro e será que já não é tarde para começar a pensar em tendências para o ano? Segundo Luciana, não. Por se tratarem de tendências, é de se esperar que levem bastante tempo para que se disseminem na sociedade.

O exemplo citado por Luciana é dos jornais em papel, que ainda coexistem, há mais de uma década, com a imprensa online. “O impacto das principais tendências é, muitas vezes, sobre-estimado no curto prazo e super estimado no longo prazo. As principais tendências de consumo dizem respeito a profundas mudanças sociais e culturais, que desafiam as estruturas econômicas e legais estabelecidas”, analisa.

Confira um resumo das 12 tendências de consume mais importantes apontadas pela Trendwatching para o ano de 2012:

1 – Red Carpet / Tapete vermelho: os empreendedores têm de entender que os chineses são o novo público consumidor do mundo e, por isso, é crucial desenvolver produtos e serviços voltados exclusivamente para eles

2 – Diy Health [Do It Yourself]: os consumidores buscarão, cada vez mais, aparelhos para cuidar da saúde sozinhos. São gadgets que monitoram seus estados de saúde e que permitem a realização de auto-exames

3 – Dealer-chic: o ato de pechinchar ganhou importância para os clientes, que gostam de compartilhar os descontos, sentindo-se satisfeitos com um bom negócio. As empresas podem se beneficiar disso ao ganhar fama de boas negociadoras, criando novas formas de conceder descontos

4 – Eco-cycology: as marcas investem em tornar transparentes o ciclo de vida dos bens que comercializam, além de ajudar os clientes a enviarem produtos de suas marcas para reciclagem

5 – Cash-less: item que está há tempos nas listas de tendências, a redução no uso do dinheiro vivo ganha força nesse ano devido à expectativa de que Google e Mastercard invistam fortemente nessas tecnologias

6 – Bottom of the pyramid [Base da pirâmide urbana]: há um notável aumento da força dos consumidores de baixa renda que residem nas cidades. Os empreendedores devem voltar seus olhos para a força desse público consumidor

7 – Idle sourcing [contribuição sem esforço]: as pessoas cada vez mais querem fazer parte de algo grande e significativo, sem fazerem esforços por isso e terão grande sucesso os aplicativos que fazem o esforço pelas pessoas, como é o caso de recursos que, a partir do posicionamento dos usuários, monitoram o trânsito em grandes cidades

8 – Flawsome: sucesso tem mais a ver com estar alinhado com o que querem os consumidores do que com apresentar tecnologias novas o tempo todo. Isso significa que os consumidores estão preparados para receber bem marcas que expõem suas falhas e lidam com elas de maneira transparente, flexível e bem humorada

9 – Screen culture [cultura da tela]: cada vez mais a interação das pessoas com o mundo e, consequentemente, com as marcas, se dá por meio de telas. Os empreendedores precisam repensar a forma como suas marcas estão sendo vistas e vivenciadas por meio dos aparatos eletrônicos

10 – Recommerce [recomércio]: a cultura da troca do antigo por um novo, comum para carros e casas, agora se estende a outros produtos, como aparelhos, roupas e até experiências. A idéia é que sejam concedidos descontos para quem oferecer seus itens usados na troca por um novo, aliviando pressões financeiras e ambientais

11 – Emerging maturialism: com uma população cada vez mais urbana – e, portanto, conectada, moderna e madura –, os consumidores de todo o mundo estão cada vez mais dispostos a experimentar e a aceitar formas mais ousadas de marketing

12 – Point & Know [aponte e saiba]: com conexão à internet disponível para grande parte dos consumidores, a busca, para cada produto, será voltada á profundidade das informações, histórias, origens, comparações, preços. A tecnologia QR é exemplo disso.


Fonte: Portal HSM
16/02/2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A entrevista de emprego começa nas mídias sociais

Para Martha Gabriel, postura online e informações compartilhadas na rede pode ser uma via de mão dupla

Com a disseminação das redes sociais, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações em ambientes online. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais frequente a consulta aos perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação; e a entrevista de emprego começa nas mídias sociais.

Portanto, os profissionais devem cada vez mais prestar atenção às informações que postam online, fazendo com que a sua atuação não seja um obstáculo profissional, mas sim um recurso estratégico para suas carreiras.

Os principais problemas do uso de redes sociais estão associados à divulgação de informações ou manifestação de opiniões: exposição da privacidade, comprometimento da imagem profissional e declarações sujeitas a processos legais. Assim, deve-se ter no comportamento online os mesmos cuidados e ética que se tem no comportamento offline, adotando a premissa: não faça ou fale nas mídias sociais o que não faria ou falaria na rua.

As principais plataformas sociais monitoradas pelas empresas em busca de candidatos são o LinkedIn e o Facebook. No entanto, as empresas estendem a sua pesquisa para o ambiente digital como um todo.

Faça um teste: digite seu nome no Google ou seu e-mail no spokeo.com e veja o resultado; os seus rastros digitais são transformados em um dossiê que revela muito sobre você.

Da mesma forma que existem riscos, existe também inúmeras oportunidades na divulgação de informações nas mídias sociais. Por exemplo, se você é especialista em uma área específica, poderá usar os seus perfis em mídias sociais para se tornar referência nessa área por meio da divulgação de informações e dicas. As possibilidades de alcançar um número grande de pessoas interessadas no assunto são muito maiores do que offline.

Manter um perfil atualizado e bem construído no LinkedIn, publicar vídeos e apresentações no Youtube e Slideshare também pode ser bastante útil.  Empresas procuram colaboradores e parceiros no LinkedIn e o seu conteúdo online nas demais redes pode reforçar a sua expertise.

Portanto, as mídias sociais podem se tornar aliadas ou inimigas da sua carreira profissional. O modo como você lida com elas é que fará toda a diferença.

Martha Gabriel é professora da Semana de Marketing Digital nos Cursos de Férias ESPM.

Fonte: Portal HSM
15/02/2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Inovação: competitividade do início ao fim

Especialista aponta dicas essenciais para colocar uma empresa no caminho da inovação e competitividade

Ter a inovação como diferencial competitivo já é o objetivo de grande parte dos gestores brasileiros, mas ainda existe uma carência de práticas capazes de criar uma cultura de inovação nas companhias.

Em uma pesquisa realizada pela consultoria Innoscience com cerca de 80 executivos, 91% dos entrevistados colocaram a inovação entre as 10 maiores prioridades de sua empresa, porém apenas 23% identificam a existência de um ambiente favorável à proposição de ideias, baixa aversão ao risco e reais incentivos para inovar.

Segundo Jaime Troiano, presidente do Grupo Troiano de Branding, o conservadorismo afeta muito a capacidade inovadora das empresas brasileiras. Para ele, é fundamental que as companhias passem a apostar em estratégias que façam a inovação presente no dia a dia de suas equipes.

“Para ser efetiva, a inovação deve ser encarada como uma filosofia a ser seguida por todos os funcionários e estimulada pelos líderes o tempo todo.”, afirma Troiano.

O especialista aponta algumas dicas essenciais para que a empresa passe a modificar seu ambiente interno a favor da inovação.

1) Não puna por decisões erradas. Muitas empresas perdem seu caráter inovador pelo medo de arriscar. Ao invés disso, crie um ambiente onde trabalhar “fora da caixa” seja algo valorizado e desejado.

2) Antecipe os erros. Hoje a inovação está muito ligada à velocidade do mercado, portanto, quanto antes puder encarar a possibilidade do erro ao arriscar, mais rápido poderá se reestabelecer e dar a volta por cima.

3) Estabeleça metas para que novas ideias, produtos e serviços sejam inclusos no plano de negócios e passem a representar uma parte relevante das operações da empresa.

4) Não confunda inovação com tecnologia.  É um erro muito comum achar que somente as novidades digitais são capazes de trazer inovação à empresa ou marca. “A bebida H2O, da Pepsico, abriu uma nova “gaveta” na cabeça dos consumidores e virou um exemplo de uma profunda inovação em um mercado que era até então, dominado pelos tradicionais refrigerantes”, lembra Troiano.

5) Tenha líderes inovadores. Para fazer parte da rotina das equipes, é fundamental que a inovação seja, antes de tudo, a busca de todos os executivos da empresa.

6) Comunique. Ser inovador na oferta de seus produtos e serviços é a melhor forma de demonstrar a capacidade de inovação da empresa ao público. Porém, lembre-se de que marketing e comunicação agregam, mas por si só não criam uma empresa inovadora.

7) Tenha uma carta na manga. Tão importante quanto pensar em inovação o tempo todo, é saber identificar os momentos estratégicos para levar as novas ideias ao mercado. Pesquise qual o grau de envolvimento dos consumidores com a marca no momento e quais têm sido as ações da concorrência.


Conexão de ideias Empresa/Cliente

Historicamente, as grandes ideias quase nunca surgem de um surto repentino de inspiração, mas de ideias complementares de duas ou mais pessoas.

Essa é a lógica do projeto que a Algar Telecom firmou em parceria com a Inventta para o desenvolvimento do seu portfolio de novos produtos para 2012: identificar as demandas de seus clientes para criar soluções mais direcionadas e com maior apelo de mercado.

Com um workshop para as equipes de marketing e novos produtos e visitas técnicas, a empresa conseguiu identificar e ratificar uma série de necessidades, além de colher novas e importantes percepções dos clientes.

“Depois de reunir todo esse material, foi promovida uma sessão de geração de ideias em que surgiram 240 propostas, das quais 12 se transformaram em sugestões de novos produtos”, relata Laura, que foi gerente do projeto pela Algar.

Na última fase, 30 clientes foram convidados a ir até a sede da empresa, para participar de mesas-redondas e conhecer as soluções criadas. Além de serem apresentados às propostas e de darem sugestões, eles também tiveram oportunidade de votar nos produtos que mais despertaram seu interesse.

“Coletamos dados qualitativos e quantitativos a respeito dos produtos, o que nos permitiu uma filtragem e uma seleção final de nove soluções”, conclui Laura.


Fonte: Portal HSM
14/02/2012

Caçando o caçador de executivos

Como chamar a atenção de headhunters e conquistar as vagas mais desejadas do mercado

Uma grande empresa não contrata seus executivos anunciando suas vagas no jornal ou na internet. São posições que exigem profissionais com características ímpares, capazes de lidar com enormes responsabilidades e, por isso mesmo, os headhunters especializam-se na busca pelos talentos que ocuparão as vagas mais desejadas e bem remuneradas do mercado.

Para estar na mira de um desses caçadores de executivos, no entanto, não é fácil. A concorrência é grande e ter uma posição de destaque de modo que chame a atenção desses consultores é trabalhoso e demorado.

A primeira lição a é que o headhunter procura executivos para uma determinada vaga, e não o contrário.  Por isso, não se deve alimentar a expectativa de que basta enviar um currículo e o headhunter lhe conseguirá um emprego.

“Normalmente, esses consultores gostam de procurar e não de ser procurado. Existem muitos casos de profissionais ansiosos esperando por uma recolocação e que ficam nervosos com o headhunter quando não são atendidos. É preciso entender que não é assim que as coisas funcionam”, explica o ex-headhunter Gutemberg G. Macedo, que hoje atua na área de outplacement.

Para o headhunter Robert Wong, um bom relacionamento entre o consultor e o executivo é fundamental. “É muito importante que o profissional que deseja uma dessas posições estabeleça contato com um headhunter, mas é importante que isso seja feito com elegância, sem demasiada insistência, num nível saudável e cordial. O profissional também pode e deve ajudar o headhunter com informações úteis sobre vagas disponíveis e indicações de outros profissionais, sempre que possível.”

Wong explica que o headhunter conta basicamente com três fontes para selecionar o candidato que será indicado para a vaga executiva. A primeira delas é o seu próprio banco de dados, que é formado por todos os profissionais que já entraram em contato com o consultor.

A segunda fonte é o próprio mercado, que passa por um mapeamento, no qual o headhunter observa os profissionais que atuam naquele segmento em funções semelhantes à vaga em questão.

E a terceira e última fonte é formada pela rede de informantes do próprio headhunter, que dão valiosas informações e indicações dentro de cada segmento do mercado.

“Meu conselho para todos os profissionais é que trabalhem a sua empregabilidade. Invistam em si mesmos, fazendo cursos, trabalhando a autoconfiança, melhorando sua competência técnica e aprimorando sua capacidade em lidar com pessoas”, recomenda Wong.

“Tornem-se profissionais desejados pelas empresas, como um Neymar, um Pelé ou um Michael Jordan. Profissionais desse gabarito não precisam procurar emprego. As empresas é que procuram por eles.”

Macedo, por sua vez, destaca a importância da visibilidade para chamar a atenção e ser lembrado na oportunidade de uma indicação a um headhunter.

Uma dica é se destacar ocupando espaços na mídia, redigindo artigos, publicando livros, cedendo entrevistas, ministrando aulas ou palestras e participando de atividades da câmara de comércio ou de associações de classe.

“Todos esses instrumentos podem ser usados para revelar seu talento, competência, liderança e sua capacidade de comunicação. No mercado profissional, vale aquele ditado popular que diz que moça que não bota a cara na janela, não arranja casamento”, brinca Macedo.


Fonte: Portal HSM
14/02/2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

FÓRUM HSM: GESTÃO E LIDERANÇA 2012



 
Para orientar, inspirar e fazer pensar nossos gestores, esse encontro de dois dias realizará uma verdadeira varredura de 360° no assunto, dissecando as questões mais cruciais para quem tem ou terá a responsabilidade de conduzir empresas e pessoas nesse novo Brasil.


PALESTRANTES:

BYRON REEVES
Engajamento Total
Byron Reeves é um aclamado professor de Comunicação na Stanford University e cofundador e codiretor do H-STAR Institute (Human Sciences and Technologies Advanced Research) e de seu programa filiado na área industrial, Media X.




DAVID ULRICH
Liderança Sustentável e Gestão Estratégica de Talentos
Considerado a maior autoridade em gestão de recursos humanos do mundo, é professor de Management na Ross School of Business, da Universidade de Michigan, e autor de mais de 100 artigos e 15 best-sellers.




GARY HAMEL
O Futuro do Management
Eleito recentemente um dos mais influentes pensadores de negócios do mundo pelo The Wall Street Journal, Gary Hamel foi descrito como o “supremo expert em estratégia de todo o mundo” pela The Economist e como o “maior expert em estratégia de negócios da atualidade” pela revista Fortune.



JAGDISH SHETH
O Segredo das Empresas Mais Amadas
Dr. Jagdish N. Sheth é autor do best-seller Firms of endearment: how world-class companies profit from passion and purpose, aclamado por Philip Kotler como um “livro que redefine o papel dos stakeholders em organizações de sucesso”.




JAMES CHAMPY
Unindo Pessoas e Processos
James Champy, chairman da Dell Services, é reconhecido em todo o mundo como um dos líderes de negócios efetivamente inovadores e uma das maiores autoridades em Gestão de Processos da atualidade. Suas palestras são aclamadas em conferências de management em quatro continentes.



BETANIA TANURE
O Jeito de Ser e de Fazer Negócios de Empresas Brasileiras de Desempenho Excepcional
Psicóloga, doutora em Administração pela Brunel University (Inglaterra), professora do Programa de Pós-Graduação da PUC-Minas e convidada de escolas internacionais, como Insead, London Business School (LBS), New York University (NYU), London School of Economics and Political Science (LSE) e HEC.


CLEDORVINO BELINI
O Jeito de Ser e de Fazer Negócios de Empresas Brasileiras de Desempenho Excepcional
Presidente da Fiat e Chrysler para América Latina. Integra o Conselho Executivo da Fiat Group (GEC), a mais elevada instância executiva do grupo.




FÁBIO BARBOSA
O Jeito de Ser e de Fazer Negócios de Empresas Brasileiras de Desempenho Excepcional
Presidente-Executivo da Abril S/A. Foi presidente do Conselho de Administração do Santander após 10 anos na presidência do Banco ABN AMRO Real. Ex-presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).



LUIZ SEABRA
O Jeito de Ser e de Fazer Negócios de Empresas Brasileiras de Desempenho Excepcional
Foi superintendente da Remington Rand do Brasil e gerente dos Laboratórios Bionat, onde se apaixonou por cosmética.





CLÓVIS DE BARROS FILHO
O Desenvolvimento da confiança para superar novos desafios
Ao longo dos últimos anos, Clóvis de Barros Filho fez intervenções muito impactantes na HSM ExpoManagement, que geraram grande repercussão entre os participantes.







Data:
27 e 28 de março de 2012

Local:
Teatro Alfa - Hotel Transamérica
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722
Santo Amaro - São Paulo (SP)

O passe inclui:
- Material de apoio
- Almoço no local do evento
- Certificado de participação
- Tradução simultânea: Inglês / Português / Inglês
- Estacionamento

Inscrições:
Telefone: (11) 4689-6666
Mais informações:
eventos@hsm.com.br



 


Fonte: Portal HSM
12/02/2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cultura, antropologia e inovação

Fala-se muito do entendimento da cultura organizacional como sendo um dos caminhos que levam à prática da inovação em empresas. Mas como compreender a cultura de uma empresa?

Entre as diversas abordagens, a antropologia organizacional coloca a empresa de modo personificado para responder a essa pergunta, podendo assim chegar às suas necessidades, potenciais, pontos fortes e falhas – características estas que determinarão sua cultura e, por consequência, o rumo a se tomar para criar e inovar.

A etnografia (do grego ethno – nação, povo e graphein – escrever) é por excelência o método utilizado pela antropologia na recolha de dados. Baseia-se no contato intersubjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social sob qual o recorte analítico seja feito. Quando o grupo social referido envolve a organização, temos então a antropologia organizacional.

Para reter e manter talentos, as organizações devem investir e reconhecer o capital intelectual de seus colaboradores. O antropólogo organizacional Ignácio Garcia propõe que isso seja feito por meio do conhecimento das chamadas redes informais de comunicação.

Com isso, pode-se identificar o real papel desempenhado, muitas vezes bem diferente do organograma oficial.


A empresa em metáforas

A antropologia organizacional se utiliza de diversas metáforas (MORGAN, 1996), que auxiliam na questão de sua identidade e cultura, como por exemplo:
  • Organizações como máquinas: desenvolvimento da organização burocrática; máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando um papel claramente definido no funcionamento do todo; 
  • Organizações como organismos: compreender e administrar as “necessidades” organizacionais e as relações com o ambiente, diferentes tipos de organizações como pertencendo a diferentes espécies;
  • Organizações como cérebros: importância do processamento de informações, aprendizagem e inteligência; cérebro como um computador e cérebro como um holograma;
  • Organizações como culturas: realidades socialmente construídas sustentadas por um conjunto de ideias, valores, normas, rituais e crenças;

O interesse sobre cultura organizacional recrudesceu nos anos 70, devido ao fenômeno japonês. O Japão surgiu como líder do poder industrial, apesar de não ter recursos naturais, energia e ser um país superpovoado (mais de 110 milhões de habitantes). Entretanto, nenhum desses fatores impediu que houvesse um alto nível de crescimento, um baixo nível de desemprego e a mais bem-remunerada e saudável população trabalhadora do mundo.

Assim, entender a cultura desse povo tornou-se importante para compreender a sua ascensão na economia mundial.


Desvendando a cultura da organização

Muitos são os caminhos para se desvendar os aspectos culturais de uma organização. Dentre eles, estão alguns pontos mais importantes, destacados por antropólogos com estudos nessa área:
  • Histórico da organização – o momento de sua criação e sua evolução, além da inserção da empresa no cenário social, político e econômico;
  • Incidentes ocorridos ao longo da história da organização;
  • Processo de socialização de novos membros – como os novos membros são integrados e incorporados ao grupo social existente na empresa;
  • Recursos humanos – as políticas da empresa nessa área têm efeito direto sobre sua identidade, como mediadoras da relação entre capital e trabalho;
  • Comunicação – como e quanto as pessoas se comunicam dentro da organização e como essa se relaciona com agentes externos;

O estudo dessas variáveis levam a um entendimento dos processos de socialização dentro da empresa sob dois aspectos-chave: o que a empresa é (sua identidade, como a cultura é definida e como define as pessoas dentro do grupo) e o que a empresa tem (uma visão variável de como a empresa reage às pessoas que nela ingressam e também a fatores externos).


Referências:

FLEURY, Maria Tereza Leme, FISCHER, Rosa Maria. Cultura e poder nas organizações. Rio de Janeiro: Atlas, 1991.

MONTEIRO, Carmen Diva B.; VENTURA, Elvira Cruvinel; DA CRUZ Patrícia Nassif. Cultura e Mudança Organizacional: em busca da compreensão sobre o dilema das organizações.

MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.

Fonte: Blog HSM
11/02/2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

10 frases que os empreendedores não devem dizer

Na hora de apresentar seu negócio, cuidado com algumas frases que podem causar uma péssima impressão

São Paulo – Quase todos os empreendedores adoram falar sobre as suas empresas. Contam para amigos, parentes, clientes ou conhecidos como a ideia do negócio surgiu, por que vale a pena apostar neste mercado, quais são seus desafios e por aí vai.

Em algumas situações, no entanto, ele precisa saber resumir o mais importante em poucos minutos, como em apresentações para investidores, o chamado pitch. Neste momento, além de clareza e credibilidade, o empreendedor deve convencer o seu interlocutor.

Aparentar desorganização ou mentir são os piores erros possíveis nesta hora. “O principal ponto é falar a verdade do negócio. É muito fácil na hora das perguntas descobrir o que não é verdadeiro”, explica Juliano Seabra, diretor de educação e pesquisa da Endeavor, instituição que apoia empresas de alto crescimento. Veja outras frases que devem ser evitadas na hora de falar sobre o seu negócio, principalmente com possíveis investidores.

1. "Meu produto é tão inovador que não tem concorrentes”
Ao invés de pensar que seu produto é realmente uma inovação, o investidor vai achar que você não observou bem o mercado. “A concorrência sempre existe. Ou ele não fez a pesquisa bem feita ou ele tem uma visão muito restrita”, explica Cassio Spina, investidor-anjo e fundador da Anjos do Brasil.

2. “Só preciso de 1% de market share para ter sucesso”
Para os especialistas, uma empresa com tão pouca participação de mercado tende a ficar invisível e perder o sentido. “O empreendedor não pode ser ingênuo nas projeções. É muito comum que falem do negócio de uma perspectiva ingênua porque não olharam o mercado e partem de crenças que não param de pé”, diz Seabra. “Provavelmente, ele não entendeu qual é o seu mercado”, reforça Spina.

3. “Meu negócio não tem risco”
Não existem negócios sem risco. “Ainda mais entre startups que têm riscos inúmeros. Essa frase compromete muito a visão do empreender”, diz Spina. Fique atento a quais são os riscos e saiba explicá-los sem medo.

4. “Trabalho com projeções conservadoras”
Os empreendedores muito apaixonados pelo negócio tendem a ficar cegos. Por isso, ouvir a opinião das pessoas é importante para colocar os pés no chão e não se iludir. “Não coloque qualquer dado na sua apresentação. Hoje, está todo mundo conectado e é fácil checar na hora”, ressalta Seabra. Além disso, dizer que projeções são conservadoras pode parecer uma armadilha. “Ele mesmo acha isso ou está querendo convencer a audiência”, questiona Spina.

5. “Eu fiz, eu produzo, eu consigo...”
Eu, eu, eu, eu. Um dos fatores mais valorizados nas empresas pequenas é a capacidade do dono em liderar uma equipe. Se ele assume sozinho todos os méritos, fica parecendo que não está disposto a dividir. “É preciso mostrar que consegue trazer outras pessoas para o barco”, diz Seabra. Para o fundador da Anjos do Brasil, muito mais do que fazer, o empresário deve saber delegar e compartilhar méritos.

6. “Você está dizendo uma bobagem”
Um dos maiores erros que um empreendedor pode cometer é discutir com o interlocutor e não aceitar críticas e sugestões. “Acho que tem que defender o ponto de vista e argumentar. Mas, ouvir o mercado é essencial”, explica Spina. Para o diretor da Endeavor, assumir uma atitude de imbatível não ajuda em nada. “Muitos acabam não sendo nada abertos à crítica e isso é muito ruim. Quando a pessoa vem com uma postura muito arrogante, causa uma péssima impressão”, comenta. A dica é sempre agradecer, ouvir as sugestões e não enxergar as críticas ao negócio como um ataque pessoal. “Nenhum negócio é perfeito e a crítica em muitos casos é o que ajuda a construir uma empresa melhor”, conclui Seabra.

7. O outro investidor me ofereceu mais” 
Com esta frase, o empresário abre um leilão de investimentos. Segundo Spina, esta é uma prática comum e que prejudica os empreendedores. “Parece que ele só está olhando para o dinheiro, mas investidor e empreendedor precisam de valores comuns e sintonia”, diz. O risco é o investidor perder o interesse em você.

8. “Minha ideia é genial”
Mais do que um projeto no papel, os interessados na sua empresa querem conhecer de perto a viabilidade da ideia. Por isso, ficar inflando o valor do projeto e insistindo que não existe nada melhor ou parecido no universo pode ser prejudicial. “A execução é mais importante. Ideia monte de gente tem, mas o empreendedor é essencial e ele tem que provar que é capaz de fazer aquilo”, ensina Spina.

9. “Ainda não defini minha área de atuação”
Com tanta imprecisão, os empreendedores que usam frases deste tipo não passam credibilidade ao público.“Tem que saber responder qual é o problema que o negócio dele resolve”, explica Seabra. Mais do que saber a resposta, é preciso saber como contá-la. “A grande dificuldade é que muitas vezes eles vão longe e fica muito complexo de entender. O ponto central é deixar muito claro que ele sabe que tem um problema, uma oportunidade clara e que é a melhor pessoa possível para atender”, ensina.

10. “Minha empresa vale tanto quanto o Facebook”
Virou moda nos últimos anos exagerar no valuation ou valor da empresa. Ao invés de atrair dezenas de investidores, valores muitos altos podem espantar os interessados e mostrar falta de preparo do empreendedor. “É um fator de desestímulo para o investidor que acha que o potencial de retorno não vai ser tão bom quanto o de outras empresas”, ressalta Spina.


Fonte: EXAME.com
10/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A ilusão dos “feedbacks” e críticas construtivas

Autor americano defende que “críticas construtivas” são em sua maioria destrutivas e podem gerar revolta e insubordinação

O americano Tony Schwartz, CEO do The Energy Project e autor do livro Be Excellent in Anything, repudia o termo “construtivo” para designar críticas realizadas a funcionários e afirma que a prática representa nada mais que uma forma velada e segura de se dar feedbacks negativos, seja por parte da gerência ou de líderes.

Muitos outros especialistas em RH consideram ou até recomendam o uso de críticas visando melhorar o desempenho do profissional, como a consultora Jane Souza, do Grupo Soma, que afirma sobre a cautela em fazê-la. “Agir com cautela, pode fazer com que o líder perca ou ganhe o profissional”.

Para Schwartz, é melhor nem sequer assumir tal risco. “A crítica implica em julgamento e todos nós desprezamos sermos julgados e mesmo a mais bem-intencionada das críticas irá, em maior ou menor grau, nos levar a sentir nossos próprios valores em risco e sob ataque”, complementa.

A crítica construtiva, segundo o especialista, ainda pressupõe uma postura hermética de certa forma. “Assumimos que estamos certos a respeito de tudo e isso é o que estamos inclinados a dizer”.

Mas então, qual seria abordagem correta?

Schwartz afirma que o erro na prática da crítica construtiva ou mesmo de feedbacks está no fluxo de informações. Em ambos os casos, o processo se dá em forma de relatório – o chefe comunica o que está errado, avalia e solicita mudanças.

“Faz mais sentido então pensarmos no feedback com o espírito de exploração e não de declaração, o diálogo mais do que o monólogo e a curiosidade mais do que a certeza”.

O especialista recomenda a busca das causas e não o ataque às consequências, o que segundo ele é o que ocorre no caso das críticas. Isso porque a pessoa criticada tem o impulso de defender seus próprios valores, mesmo perante um erro, e quanto mais o faz, menor acaba sendo sua capacidade de absorver o que quer que lhe esteja sendo comunicado.
Frequência e objetivo

Para Bernardo Leite, sócio da RH Estratégia e autor do livro Dicas de Feedback, nada é uma via de mão única e que quando realiza um feedback, o próprio chefe também está sendo avaliado.

A frequência dos feedbacks concedidos pode ser o ponderamento da relação, uma vez que a discordância do funcionário tende a ser mais agressiva quando a questão torna-se uma surpresa e não uma prática diária ou costumeira.

O especialista defende que a reflexão para o funcionário, funciona em casos que ele tenha a consciência de ouvir, checar a percepção de seus superiores e só então pedir exemplos e argumentos que possam lhe esclarecer a situação.

O negócio é não buscar justificativas, mas procurar entender as expectativas da chefia e lembrar que o momento da crítica pode ser também uma situação para ganhar, tanto desenvolvimento quanto aproximação nas relações.


Fonte: Portal HSM
09/02/2012