sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Façam sempre alguma coisa que mude a vida das pessoas

Contra todas as adversidades, Charles Batte descobriu o seu próprio significado para o sucesso. O jovem, de apenas 25 anos, nasceu em uma das favelas de Kamwokya, um subúrbio de Kampala, em Uganda, no continente africano, e conviveu com todos os problemas comuns aos guetos do mundo.

Rompeu o ciclo vicioso da pobreza que envolvia a maioria das pessoas com quem convivia e, além de ser um dos melhores estudantes da escola, ganhou uma bolsa de estudos concedida pelo governo para cursar medicina na Universidade Makere.


Charles Batte (segundo da esquerda para direita), 25, estudante e empreendedor social


Mas o seu sonho principal estava além das conquistas pessoais. Sem nunca esquecê-los, Bates, aos 20 anos criou uma fazenda autossutentável que hoje beneficia mais de 50 pessoas e um negócio próprio: um sistema de saúde comunitário para atender famílias em vulnerabilidade social.

Sua trajetória empreendedora foi reconhecida pelo Your Big Year, uma competição que envolve candidatos de mais de 200 países. Após concluir com êxito as tarefas propostas, ele ganhou o prêmio final: viajar por um ano para conhecer de perto projetos de empreendedores sociais de várias partes do mundo.

Entre os destinos, estava o Brasil, que também participa da Semana Global do Empreendedorismo, liderada pela Endeavor. Durante a visita, Batte conheceu diversas iniciativas no país, como o Hurra, o Projeto Quixote, a Casa do Zezinho e o Adapta Surf, todos integrantes da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.


DEPOIMENTO A TATIANE RIBEIRO

"Sempre tive muitos amigos e nós fazíamos todos os tipos de coisas juntos. Vi muitos deles se viciarem em drogas e álcool e perderem todo o futuro nas ruas. Eles não tinham nenhum estímulo para continuar os estudos. Também presenciei muitas mortes de pessoas que ficaram doentes e não tinham condições financeiras para fazer tratamentos médicos. Não foi um período fácil. Mas, apesar de também ser exposto a tudo isso, eu mantive meus objetivos e, bem, hoje estou aqui no Brasil.

Quando eu era jovem, o que mais ouvia nas rádios eram pedidos de ajuda financeira para pessoas doentes que precisavam de tratamento na Índia ou nos Estados Unidos. Desde então, sempre quis ser um médico especializado, para que não fosse preciso sair do país para ser atendido. Tive uma grande amiga que sofria com um problema cardíaco. Ela passava muito mal e sempre pedia para que eu orasse por ela. Então eu prometi que, quando me tornasse adulto, eu seria um cirurgião e faria o transplante do seu coração. Isso fez com que eu me mantivesse firme no meu objetivo e não deixasse de estudar.

No bairro onde nasci, não havia oportunidades de emprego, nem um bom sistema de saúde. As pessoas não sabiam se comunicar e assim não alcançavam sua independência. Ao compreender esses problemas, senti que algo devia ser feito para modificar a situação. Então, com 18 anos, eu estava no colegial e imaginei que uma comunidade rural autossutentável seria ideal para que as famílias pudessem trabalhar e assim conquistarem seu próprio dinheiro. Dessa forma, poderiam aplicar o que recebiam em benefícios para a própria comunidade.

Para iniciar esse projeto, guardei todo o dinheiro que ganhava como mecânico em uma loja de peças de automóveis. Recebia o equivalente a US$15 por mês e, após sete meses, consegui contratar três fazendeiros para iniciar a plantação de feijão em um pequeno terreno cedido pelo meu avô. Quando comecei a faculdade de medicina, já era apto a dar aulas e então consegui investir mais. Hoje são 50 trabalhadores.

Meu trabalho com a comunidade é focado na geração de emprego e saúde. A ideia era fazer com eles tivessem a oportunidade de desenvolver pequenos negócios e eu pudesse montar ali uma clínica de atendimento médico com preços mais acessíveis. Não era o objetivo criar uma instituição de caridade.

Atualmente conseguimos tratar algumas doenças, mas pretendo aprimorar cada vez mais o atendimento para atender melhor mulheres e crianças, principalmente no que diz respeito à nutrição. Na parte educacional, ainda não é possível pagar muitos professores, mas criamos uma biblioteca e também implantamos mais computadores, para que os alunos possam expandir o conhecimento de forma mais independente.

Foco sempre na importância de saber como usar o pequeno capital. Quero que as pessoas desenvolvam seus próprios produtos e por isso também procurei parcerias de profissionais de marketing para que possam orientá-las sobre como vender nos grandes centros.

Me sinto orgulhoso desse processo, porque não é fácil fazer com que cresçam a partir de pequenos recursos. Desejo ser um exemplo de que pode dar certo porque eu não acredito em caridade, mas sim em oportunidades de desenvolvimento.

Gostei muito de ver como há jovens brasileiros com vontade de desenvolver negócios sociais. Além de interessante, percebi que há muitas formas diferentes de empreender. Os empreendedores daqui sabem do seu potencial e aplicam na prática.

A competição Your Big Year é uma boa forma de envolver jovens e fazer com que eles evoluam em seus próprios projetos. Faz com que os participantes se sintam motivados a ultrapassar desafios e a identificar de forma mais clara o que fazem para tornar o mundo melhor.

A conexão com pessoas de diferentes partes do mundo abre muitas possibilidades de desenvolvimento. A oportunidade de viajar é muito importante para a criação de líderes mais humanitários, que é o que o mundo precisa hoje. Essa é uma competição onde não existe apenas um ganhador.

Todos podem se tornar profissionais de sucesso, mas, ao realizarem seus sonhos, nunca se esqueçam das comunidades de onde vieram. Mesmo que se tornem ricos e famosos, não percam suas raízes. A responsabilidade está ligada ao fato de voltar e transformar também o lugar onde nasceu. Façam sempre alguma coisa que mude a vida das pessoas, para que elas cresçam e se desenvolvam. Isso é alcançar o sucesso."


Fonte: Folha de São Paulo - 11/10/2012 - 20h11
Matéria enviada por: Prof. Norival Carvalho Cunha
30/11/2012

Mudança Organizacional

"Preciso de serenidade para aceitar as coisas, que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para conhecer a diferença"... Niebuhr

O primeiro problema que se coloca em termos de cultura é se ela pode ou não ser objeto de estudo. Segundo Edward Taylor, é possível estudar a cultura, já que ela é um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma análise capaz de proporcionar a formulação de leis. A partir desse pressuposto, o passo seguinte é entender como a cultura se desenvolve, como evolui e se transforma. Na visão da antropologia social, a cultura é o conjunto de significados compartilhados por um grupo, que permite a seus membros interpretar e agir sobre seu ambiente. Esse conceito, bastante simples em sua definição, revela dois elementos importantes: coletividade e comunicação.

O elemento "coletividade" exprime a necessidade de grupos humanos como meio propício ao desenvolvimento da cultura, por meio de trabalhos de grupo, participação nas decisões. Enquanto a "comunicação" refere-se à transmissão da informação como elemento-chave de sua evolução e a mudança cultural. Na verdade, para o desenvolvimento da cultura é necessário que, além dos grupos, existam as interações sociais entre seus membros. Dessas interações surgem os sistemas ideacionais que se expressam por meio dos valores, das crenças, dos mitos, das religiões, dos folclores, etc. São esses sistemas de ideias, desenvolvidos no âmbito grupal e expressos por representações simbólicas, que classificam e dão sentido ao mundo natural das pessoas. Legitimar a mudança cultural consiste em um processo de explicar e justificar a ordem institucional, prescrevendo validade cognitiva aos seus significados objetivados. Quando um grupo social tem que transmitir a uma nova geração a sua visão do mundo, surge a necessidade da legitimação.

A linguagem, como parte integrante do universo simbólico, atua como principal via de difusão cultural. Entretanto, é preciso observar que esse processo não é estático. Independentemente da velocidade, qualquer sistema cultural, quer pela dinâmica do próprio grupo onde se originou, quer por contatos com outros sistemas, está em constante mudança, o que determina sua evolução e transformação. Discutir e pesquisar sobre as questões da cultura organizacional vem tornando-se presença constante na maior parte das atividades profissionais. Mais do que um simples modismo, o estudo nesta área tem permitido compreender as organizações além daqueles aspectos abordados nas análises estruturais mais clássicas.

Em qualquer sociedade deve existir um mínimo de participação do indivíduo no conhecimento da cultura. Aprender a agir em determinadas situações e a prever o comportamento dos outros é condição essencial para o relacionamento do indivíduo com os demais membros do grupo. Esse processo de aprendizagem é conhecido como socialização.


Norival Carvalho Cunha
Professor Universitário - FUCAMP

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Procedimentos de justificativa e gabaritos do Enade 2012

Os estudantes que NÃO participaram do Enade 2012 por motivo de saúde, que se encontram em programa de mobilidade acadêmica ou tinham outros impedimentos relevantes de caráter pessoal, devem apresentar sua justificativa à Instituição de Educação Superior (IES) onde estão matriculados. O prazo para isto começou em, 28/11, e vai até 11 de janeiro de 2013.

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é componente curricular obrigatório. O concluinte dos cursos avaliados em 2012 que não compareceu à prova no domingo passado ficará em situação irregular e não poderá concluir o curso de Graduação. As solicitações de dispensa deferidas pela IES serão registradas pelos coordenadores de curso, no mesmo prazo (até 11/01/2013).

Entretanto, os estudantes habilitados que não participaram e tiveram seu pedido indeferido pela IES ainda poderão recorrer ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no período de 12 a 31 de janeiro de 2013. As solicitações serão exclusivamente por
via eletrônica.

A solicitação de dispensa encaminhada diretamente ao Inep deverá conter obrigatoriamente o requerimento de dispensa do Enade 2012, cujo modelo poderá ser obtido também no site do Inep; a declaração original de aluno regular e habilitado ao Enade 2012, comprovada por meio de assinatura do responsável da IES; e a cópia autenticada do documento comprobatório do impedimento de participação no Enade 2012. Após a divulgação do resultado da solicitação de dispensa, não caberá recurso da decisão.

Outras informações pelo telefone: 0800-616161.

Veja o gabarito do Enade 2012

Fonte: Assessoria de Comunicação do Inep
30/11/2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Crescimento do G20 representa 87% do PIB mundial, diz Eurostat

China e Índia são os países com maiores níveis de desenvolvimento


O crescimento econômico dos países- membros do G20, do qual o Brasil faz parte, gerou 87% do PIB mundial em 2010, segundo dados publicados nesta quarta-feira (28/11) pelo escritório de estatística comunitária, Eurostat.

Os indicadores revelam que o PIB global atingiu 47,6 trilhões de euros, dos quais 26% correspondem à UE, 23% aos EUA, e 9% a China e Japão. Os dados indicam também que as grandes economias do mundo evoluíram de forma desigual.

A China, por exemplo, registrou níveis de crescimento reais 2,5 vezes maiores, seguida pela Índia, que duplicou seus níveis. Já os níveis mais baixos de crescimento foram observados no Japão, na União Europeia e nos Estados Unidos, cujos níveis do PIB cresceram 20%.

O baixo crescimento da UE pode ser explicado pela dívida pública, que alcançou 4,4% do PIB durante o ano passado. Já em países como Japão, EUA e Índia, a dívida foi calculada em -10,1%, -9,6% e -8,7%, respectivamente.

Além da taxa da dívida externa, o relatório da Eurostat avalia também outros indicadores - como população mundial, taxa de fertilidade, expectativa de vida e número de carros e celulares por habitante - para determinar especificações dos países do mundo.

Segundo os apontamentos, a população mundial chegou a 6,9 bilhões de habitantes, dos quais 500 milhões, 7% do total, pertencem à UE. Em relação a níveis de povoamento, o Brasil é o quinto na lista, com 195 milhões de habitantes, atrás de China (1,34 bilhão de habitantes), Índia (1,22 bilhão), EUA (310 milhões) e Indonésia (240 milhões).


Fonte: Época NEGÓCIOS
28/11/2012

As redes sociais preferidas no mundo corporativo

Pesquisa revela que mais de 65% das empresas já utilizam as redes sociais como ferramenta de comunicação com clientes e prospects. Infográfico mostra onde as empresas estão e o que elas têm feito.
 
 

O furação Foster



 
 
Continuidade.
 
Esta é a palavra-chave da cúpula da Petrobras para se referir à troca no comando da empresa, realizada em 13 de fevereiro deste ano. Faz muito sentido. Afinal, Maria das Graças Silva Foster, a atual presidente da empresa, já fazia parte do grupo diretor da companhia e era, portanto, corresponsável pela gestão de José Sérgio Gabrielli Azevedo, seu antecessor. As poucas mudanças que realizou são, de acordo com essa lógica cristalina, apenas ajustes na sintonia fina da principal empresa do país. Alguns exemplos:
 
1. Desde que assumiu, Graça Foster trocou três dos principais diretores da Petrobras – e dezenas de gerentes abaixo deles.
 
2. Todas as metas de produção de petróleo para o quadriênio 2012-2016 foram revistas. Todas. E para baixo. (Lá não se cumprem metas há quase uma década.)
 
3. Durante três meses, todos os processos de aprovação de projetos e cronogramas na Petrobras foram revisados. Todos. Graça reunia-se até três vezes por dia com os responsáveis por cada área, para evitar atrasos como o da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (três anos além do prazo, custo nove vezes maior que o previsto). Em junho, ela advertiu publicamente seus diretores que eles não têm mais autorização para esticar prazos nem investir acima do previsto.
 
4. A Petrobras tem um novo mantra: a curva “S”, um tradicional método de gestão, para avaliar se as grandes obras estão com a evolução física e a financeira dentro do esperado.
 
5. A empresa iniciou um programa geral de eliminação de gorduras, principalmente na área operacional, que pode resultar em uma economia de até R$ 15 bilhões em um ano.
 
6. O declínio da eficiência dos poços antigos da Bacia de Campos, no Rio (de 89%, em 2008, para 71% no ano passado), foi considerado inaceitável. Graça anunciou um plano específico para recuperar a eficácia perdida.
 
7. As reuniões da diretoria, às quintas-feiras, passaram a ser tão minuciosas que começaram a varar madrugadas. A solução foi dividi-las. Agora, ocorrem às segundas e quintas.
 
8. Ninguém é louco de desafiar o dono. Mas começaram a ser ouvidas queixas em temas sagrados para o governo: “O preço da gasolina tem de subir”, disse Graça, em junho. “Valorizo o conteúdo local possível”, afirmou em março. “Rejeito o conteúdo local puramente nacionalista.”
 
9. O orçamento da área de exploração e produção da empresa subiu de 53% dos investimentos para 63%. O objetivo do reforço é obter três coisas: petróleo, petróleo e mais petróleo.
 
10. A pressão sobre os funcionários de alto escalão subiu um tiquinho. “Conforto é uma palavra proibida entre nós”, disse Graça, em junho. “Trabalhamos sob total desconforto. É desconforto 365 dias por ano, 24 horas por dia.” Se você faz parte da cúpula e recebeu um e-mail às 3 da manhã, não precisa checar quem é o remetente.
 
Para você, eu não sei, mas para esta revista essa continuidade está parecendo... uma baita ruptura. As opiniões e experiências de analistas, investidores, fornecedores e funcionários ouvidos ao longo de 40 dias permitem concluir que a maior empresa do Brasil está passando por uma senhora revolução.
 
Antes tarde do que tarde demais. Os indicadores de produção de petróleo da companhia vinham caindo de forma inesperada. Em agosto, a produção atingiu 1,92 milhão de barris por dia, o mesmo patamar de três anos atrás. É urgente reagir. Até para construir um futuro diferente – seja com a exploração da camada de petróleo do pré-sal, seja com um sonhado mercado de etanol, seja com os frutos de pesquisas de combustíveis revolucionários –, a Petrobras depende do caixa da extração de óleo dos campos atuais. E, num gigante de um setor de ciclos estendidos, as ações demoram para surtir efeito: qualquer mudança implementada hoje só terá impacto em dois ou três anos. Por isso, era preciso bulir com o gigante.
 
E a presidente Dilma Rousseff buliu.
 
 
Fonte: Época NEGÓCIOS
28/11/2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fundamental é construir uma carreira sustentável

 
Não acredito em receitas prontas para construção de carreira. São ineficazes porque podem solucionar problemas genéricos, mas não específicos. E carreira é, sobremaneira, uma arte individual (autoral, podemos dizer assim).
 
O sucesso depende de uma combinação de fatores temporais, ambientais, profissionais e pessoais impossíveis de serem considerados num único tratado. Por isso, prefiro indicar parâmetros que podem servir de referências aos profissionais em diferentes fases da carreira para que ajustem sua rota de acordo com essas referências.
 
Nesse sentido, gostaria de transpor um conceito de sustentabilidade largamente utilizado hoje no meio empresarial para o mundo do desenvolvimento da carreira. Esse modelo busca encontrar equilíbrio entre as necessidades econômicas, sociais e ambientais de modo a garantir ao processo a realimentação por tempo indeterminado.
 
De forma geral, não adianta optar por um crescimento que não se sustenta ao longo do tempo. Também não é suficiente fazer sucesso agora se essa condição representará uma conta a ser paga no futuro. Lucro já com prejuízo para as gerações futuras.
 
Na carreira e para a gestão de pessoas, o conceito da sustentabilidade também se traduz na aplicação da busca incessante pelo equilíbrio. Qualquer ponto que escape ao ponto de estabilidade pode representar perigo no desenvolvimento da sua estratégia. Destaco aqui alguns pontos em que esse conceito deve ser observado:
 
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS – tem muitas dificuldades em conseguir o equilíbrio na gestão dos talentos. Com material humano escasso em qualidade, peca na alimentação, na manutenção e no desenvolvimento do sistema. As falhas acabam desprestigiando o papel estratégico desse setor junto aos CEOs, como já retratado em posts anteriores. Importante destacar que seus executivos têm a tarefa de apoiar o funcionário na direção de um. vida em equilíbrio;
 
TRABALHO E FAMÍLIA – Parece lugar comum o argumento de que o profissional deve optar entre se dedicar ao trabalho ou à família. A percepção é de que não há equilíbrio possível entre sucesso no trabalho e felicidade em casa. Esse desequilíbrio é a fonte fundamental dos problemas de saúde dos trabalhadores em vários níveis e cada vez mais cedo;
 
MÃE E EXECUTIVA – A mulher sofre em especial com o desejo de equilibrar os papéis de mãe e de executiva. As profissionais precisam decidir quais as concessões serão feitas com possíveis danos para alguns dos lados;
 
MANDAR, OBEDECER OU EMPREENDER - quem entra na carreira precisa cuidar de se conhecer para decidir qual o desafio que lhe ajuda mais na hora de fluir e equilibrar a energia dedicada ao trabalho;
 
SALÁRIO OU SAÚDE - há quem diga que uma coisa leva a outra, mas a verdade é que para chegar a um padrão de vida superior, tem muita gente deixando a saúde pelo caminho. A pergunta que fica é se vai sobrar alguma coisa quando a conta estiver recheada.
 
Uma carreira sustentável depende da capacidade do profissional de fazer opções que equilibrem suas várias demandas pessoais para ter uma vida bem-sucedida e saudável. Se sua trajetória não se sustenta, é bom rever suas decisões para encontrar esse ponto de equilíbrio.
 
 
Por: Carlos Faccina
 
 
Fonte: Época NEGÓCIOS
27/11/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CRA-MG sorteia bolsas de estudo


O Conselho Regional de Administração de Minas Gerais (CRA-MG) firma convênios com Instituições de Ensino Superior com a finalidade de valorizar e contribuir para o constante aperfeiçoamento e desenvolvimento da profissão de Administrador.

Diante dos convênios renovados e firmados, será realizado no dia 12 de dezembro de 2012, às 16h, no auditório do CRA-MG (Av. Afonso Pena, 981 - 12º andar - Centro - BH/MG), o sorteio de 15 (quinze) Bolsas Integrais de Estudo entre os Profissionais Registrados, Remidos e Ativos Adimplentes com o CRA-MG que preencherem o formulário de inscrição abaixo até às 23h59 do dia 10 de dezembro de 2012.
 
O preenchimento do formulário de inscrição, com a seleção das bolsas de interesse, deve ser feito através do link: http://www.cramg.org.br/Pesquisas/sorteiobolsanovembro2012.asp

O Profissional que se inscrever no sorteio, automaticamente, autorizará a divulgação do seu nome, número de registro no CRA-MG e cidade de residência nos informativos do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais.
 
Atenção! Número de Registro digitado incorretamente implicará na exclusão do Profissional no sorteio.
 
Esclarecemos que os interessados podem se inscrever para participar do sorteio de todas as bolsas, porém se for contemplado mais de uma vez, será válida a primeira bolsa sorteada.
 
As bolsas de estudo não cobrem despesas de passagem, hospedagem, alimentação e taxas de apresentação de tese.
 
O ingresso nos cursos está condicionado à formação de turma, cuja responsabilidade é da Instituição de Ensino Superior.
 
A bolsa de estudo é pessoal e intransferível, e para concorrer não será necessária a presença no dia do sorteio.

As Bolsas de Estudo são:



Em Belo Horizonte

Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte-Facisa/BH
2 Bolsas Integrais de Estudo para qualquer curso de Pós – Graduação Lato Sensu e Extensão.

Faculdade Padre Machado-FAPEM
2 Bolsas Integrais de Estudo para qualquer curso de Pós – Graduação Lato, Sensu (MBA, Especialização).

Instituto de Educação Tecnológica Ltda./IETEC
2 Bolsas Integrais de Estudo para o curso de Pós – Graduação.

Sistema Integrado de Ensino de Minas Gerais (SIEMG) FEAD
2 Bolsas Integrais de Estudo para qualquer curso de Pós – Graduação Lato Sensu (MBA, Especialização).



Em Nova Serrana

Faculdade de Nova Serrana-FANS
2 Bolsas Integrais de Estudo para qualquer curso de Pós – Graduação.



Em São Lourenço e/ou Juiz de Fora

Faculdade São Camilo
2 Bolsas Integrais de Estudo para qualquer curso de pós-graduação na área de gestão e do curso de Administração Hospitalar.


Em Bom Despacho

Instituto Bondespachense Presidente Antônio Carlos - IBPAC
2 Bolsas Integrais de Estudo para curso de Graduação e Pós-Graduação.


Em Buenos Aires (Argentina)

Estudiar em Buenos Aires
1 Bolsa Integral de Estudo para Mestrado em Administração.

Informamos que o sorteio será aberto ao público, sendo necessária somente a identificação na entrada do Edifício Sede e no Auditório do CRA-MG.

Dúvidas, entrar em contato pelos telefones (31) 3274-6334/3274-9256.

RENOVAÇÃO DE MATRÍCULAS - 2013/1



Caros alunos,
 
Comunicamos que a Renovação de Matrícula para o 1º Semestre do ano de 2013 será realizada nos períodos:
  • 26 a 30 de Novembro;
  • 03 a 07 de Dezembro;
  • 10 a 14 de Dezembro;
  • 17 a 21 de Dezembro.
 
Para a renovação será exigido:
  1. Estar em dia com as mensalidades até o pagamento do dia 15/12/2012;
  2. Não haver nenhuma pendência de documentos na secretaria Acadêmica. De acordo com a cláusula 17ª do contrato de prestação de serviços educacionais assinado entre a FUCAMP e os alunos, esta condiciona a renovação do presente contrato, à inexistência de débitos anteriores.

II Fórum de Pesquisas em Empreendedorismo

II Seminário de Iniciação Científica da FUCAMP

A FUCAMP convida você e sua família para participarem do II Seminário de Iniciação Científica a realizar-se de 28 a 30 de novembro a partir das 19 h no campus da faculdade.





A nova elite brasileira

Pesquisa feita por uma grande organização de comunicação estima que 30% dos cem milhões de brasileiros que fazem parte da Classe C querem algo mais do que reality show, esporte ou programas de auditório. Essa turma quer mais arte e mais cultura. O exemplo está aí:
 

Centro do Rio. Madrugada de sábado para domingo. Tradicionalmente a área central da cidade fica deserta fora do horário comercial. Entretanto, bem próximo a Candelária, está formada uma longa fila. São centenas de pessoas que pacientemente esperam, pelo menos por um par de horas, pelo direito de acesso à exposição Impressionismo, Paris e a Modernidade organizada pelo Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).
 
Em nosso país tradicionalmente vemos pessoas fazendo fila na madrugada, em geral para pegar senha para atendimento em hospital, para atendimento no INSS ou para entrevista de empregos. Que país é esse que está nascendo, no qual vemos agora fila na madrugada para entrar em museu?

Toda aquela gente na fila do CCBB participava da Virada Impressionista, uma abertura em grande estilo da exposição do maior acervo de obras do Impressionismo já trazido ao Brasil, programada para uma jornada inédita de 24 horas diretas entre o sábado (27) e domingo (28).
 
Estive lá. Peguei duas horas de espera na tal fila. Mas valeu! Adorei a exposição e também fiquei surpreso com a diversidade de pessoas dispostas a encarar a espera para entrar.
 
Na fila não estavam só as pessoas viajadas e mais afluentes, sobretudo moradores da tradicional Zona Sul carioca, que já conheciam o acervo de obras impressionistas que o Museu d´Orsay de Paris emprestou ao CCBB. Era, de fato, um público constituído de representantes dos mais diversos estratos socioeconômicos. Uma parte considerável era, na verdade, de pessoas de classes bem populares. Gente das favelas, dos subúrbios, da Baixada Fluminense que se misturava na fila aos tradicionais conhecedores, aos “espertos” e aos experts das artes plásticas.
 
A direção do CCBB pode ter ficado surpresa com o sucesso da Virada. Mas eu acredito que eles sabiam o que estava fazendo. Devem ter tomado conhecimento de que a demanda por entretenimento cultural de alto nível está em franca ascensão, mesmo entre as pessoas que são da classe média emergente.
 
Recentemente tomei conhecimento de uma pesquisa feita por uma grande organização de comunicação de que 30% dos cem milhões de brasileiros que fazem parte da Classe C – o tal Cezão que se torna o motor do consumo da nossa economia! – querem algo mais do que reality show, esporte ou programas de auditório. Essa turma quer mais arte e mais cultura.
 
Quer museus, quer centros culturais, quer eventos de bom nível de artes, plásticas, cênicas, música; quer entretenimento que seja mais cultura e menos circo. Basta ver o sucesso que é a programação de R$1 no Teatro Municipal no Rio quando ficam lotados concertos de música clássica, balé, ópera e coisas do gênero.
 
As empresas da mesma forma e inspirados pelo êxito do CCBB devem se esmerar e preparar mais biscoitos finos, mais pão para o espírito. Sobretudo porque a demanda agora não é mais de meia dúzia de gatos pingados, como no século passado.
 
Seria ótimo se os executivos de marketing começassem a entender que não é só uma questão de renda e mercado. Os publicitários precisam, por sua vez, pensar fora da caixa; precisam saira mesmice de usar esportes para passar a mensagem de seja lá o que for. É preciso entender que existe uma percepção diferente de valor que essa gente está buscando. E isso é muito bom para o país.
 
Estamos assistindo a construção de uma nova elite que não está meramente buscando privilégios e direitos, mas uma categoria de pessoas que se prepara para assumir mais as responsabilidades cívicas dos que as assumidas pelas elites que a antecederam. São pessoas que estão sendo mais inspiradas pela trajetória do Ministro Joaquim Barbosa do que pelas histórias embaladas pela publicidade acerca de desportistas e celebridades efêmeras.
 
Essa gente vem cheia de esperança e começa a exercitar o pensar grande. Essa é a nova elite que deve fazer deste país uma nação verdadeiramente classe mundial.


Fonte: Época NEGÓCIOS
26/11/2012

domingo, 25 de novembro de 2012

Workaholic, não. Worklover


Adorar trabalhar não significa necessariamente que você seja um workaholic. Talvez uma nova expressão seja mais adequada à sua personalidade: worklover!
 
Qual a diferença entre os dois termos? O worklover, além de trabalhar muito, descansa muito bem, adora se divertir, vive com intensidade e tem vínculos afetivos fortes. Ele trabalha muito porque adora o que faz.
 
O workaholic não consegue descansar porque geralmente vive preocupado. Quando está viajando não consegue se desligar do trabalho porque não sabe se divertir, não consegue fazer amizades e muito menos criar vínculos amorosos.
 
O workaholic pode até casar, mas não curte se entregar ao amor. Quando tem filhos, não sabe brincar com eles e, pior ainda, fica angustiado quando é divorciado e tem de levar os filhos para as férias: sua vida vira um caos, porque ele não sabe curtir os momentos com
as crianças.
 
No começo das férias o worklover até pode sofrer um pouco para se desligar do trabalho. Mas ele também sofre no final das férias, porque se envolveu com tantas coisas que gosta de fazer que fica difícil se desligar delas. A vida do worklover é cheia de emoções, em tudo o que ele faz.
 
Se você se identifica com o tipo workaholic, a aproximação das férias é um tempo de ansiedade. Sair do ambiente de trabalho, onde você tem a ilusão de ter controle dos sentimentos, se torna muito assustador. Ter tempo livre com os filhos, a mulher ou a namorada, parece ser algo que você não vai suportar porque não sabe como lidar com isso.
 
Ah, ainda tem o Natal!... Quando as pessoas se abraçam e se olham com mais intimidade e cumplicidade... Aí sim tudo fica mais complicado.
 
Se você acha que é um workaholic, o começo de dezembro é um bom momento para começar uma psicoterapia. Olhar para dentro de si mesmo é o primeiro passo para aprender a conviver com as pessoas que importam e curtir a vida.
 
Não perca tempo adiando soluções importantes. Deixar de ser um workaholic e se tornar um worklover é o melhor presente de final de ano que você pode dar para si próprio e para todos os que você ama.
 
 
Roberto Shinyashiki é palestrante e doutor em administração pela FEA-USP. É também autor dos best-sellers Sem Medo de Vencer; A Revolução dos Campeões; O Sucesso É Ser Feliz; Os Donos do Futuro; Você, a Alma do Negócio; O Poder da Solução; Heróis de Verdade; Tudo ou Nada e Os Segredos dos Campeões.
 
 
Fonte: Época NEGÓCIOS
25/11/2012

A estratégia do cheque em branco

Como Tang virou uma marca de US$ 1 bilhão

Ante o desafio de reerguer as vendas do suco Tang, a Kraft Foods adotou uma estratégia ousada: deu um cheque em branco aos gestores da marca em países-chave, como Brasil, México e Filipinas. Traduzindo: em 2007, os gestores foram incentivados a pensar em estratégias ousadas, sem limite de orçamento.
 
Os resultados foram extraordinários. Em cinco anos, Tang duplicou as vendas nos mercados fora dos Estados Unidos e virou uma das poucas marcas da empresa com faturamento superior a US$ 1 bilhão anual. Uma das ações que levaram a isso foi o desenvolvimento de novos sabores locais (no Brasil, graviola, jabuticaba e cajá). O projeto também fomentou estratégias de marketing como a bem-sucedida campanha “Preparou, Bebeu, Faz” no Brasil, que envolveu o público juvenil no movimento de sustentabilidade. “Dar um cheque em branco ao Tang nos permitiu pensar de forma diferente”, diz Gustavo Abelenda, presidente da Kraft na América Latina.
 
“O cheque em branco serve para financiar apostas grandes, portanto é importante que elas sejam escolhidas cuidadosamente”, escreveu Sanjay Khosla, presidente de mercados em desenvolvimento da Kraft, no artigo Blank Checks: Unleashing the Potential of People and Businesses (“Cheques em branco: liberando o potencial de pessoas e negócios”), na revista Strategy+Business. O segundo ponto crucial da estratégia é selecionar bem o pessoal, pois, em última análise, o cheque é uma aposta em pessoas. O terceiro passo é a definição de objetivos e planos de ação. Por fim, o monitoramento de resultados. “Os gestores de negócios devem estar focados na definição de objetivos ambiciosos, não em orçamentos e recursos”, afirma Khosla.



Fonte: Época NEGÓCIOS
25/11/2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

HP anuncia prejuízo e acusa empresa recém-comprada de fraude contábil

Segundo a HP, a Autonomy PLC, comprada por US$ 10 bilhões, mentil em seu balanço
 
A Hewlett-Packard, que anunciou um prejuízo de US$ 6,9 milhões no quarto trimestre fiscal, afirma que foi enganada pela empresa de software Autonomy Corporation PLC, comprada no ano passado por US$ 10 bilhões no ano passado. Segundo a companhia, foram detectadas grandes falhas contábeis e erros nas divulgações de balanço da Autonomy, que causaram uma reavaliação para baixo do negócio em US$ 8,8 bilhões.
 
Documento apresentado pela HP, entre as fraudes detectadas está a inclusão de transações de licenciamento com revendedores como receita, mesmo sem haver nenhum cliente no momento da venda. Meg Whitman, atual CEO da HP, disse que a empresa informou os problemas à SEC (Securities and Exchange Commission) e à Serious Fraud Office, do Reino Unido. "Pedimos às duas agências que abram investigações civis e criminais sobre este assunto", disse ela. "A HP pretende diminuir as perdas nos tribunais apropriados para recuperar o que for possível para nossos acionistas".
 
A Autonomy é uma empresa britânica que desenvolve mecanismos de buscas capazes de encontrar informações armazenadas em redes. A aquisição da companhia fazia parte dos planos da HP de fortalecer seu portfólio de produtos em segmentos fora da área de computação pessoal. O negócio foi fechado pelo ex-CEO Leo Apotheker e foi uma das razões da queda do executivo.
 
A fraude é mais um golpe para a HP, que vem enfrentando uma crise devido ao encolhimento do mercado de PCs. A empresa fechou o terceiro trimestre fiscal, terminado em 31 de outubro, com um prejuízo de US$ 3,49 por ação. No mesmo período de 2011, o resultado foi de lucro de US$ 0,12 por ação, o equivalente a US$ 239 milhões no total.
 
A unidade de sistemas pessoais perdeu 14% de seus receitas. Em serviços, a queda foi de 6% e no segmento corporativo (servidores, estocagem e redes) houve queda de cerca de 9%. As vendas de impressoras diminuíram 5%. Somente a venda de software apresentou crescimento, de 14%.
 
 
Fonte: Época NEGÓCIOS
20/11/2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

10 dicas para ser reprovado numa entrevista de emprego

Quer a vaga? Então, não siga esses conselhos. Melhor, leia atentamente cada um para ver se você não está dando alguma mancada.
 
 
 
Saiba o que NÃO fazer numa entrevista de emprego, de modo a aumentar suas chances. Mas, lembre-se, seja você mesmo, viu?
 
Precisa aumentar suas chances de sucesso? Então, siga algumas dicas importantes:
 
 
1 - Comparecer à entrevista vindo direto da balada
 
No meu tempo dizia-se noitada... Bem, não faz muito tempo assim. Enfim, as impressões que ficam ainda são as mesmas. Comparecer à entrevista com a cara amassada no meio da semana pode assustar o selecionador. Cheirando a álcool, então, nem merece comentários.
 
 
2 - Comparecer de chinelo de dedo
 
A mocinha era linda e super descolada, mas a vaga era para recepcionista de uma rede internacional de hotéis. A questão é que depois da entrevista inicial ela deveria seguir imediatamente para uma segunda etapa do processo no próprio hotel. Sinto muito, mas chão de mármore e arabescos não combinam com chinelos de dedo. O candidato deve estar preparado para causar uma boa impressão em qualquer ambiente. Aparência conta sim!
 
 
3 - Vestimentas muito ousadas ou extravagantes
 
Decotes, saia e calças muito justas, tecidos transparentes e cores berrantes. Como citei anteriormente, a aparência conta muito no momento da entrevista. As empresas procuram por pessoas sóbrias e capazes de executar atividades que contribuam para o crescimento da organização. Aí você pergunta: vão me julgar pela roupa? Sim! Eles ainda não te conhecem, não sabem da sua capacidade. De acordo com suas roupas podem fazer outro juízo de você. Portanto, procure trajar-se de forma conservadora. Mas lembre-se de se sentir à vontade e manter seu estilo, sem exageros.
 
 
4 - Cuidado para não exagerar no perfume
 
Realmente perfume é algo muito pessoal. Inclusive certos tipos, que exigem hora e lugar para serem usados. Bem, se você não tem ninguém para orientá-lo o melhor é lembrar que quando estamos em busca de emprego vamos lidar com vários tipos de pessoas e frequentar diversos ambientes. Portanto, seja marcante, mas por seu conteúdo.
 
 
5 - Mascar chiclete durante uma entrevista (mesmo por telefone)
 
O selecionador percebe, pois seu tom de voz se altera, as palavras saem incompletas e isso compromete muito a sua forma de se expressão.
 
Ah! Sim, e pessoalmente ainda é possível ver até uma "babinha" escorrendo no canto da boca. Éca!
 
 
6 - Atender ao celular
 
Este é um problema. Se a pessoa for discreta ainda vai, mas muitas vezes o candidato fica "discutindo a relação" diante do selecionador. Evite usar o celular nestes momentos, a sua atenção deve estar voltada para a entrevista.
 
 
7 - Comparecer à entrevista acompanhado
 
Não! Definitivamente, nunca faça isto. Alguns candidatos levam suas mães, amigos e cônjuges. Estes acompanhantes muitas vezes até entram na sala junto com o candidato sem serem convidados. O pior é que ainda dão palpites.
 
O candidato à vaga é você, só você, os acompanhantes são completamente desnecessários.
 
 
8 - Mexer nos objetos sobre a mesa do selecionador
 
Parece brincadeira, mas não se assuste, pois este comportamento é mais comum do que você imagina. Há candidatos que organizam os objetos sobre a mesa, brincam com os bibelôs e abrem espaço no centro da mesa. Outro dia vi um candidato abrindo gavetas. Inconveniente... Bem, acredito que nestes casos talvez seja necessário um acompanhamento psicológico.
 
 
9 - Ligar insistentemente para saber o resultado da seleção
 
Por mais que a ansiedade lhe cause comichão é importante saber se colocar no lugar do selecionador. São muitas vagas e muitos candidatos. Já pensou se todo mundo decidir ligar? Compreenda que um processo seletivo pode levar certo tempo. Portanto, após a entrevista pergunte como será a finalização do processo e qual o tempo previsto para receber uma resposta, seja ela afirmativa ou não.
 
 
10 – Bola pra frente!
 
Se não foi desta vez procure fazer uma autocrítica. Veja a negativa como uma oportunidade de aperfeiçoamento. É como sempre digo, não cometo os mesmos erros, procuro cometer erros novos.
 
 
Por enquanto siga estas dicas. Hoje ficamos por aqui. Sim, vale lembrar que muitas vezes uma aparente e pequena agência de empregos pode ter como cliente empresas multinacional. Pense nisso!
 
 
Fonte: Portal Administradores
19/11/2012

Até onde você iria para superar um obstáculo?

Professor da FGV e autor de livro recém-lançado sobre o tema, Paulo Sabbag mostra como a capacidade de resistir a adversidades pode levar ao sucesso
 
Charles Spencer Chaplin (1889 - 1977), ator e diretor britânico que saiu da infância pobre e conquistou Hollywood, em seu mais famoso papel (Foto: Getty Images)


Quais as chances de um menino de rua praticamente sem escolaridade, com uma mãe que chegou a se prostituir, tornar-se o ator e diretor mais famoso de Hollywood? Para o professor da FGV e autor do livro “Resiliência”, Paulo Sabbag, Charles Chaplin, o personagem do início da reportagem, é sem dúvida um dos maiores exemplos de resiliência.
 
“Chaplin tinha tudo para dar errado na vida. Não teve apoio, mas confiou na sua capacidade”, diz Sabbag. “A obra dele é quase uma catarse. Por isso os bêbados (a mãe), os meninos de rua (ele mesmo) em seus filmes”.
 
A resiliência apontada em Chaplin pelo especialista é um conceito psicológico emprestado da física. Por definição, é a capacidade de o indivíduo enfrentar situações extraordinárias, seja o sucesso ou a perda, em situações com grande estresse.
 
Para medir o nível da resiliência, Sabbag desenvolveu uma pesquisa científica e criou uma escala. Nessa espécie de termômetro, a cantora Amy Winehouse é um exemplo de baixa resiliência ao lidar com o sucesso – e não com a perda, caso mais comum.
 
“Ela era talentosa, bem educada, obteve fama e sucesso muito cedo e, a partir daí, entrou em uma espiral de autodestrutuvidade. Me pergunto se o vício por drogas nos adolescentes não é consequência da baixa resiliência que causa dificuldade de enfrentar as dificuldades que a vida coloca”.
 
A boa notícia, segundo o especialista, é que a resiliência não é uma questão de personalidade, mas uma competência a ser desenvolvida, que sofre mais influência da cultura e do ambiente. Ela pode ser apreendida, com estímulos da educação recebida pela família, pelo contexto escolar ou pela trajetória de cada um. A má notícia é que, mesmo aprendida, a resiliência não é duradoura e varia ao longo da vida. Ou seja, precisa ser cuidada sempre.
 
“Quando vemos uma criança brincando que cai e se machuca, se ela começa a chorar, mas logo esquece o incômodo e volta a brincar, esse já é um sinal de resiliência. Por essa razão o aprendizado nessa idade é tão intenso: as crianças são bastante resilientes”.
 
Steve Jobs: o fracasso o ensinou a ser resiliente (Foto: reprodução / internet)
 
 
Jobs (o eterno exemplo)
 
Amado por suas invenções, o criador da Apple, Steve Jobs, é considerado por Sabbag um exemplo de empreendedor que acabou se tornando resiliente depois de tomar algumas “quedas” no mundo corporativo.
 
“Ele tinha ataques de estrelismo. Era tirano, classificava as pessoas em gênios ou imbecis. Um péssimo líder. Desenvolveu a resiliência quando foi expulso do conselho da Apple e comprou a Pixar. De volta à Apple, ficou anos sem receber salário. Ele é um exemplo de pessoa que manifestava baixa resiliência por falta de destemperança e, só depois, devido a situações pelas quais passou, desenvolveu uma alta resiliência, suportando inclusive um câncer de pâncreas por nove anos”.
 
Um modelo de resiliência pela solução de problemas, na opinião do professor, é Amir Klink. Já Viviane e Ayrton Senna, também personagens analisados pelo livro de Sabbag, mostram a força do papel da educação familiar.
 
Entre os executivos brasileiros, o especialista aponta Marco Stefanini. O empreendendor enfrentou todas as crises econômicas do Brasil, teve derrotas empresariais, reposicionou por diversas vezes a empresa e fez com que se tornasse terceira companhia brasileira mais internacionalizada.
 
 

Marco Stefanini: a capacidade de se reinventar na crise, sinal de alta resiliência (Foto: Marcia Tavares)

Mas é a vida real, segundo o autor, que reúne o maior número de personagens com alta capacidade de enfrentar as adversidades. Rafael Rodrigues, gerente de projetos do Itaú, cadeirante, faz parte da seleção brasileira para triatlo e é campeão de jiu ji tsu. Rodrigues é aluno de Sabbag e, segundo o professor, ele conseguiu sair de uma forte depressão por meio do esporte. O executivo vendeu chiclete na rua para pagar os estudos, conseguiu uma bolsa para se formar em uma universidade, casou com outra portadora de deficiência com dificuldade de engravidar, mas conseguiu dinheiro para o tratamento e, hoje, é pai de gêmeos. “Provavelmente, não fosse pelo acidente, ele não estaria onde está”.
 
 
Seis dicas para desenvolver a resiliência
 
- Somos mais suscetíveis às perdas que ao sucesso. Procure compreender como você funciona diante de uma adversidade.
 
- Se você reage com compulsividade, precisa aprender a se controlar. Um funcionário que sofre um assédio, por exemplo, pode reagir destemperadamente ou conseguir manter a calma.
 
- Se a questão é falta de flexibilidade, cursos de criatividade podem ajudar.
 
- Quando o problema é o estresse, a dança de salão pode ser um bom treino.
 
- É preciso tornar-se o “cuidador” de si mesmo. Esforço e disciplina conferem resiliência no longo prazo.
 
- As situações de curto prazo são as mais importantes. Elas funcionam como pequenos exercícios para aumentar a resiliência.
 
 
Fonte: Época NEGÓCIOS
19/11/2012

Como empreender com baixo risco num momento delicado da economia

Seis setores aquecidos e promissores para quem quer empreender
 
Por Jack London*
 
O sonho de todo colunista é escrever sempre matérias positivas, que permitam aos leitores fazer suas opções com segurança e confiança. Mas a responsabilidade de todo colunista é maior do que seus sonhos e, por essa razão, alertar o leitor ao mesmo tempo em que sugere novos caminhos é um eterno desafio.
 
Estamos vivendo um momento difícil da economia mundial. O Brasil tem tido até agora um desempenho muito melhor do que grande parte das economias que eram consideradas prósperas e seguras. Mas estamos num momento de indefinição, em que posso escolher muitos indicadores positivos na economia, mas posso também escolher diversos indicadores negativos e preocupantes. As taxas de desemprego continuam baixas, mas o varejo ampliado teve seu pior momento da história em setembro deste ano, quando caiu 10%.
 
O impulso de empreender é uma das explicações para as baixas taxas de desemprego. Quanto mais brasileiros tentam abrir suas próprias empresas, menos cidadãos procuram empregos, diminuindo a pressão sobre a taxa de desemprego.
 
Muitos leitores me escrevem, a cada artigo, com comentários e perguntas. Praticamente todas as perguntas podem ser resumidas numa só, a do leitor Marcello, que se comunica em uma frase apenas: “Estou começando no mercado de empreendedorismo, preciso de instruções claras e detalhadas.”
 
Aí é que mora o perigo, caro Marcello. Como garantir, num momento de instabilidade, que as informações, não importa quais forem, sejam claras e detalhadas?
 
O que podemos fazer, com mais segurança, é indicar os setores da economia que estão apontando para o futuro, com oportunidades que podem ser maiores não apenas hoje, mas nos próximos anos.
 
Que tal começar por alguns setores da economia considerados vitais para o futuro, especialmente no Brasil? Vamos à lista:
 
 
1 - Educação – Não haverá futuro econômico sustentável no Brasil com a manutenção das atuais taxas de ignorância e analfabetismo funcional. Investir em educação é hoje aposta segura para pequenos e grandes negócios. Aprender permanentemente é uma necessidade cada vez maior, e as fontes de aprendizado se multiplicarão, não ficando mais restritas aos colégios e universidades.
 
 
2 - Transportes alternativos – Dados do IBGE recentemente divulgados mostram que há dois produtos no Brasil cujo crescimento de vendas se aproxima ao dos computadores: bicicletas e motocicletas. A venda de motos vem crescendo a uma taxa de 40% nos últimos anos. Serviços de apoio, manutenção e sofisticação de motos e bikes são um mercado fortemente favorecido por esse movimento e acessível a pequenos empresários.
 
 
3 - Energia – A necessidade de encontrar novas formas de energia, baratas e limpas, é um desafio permanente. Pequenas comunidades já podem se reunir e construir sistemas próprios de geração de energia, e os serviços de manutenção e ampliação desses serviços podem ser mantidos por pequenas empresas locais.
 
 
4 - Novas aplicações para velhos materiais – Utilizar materiais já existentes no mercado, mas com uma ótica de economia sustentável, gera novos produtos, mais adequados ao meio ambiente e aos locais de moradia. Cada novo produto nessa área encontra mercado rapidamente.
 
 
5 - O mercado dos “envelhecentes” – Não gosto da definição “terceira idade” nem da palavra idoso, que na sua gênese tem o termo “ido”, como se rotulasse pessoas que “já foram”. O termo “envelhecente” dá melhor conta do assunto. Num certo momento da vida adolescemos, no outro adultecemos e finalmente envelhecemos. O Brasil caminha rapidamente para ser um país de envelhecentes, e todo um novo mercado de trabalho se abre com essa realidade: empresas de cuidadores, de alimentos apropriados, de materiais especiais para segurança pessoal dentro de casa, sistemas de educação programados e pensados para essa fase da vida, softwares, sites, games e aplicativos específicos. Em breve, escolas de segundo grau estarão sendo fechadas por falta de alunos e se transformarão em centros de convivência, e todos eles precisarão de serviços e habilidades que ainda não temos, tais como métodos de saúde prolongada, meditação, reinserção social, e tantos outros.
 
 
6 - A indústria cultural e criativa – No começo do século XX, o maior violinista de todos os tempos, o italiano Paganini, escreveu um texto em que pedia a proibição das recém-criadas fábricas de discos, que, segundo ele, deixariam na miséria todos os artistas, que viviam de apresentações ao vivo. Cem anos depois, a história dá uma volta completa e os artistas voltam a ter o contato direto com o público como forma essencial de remuneração. Foram-se os LPs, os CDs, e criam-se oportunidades de trabalho e renda para milhares de empreendedores nas pequenas cidades brasileiras, com a criação de espaços culturais que passam a receber artistas de grande expressão. Em paralelo, a necessidade que essas cidades terão de serviços de som, vídeo, iluminação e tantos outros. Que tal pensar num pequeno estúdio de som ou de produção cultural mais amplo na sua comunidade ou em seu município? Palavras como sampleadores, mixagem e masterização passam a fazer parte da vida de milhares de pessoas. A indústria criativa se multiplica e se diversifica, chegando, como as motos e as bikes, ao interior das cidades e do país. Que tal pensar numa Unidade Móvel de Som e Imagem, com transmissão via CAT5 ou fibra ótica, áudio de dois canais via pen drive e operação intuitiva com tela VGA? Ou outras e outras necessidades locais que vocês podem identificar com mais precisão?
 
 
Vocês devem ter reparado que não citei nenhuma oportunidade exclusivamente “digital”, e isso tem a ver, penso eu, com a necessidade de darmos um ponto final na ideia de que “empreender” é criar “um produto digital”, um site, ou um aplicativo.
 
Temos muito a fazer para criar uma economia estável e em crescimento acelerado no Brasil, e as oportunidades de negócios que você vai encontrar no mercado não são apenas os produtos digitais. Um mundo criativo, de alta tecnologia embarcada, espera por você, com produtos físicos, serviços e atendimento de necessidades.
 
Pense digital, mas não pense apenas digital.
 
Acabo o artigo e fico na dúvida: alguma dessas informações pode ser considerada “clara e detalhada”?
 
O que serão, neste mundo flexível e febril, coisas “claras e detalhadas”?
 
 
(*) Jack London é fundador da Booknet, primeiro negócio virtual que ganhou fama no Brasil, e da Tix, empresa de comercialização de ingressos online. Atualmente é professor, consultor e empreendedor.
Fonte: Revista PEGN
19/11/2012