sexta-feira, 26 de novembro de 2010

XVI Seminário Fucamp: "2010 o Ano Internacional da Biodiversidade e Sustentabilidade"

No último dia 25 os alunos do 8º período de Administração puderam apresentar os trabalhos de conclusão de curso para toda comunidade discente, docente e visitantes do  XVI Seminário Fucamp: "2010 o Ano Internacional da Biodiversidade e Sustentabilidade".
Esses trabalhos vem sendo desenvolvidos ao longo do semestre pelos alunos, que estão sendo orientados por professores orientadores.
Parabéns a todos os alunos e orientadores que tiveram seus trabalhos expostos e apresentados ao público.










terça-feira, 9 de novembro de 2010

Modelo e Normas do Pôster e Resumo para XVI Seminário FUCAMP

Caros alunos do 8º Período, segue abaixo os links para o Modelo e Normas do Pôster e Resumo referentes ao XVI Seminário FUCAMP.

Links:




terça-feira, 19 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pesquisa: Felicidade e Bem-Estar


Esta pesquisa esta sendo conduzida pelo Profº Jose Eduardo também administrador, que é aluno do programa de doutorado em Administração da FEA USP - Ribeirão Preto.

O tempo necessário para responder é de aproximadamente 20 minutos.

Para responder, basta clicar no link: http://www.surveymonkey.com/s/Pesquisa_Alunos ou copiá-lo e colá-lo no Internet Explorer ou outro browser da internet.



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Microeconomia: Lista de Exercícios 2 (Elasticidades)


Caros alunos de Microeconomia, a lista de exercícios de Elasticidade está disponível no menu ao lado e pode ser acessada pelo link a seguir: Microeconomia: Lista de Exercícios 2 (Elasticidades).

Bons Estudos!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As competências em primeiro lugar

A Notícia, 30/09/2010 – Joinville/SC

Para a professora da Universidade da Região de Joinville (Univille) Fabiola Possamai, o que deve fazer a diferença na contratação de um profissional são as suas habilidades e competências e não a forma como ele se formou. “Tem muito curso a distância que é bom e muito curso presencial que é bom.

Não é isso que deve importar”, afirma. “Os bons profissionais vão desenvolver as competências independentemente da situação em que foram formados”.

A estudante de pedagogia Dayse da Silva Freire concorda com os argumentos. Ela está matriculada em um curso a distância, mas não acha que está “saindo atrás” dos profissionais formados em cursos presenciais. Dayse aproveita a oportunidade de estudar para estar cada vez mais qualificada para crescer na área em que atua, no Centro Integrado João de Paula.

“No final de tudo, o mercado vai absorver somente os melhores, sejam eles formados à distância ou não”. Ela acredita que é o empenho do aluno que vai fazer diferença nesse momento. “Nós temos que correr mais atrás e aprender a estudar e a pesquisar sozinhos. É evidente que ainda há preconceito, mas quem faz o profissional é você e não o tipo de faculdade”. Como está em fase de estágio, ela já começou a sentir a relação do mercado com o estudante de EAD.

Por enquanto, não tem do que reclamar. “Eu sei que muitas pessoas sofreram e vão sofrer com isso, mas para conseguir o estágio não senti nenhuma diferença de tratamento. Todos sabem o curso que eu faço e não tive o menor problema com isso.”



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Alunos do Curso de Administração visitam Fábrica da FIAT em Betim/MG

Alunos do Curso de Administração participaram no último dia 06, da visita realizada à fábrica Fiat, localizada na cidade de Betim. Com a visita os alunos puderam conhecer melhor o funcionamento das áreas de Recursos Humanos e Produção de uma grande empresa. Ao mesmo tempo, puderam conhecer todas as etapas de fabricação de peças, montagem, testes até o carro pronto para entrega.

Assim, os alunos observaram na prática tudo aquilo que é falado em sala de aula, ou seja, os alunos tiveram a oportunidade de presenciar tudo aquilo que já sabiam na teoria.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O futuro passa pela Administração


Profissão de Administrador completa 45 anos de regulamentação no Brasil, ainda com muitos desafios a superar, mas cada vez mais indispensável para o desenvolvimento do país.

Se prestarmos atenção, poucas coisas são tão comuns em nosso dia a dia quanto o ato de administrar. Administramos quando calculamos despesas, pagamos contas ou poupamos dinheiro. Também administramos quando organizamos horários e adequamos nossas atividades à disponibilidade de tempo que temos. Os pais administram quando cuidam da casa e dos filhos. Os filhos administram a diversão, os estudos e os planos para o futuro. No trabalho, somos gerenciados e, ao mesmo tempo, gerenciamos a forma como cumprimos as tarefas que nos são designadas.

É verdade, também, que nem sempre (e nem todos) administramos bem tudo aquilo que nos compete. Afinal, se fosse assim, não existiriam os inadimplentes, os atrasados, os pais relapsos nem os filhos problemáticos. Mesmo assim, bem ou mal, todos os dias administramos. E é essa diferença entre a boa administração e a ruim que, na prática, determina se seguimos adiante ou paramos no tempo.

Em 2004, o Conselho Federal de Administração lançou uma campanha em homenagem ao Dia do Administrador cujo slogan era "O futuro da nação passa pela Administração". Na época, a profissão completava 39 anos no Brasil, com 1,2 milhão de bacharéis, 200 mil profissionais registrados nos CRAs e 500 mil estudantes em cerca de 1.500 Instituições de Ensino Superior.

Em mensagem à categoria naquele ano, o então presidente do CFA, Adm. Rui Otávio Bernardes de Andrade, ao mesmo tempo em que prestou sua homenagem, chamou atenção para alguns desafios que ainda precisavam ser superados. "As nossas preocupações são inúmeras, desde o combate ao exercício ilegal da profissão de Administrador até a necessidade urgentíssima da melhoria da qualidade do ensino superior de Administração", disse Andrade na época.

Hoje, a Administração completa 45 anos no país, ainda com alguns daqueles desafios a superar. O profissional, embora venha conquistando mais respeito a cada dia, continua enfrentando a falta de reconhecimento da sua importância, e os cursos – como a maioria no país, das mais diferentes áreas – necessitam de atualizações e melhorias, seja do ponto de vista curricular ou estrutural.

Mas as dificuldades não são (nem podem ser) barreiras. Diante delas, a responsabilidade dos Administradores e, principalmente, dos que passarão a ser em breve, se torna ainda maior e os desafios mais instigantes, porque poucas coisas são tão necessárias às sociedades quanto administrar. E, como já foi dito, sabermos a diferença entre a boa administração e a ruim é que vai determinar como será nosso futuro. Futuro que, saibamos, não pode ser pensado como algo distinto do presente. O amanhã fazemos hoje, o depois começa agora, com o trabalho de vocês, administradores.

Parabéns a todos os futuros ADMINISTRADORES!!!



terça-feira, 31 de agosto de 2010

Donos do próprio nariz

Com o incentivo de universidades e incubadoras, jovens empreendedores driblam entraves e abrem suas empresas
Carolina Stanisci e Paulo Saldaña

Na década de 90, muitos pais ficavam chocados quando o filho recém-formado anunciava que iria abrir um negócio. Carteira assinada e carreira sólida em grandes empresas pareciam opções mais viáveis. Mas essa percepção mudou e agora até o mundo acadêmico resolveu ajudar futuros empreendedores a se livrarem da imagem de gênios incompreendidos. Universidades têm apostado cada vez mais em núcleos de empreendedorismo e incubadoras. Para analistas, isso ainda não é o suficiente, mas já reforça a visão de que é preciso aprender na faculdade o caminho para se dar bem como empresário. Até porque uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade mostrou que em 2009 mais da metade dos 33 milhões de brasileiros que têm algum tipo de empreendimento – 52,5% – eram jovens de menos de 34 anos. Foram alunos da ESPM com esse perfil que influenciaram a direção a criar o Núcleo de Empreendedorismo. Uma pesquisa recente mostrou que 80% dos estudantes querem abrir uma empresa – há dez anos esse número era de apenas 20%. “O foco na carreira do aluno agora deve contemplar também a criação de sua empresa”, afirma o professor de Administração José Eduardo Amato Balian, que integra o núcleo. Na FGV, a estratégia é semelhante. O coordenador-adjunto do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da instituição, Marcelo Marinho Aidar, afirma que é clara a mudança de percepção sobre a importância de o País incentivar seus jovens empresários. “Uns 25 anos atrás, como era visto um profissional que ia abrir um negócio e tinha um diploma? Era um cara fracassado, porque os pais esperavam que fizesse carreira em uma empresa.”

Impulso - Foi esse estímulo durante a faculdade que ajudou a empresa de Giovani Amianti, de 28 anos, a prosperar. Em 2004, quando estava no último ano de Engenharia Mecatrônica na USP, ele e dois colegas criaram uma empresa de robótica para fabricar aviões de monitoramento não-tripulados. A ideia só saiu do papel graças ao incentivo de um professor e ao apoio do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec). Considerado o maior centro incubador do País, o Cietec fica na Cidade Universitária, mas é financiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). Segundo seu diretor, José Carlos de Lucena, o centro é muito procurado tanto por estudantes como por empresas que usam os serviços da incubadora para montar um braço tecnológico. Para Amianti, que já está no doutorado na Poli-USP, o papel do Cietec foi fundamental especialmente no início das atividades da XMobots, que acabou de fechar um contrato para fotografar a Amazônia durante um ano e meio, por R$ 400 mil. “A gente agora entrega o projeto todo, não apenas o produto, porque é uma tecnologia cara. Um avião de monitoramento custa US$ 500 mil”, conta. Segundo o empresário e pesquisador Newton Campos, que acabou de defender doutorado na FGV sobre empreendedorismo, exemplos como o de Amianti estão deixando de ser exceção no Brasil, apesar dos entraves burocráticos e da falta de incentivo do governo. “Hoje, tem muito mais gente com a cabeça empreendedora aqui.” Campos acompanhou por cinco anos, no estudo O Contexto Social do Empreendedorismo no Brasil e na Espanha, a carreira dos finalistas do prêmio para empreendedores da Ernst & Young. Para ele, o brasileiro é mais passional que o anglo-saxão e não dá tanta importância à faculdade. “Só dois empresários que eu entrevistei tinham doutorado. De longe, eram as empresas mais organizadas.”

Apego - De acordo com Campos, brasileiros e latinos em geral têm um forte vínculo emocional com seu negócio. Preferem morrer agarrados à empresa a ter de se desfazer dela. “Um empresário que entrevistei me disse que vender seria como perder uma filha.” É o caso da gaúcha Louise Scoz, de 25 anos, graduada em Publicidade pela ESPM de Porto Alegre. Logo depois de formada, ela abriu uma empresa de pesquisa de comportamento do consumidor. “É difícil falar do futuro, mas acho que não venderia o negócio porque muitos dos valores embutidos vieram de reflexões pessoais.” A pesquisa de Campos mostra que, em contrapartida, os americanos têm uma visão pragmática. Quando estão no auge, vendem seu negócio. “Nos Estados Unidos, o projeto do empreendedor tem a ver com criar empresas para liderança mundial e movimentação de grandes fortunas”, diz Evandro Paes dos Reis, da Business School São Paulo. Foi o pragmatismo que moveu o empresário paulistano Pierre Mantovani, de 35. Ele abriu sua empresa de publicidade digital na década de 90. Tudo começou como uma brincadeira entre amigos, que passavam a noite na internet pesquisando agências de publicidade. Começaram então a vender sites para elas. “Um dia, quando estava no 4.º ano de Engenharia Elétrica de Computadores da FEI, cheguei para minha mãe e disse: ‘Vou largar a faculdade e abrir minha empresa.’” A ideia deu certo, o negócio cresceu e, quando começou a ser sondado por grupos internacionais, Mantovani decidiu vendê-lo. “Não fiquei esperando. Viajei por vários países e escolhemos para quem queríamos ser vendidos.” Ele não revela o valor que recebeu em 2008 para transferir o controle de sua empresa para a Digitas, maior agência digital do mundo. Mas se Mantovani é exceção por ter vendido a empresa no auge, é regra na pesquisa de Campos pelo perfil acadêmico: ele largou a faculdade e não voltou a estudar. “A pessoa (que não estuda) pode tomar o caminho certo ou o errado, mas não tenho a menor dúvida que quem opta pela educação erra menos”, diz o pesquisador. Outra característica recente do jovem empreendedor é não ter foco só no dinheiro que pode ganhar. “A motivação básica é fazer algo diferente, como uma solução para problemas ambientais”, afirma Guilherme Ary Plonski, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Amprotec).

Poder tocar um negócio lucrativo e “diferente” foi o que inspirou o aluno da FEA-USP Alexandre Veiga, de 23 anos: “Se você olhar para fora do seu carro, vai dizer: ‘Que mundo maluco, doente.’ Não faz sentido, e as empresas replicam esse modelo. Para continuar vivo, é bom apostar em algo que faça sentido.” Ele se uniu ao sócio, já formado na FEA, e montou a Area, uma incubadora de empresas. “A gente queria empreender, tínhamos várias ideias, dois planos de negócio. Mas percebemos que não sabíamos por onde começar e vimos que não era um problema só nosso.” A companhia ajuda seus clientes desde a entender o que é o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) até a conhecer possíveis investidores. No início, eles investigam se os clientes têm capacidade para trabalhar no que desejam. “Fazemos uma investigação quase policial”, diz Veiga. Trabalhando informalmente em salas da USP, a Area se vale de uma rede de contatos na universidade e de amigos para captar seus clientes – a incubadora começou a funcionar em maio e já têm seis deles. “Um dos clientes é uma dupla de engenheiros formados pela Poli-USP que inventou um protótipo que mapeia cédulas. Depois, o aparelho reproduz sonoramente o valor, para quem não enxerga”, diz. “Queremos gente jovem que pense no resultado socioambiental.” Por enquanto, a empresa não cobra pelo serviço.
 
O Estado de São Paulo, 30/08/2010 - São Paulo SP

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Valorização profissional

Editorial


A valorização profissional é uma meta perseguida por milhões de trabalhadores, nas diferentes áreas. Na educação a situação não é diferente. Porém, os constantes debates levam à conclusão que a valorização do profissional da educação é uma das bases para que, finalmente, o Brasil possa ter uma educação de qualidade, um dos grandes desafios dos últimos governos e do que assumirá em janeiro próximo. Não há dúvidas de que nas últimas décadas avanços significativos foram alcançados, apesar de haverem ainda grandes problemas no delicado setor. Quando o Brasil foi às urnas pela primeira vez, após o fim do regime militar, os candidatos não precisavam de propostas muito complexas para a área da educação. A construção de escolas e a criação de novas vagas era suficiente pois o Brasil atravessava um péssimo período, em que a educação foi deixada de lado. Construir escolas e oferecer vagas era essencial pelo fato de que cerca de 15% das crianças de 7 a 14 anos não estudavam.

Hoje, a realidade é bem diferente. A de atendimento dessa faixa etária beira os 98%. Constata-se então que houve melhoria no que se refere ao acesso. O desafio agora é garantir educação de qualidade para todos, como apontam especialistas e organizações da área.

Uma das organizações que vem trabalhando nessa direção é o Movimento Todos pela Educação, que defende o fato de que em anos anteriores o foco era na oportunidade de toda criança poder estudar. Hoje esse foco tem que ser na garantia da aprendizagem das crianças. Porem, a garantia da qualidade é muito mais difícil de construir porque não depende de uma caneta. É um grande mosaico de fatores que o gestor precisa levar em conta de acordo com a realidade da escola. Relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconhece que o Brasil deu passos importantes nos últimos 15 anos, mas a educação ainda é uma das áreas mais problemáticas. O desafio é atingir a qualidade. Não há uma fórmula para construir uma educação de qualidade sem profissionais qualificados. E, nesse processo, o professor é visto como peça-chave. Sem remuneração adequada e bons planos de carreira para a categoria, será difícil mudar a realidade da sala de aula. A escola precisa atrair talentos e pessoas motivadas. E para isso é necessário investir na formação e na valorização para que a área se torne atrativa.

Segundo a Unesco, a média salarial do professor da educação básica, em 2006, era de R$ 927, com grandes variações nos estados chegando a R$ 635 (Nordeste). O rendimento é bem menor do que o de outras carreiras que também exigem formação de nível superior. Hoje, o país investe 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, segundo dados mais recentes do Ministério da Educação. O investimento aumentou, mas ainda estamos muito longe dos padrões dos países com uma educação de melhor qualidade. É um assunto que precisa ficar claro nas prioridades de um governo.

Gazeta de Cuiabá, 26/08/2010 - Cuiabá MT

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Carreira em 1º lugar

Candidatos a estágio dão prioridade ao aprendizado, não ao salário

Larissa Linder, Especial para o Estado


Ganhar um bom salário é algo que ninguém recusaria, mas para a maioria dos jovens que está à procura de estágio isso não é prioridade. Mais de 40% deles estão mais preocupados com o aprendizado, segundo levantamento feito pelo Estadão.edu em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee). E um índice alto de entrevistados (37,6%) rejeitaria uma oportunidade de trabalho caso não a julgasse ideal para a carreira. Segundo o superintendente de Operações do Ciee, Eduardo de Oliveira, os jovens deixam a questão financeira em segundo plano porque sabem que o estágio é o melhor meio de inserção no mercado. “Nossas pesquisas comprovam que 64% dos estagiários acabam sendo efetivados.”

A prioridade dada à experiência prática pode ser até prejudicial.investir em educação e capital humano de forma geral, pode virar um ponto de turbulência em um mar de prosperidade. O Brasil está em um ótimo momento, mas tem de fazer a escolha certa para que o futuro seja próspero também." Para Giannetti, o governo deixa a educação em segundo plano, dando preferência para investimentos em, por exemplo, estradas. "Tem até o PAC, o programa de abuso da credibilidade", disse rindo novamente. Para o economista, faltam nas propostas de campanha atuais questões que envolvam esse investimento em capital humano. Ele lembrou que, segundo o TSE, apenas 53% do eleitorado brasileiro completou o Ensino Fundamental.

Um bom primeiro passo para o País começar a investir nesse capital seria, de acordo com o economista, ter um programa de creches e pré-escolas abrangente e de qualidade. "Protegendo a criança e dando estrutura para ela crescer é um bom começo", afirmou o professor ao Estadão.edu, logo após a palestra. Ele citou que no Estado de São Paulo, apenas 3% dos alunos têm família que o acompanha, cobra, demonstra interesse nos seus estudos. Na entrevista, Giannetti afirmou ainda que considera o Enem um bom termômetro, mas defende que o exame deveria ir além, funcionando como um pré-requisito para o aluno se formar no Ensino Médio; dessa maneira ela não seria só um medidor ou um teste para se entrar na faculdade.
 
O Estado de São Paulo, 20/08/2010 - São Paulo SP

Trainees, estágios e a relação custo-benefício

Companhias reveem programas para elevar o índice de retenção de talentos

Larissa Linder


Meninas dos olhos do setor de Recursos Humanos de muitas empresas, programas de trainee têm sido abandonados ou remodelados em outras. A recrutadora Perfil de Talentos contabilizou queda de 60% na procura pelos trainees nos últimos dois anos. Entre os motivos apontados está o alto custo, às vezes com resultados insatisfatórios por diversos fatores. O diretor da consultoria Hay Group, Rolando Peliccio, atribui a tendência à baixa retenção desses jovens. Para algumas companhias, ter estagiários é mais barato e vantajoso.

Uma das pioneiras nas mudanças foi a Rhodia. Há oito anos, só estagiários podem se candidatar às vagas de trainee. “Temos a chance de conhecer melhor as pessoas, e elas, de nos conhecerem durante o período do estágio”, explica Sueli Campos, gerente de RH. A concorrência na Rhodia é alta: 170 estagiários disputam 10 vagas. A seleção é como qualquer outra, com entrevistas, provas e dinâmicas de grupo, mas o desempenho como estagiário tem peso fundamental. “Antes, tínhamos uma diversidade de perfis muito grande. E o fato de alguém ir bem numa dinâmica não quer dizer que tenha a ver com a empresa.” Na Microsoft Brasil, os programas também são vinculados. A empresa tem cerca de 70 estagiários, mas a taxa de efetivação é baixa, já que a subsidiária tem um perfil de vagas sênior. O recurso para não desperdiçar talentos é a abertura de sete vagas de trainee por ano, às quais só estagiários podem concorrer. O diferencial em relação a outras empresas é que o trainee já entra com função definida, em vez de saber o que vai fazer só no fim do treinamento.

A Redecard deixou os trainees de lado e hoje efetiva quase 100% dos estagiários. “Temos mais tempo de moldá-los de acordo com os valores da empresa”, diz a diretora-executiva de RH, Elizabete Vabo. Para especialistas, não há receita única, tanto nos programas de trainee quanto no de estágios. “Ambos têm suas vantagens e em geral é aconselhável mantê-los. Mas é preciso analisar a necessidade e o perfil de cada empresa”, diz Renato Ferreira, consultor de RH e doutor em Administração pela FGV.
 
O Estado de São Paulo, 21/08/2010 - São Paulo SP

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Caros Alunos do Curso de Administração da FUCAMP sejam Bem-Vindos ao Semestre Letivo de 2010/2

Novidade: Material Didático da Profª Alessandra

Alunos das disciplinas, Contabilidade II, Administração Finaceira I e Administração Finaceira II, o material didático da Profª Alessandra, encontra-se disponível no blog.

Bons Estudos!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Adaptação determina sucesso

Prazos, novos processos e adequação da família exigem atenção de profissionais no exterior
DE SÃO PAULO
 
 
Falta de cooperação dos colegas, problemas com o idioma, não adaptação à nova função. É grande a lista de barreiras que dificultam a vida do executivo no exterior. Ser parte do time na empresa e conseguir vencer os obstáculos do dia a dia são essenciais para o sucesso do profissional em outro país, argumentam especialistas. Às vezes, são dificuldades pequenas, transponíveis com paciência. "Entrar para o "networking" de um norte-americano leva mais tempo [do que para o de um brasileiro]", diz o diretor de marketing da Bic para países emergentes, Carlos Avila, 43, que está nos EUA desde 2007. Prazos, geralmente, não são diferentes apenas nas redes de relacionamento. O hábito de permanecer por mais tempo no escritório, em jornadas maiores, pode ser visto como falta de produtividade -e exigir esforço dobrado para solucioná-lo.

No dia a dia, sobram empecilhos a vencer. Trâmites para alugar casa e escolher o tipo de conta bancária eram simples no Brasil, mas exigiram tempo do vice-presidente de serviços globais da BRQ, do setor de tecnologia, Rafael Santa Rita, 34, há três anos em Nova York. "É completamente diferente", conta ele, assinalando que a adaptação "não foi das mais complicadas". Em geral, as companhias facilitam o processo -oferecem curso sobre a cultura do país de destino e auxílio para resolver pendências como documentação e aluguel. Algumas permitem viagens exploratórias, para mapear os locais em que o profissional deseja se instalar. O CEO da Logicalis Southern Cone, de tecnologia, Rodrigo Parreira, 44, foi à Argentina. "Objetividade é importante. A escola [da filha] decidiu o local em que fomos morar."

MAIS ITENS - Não basta pensar no próprio bem-estar. Para os executivos, ele só será obtido com os familiares adaptados. Executivo da Dalkia, da área de energia, Alexandre Mussallan, 40, faz uma peregrinação com a família, desde 2003, pelo Oriente Médio. Tem passagens por Emirados Árabes Unidos e Bahrein, acompanhado da mulher. Na Arábia Saudita, contudo, a parceira teve de abandonar trajes ocidentais e usar burca, além de enfrentar falta de convívio com nativos. "Conseguimos um benefício que permitia viajar uma vez a cada três meses para outro país", diz Mussallan.
 
Folha de São Paulo, 18/07/2010 - São Paulo SP

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Visita dos alunos do Curso de Administração à BM&F Bovespa

Os alunos do curso de Administração tiveram neste último dia 14 a oportunidade de estar visitando e participando de palestras na BM&F Bovespa, estavam presentes alunos de todos os períodos do curso de Administração, dois alunos do curso de Engenharia Agronômica, acompanhados pelo Coordenador do Curso de Adrministração o Professor Ricardo Jose dos Santos, pela secretária Patricia Luiza de Castro Quelhas e pela professora Alessandra Cunha.
Alem de conhecer as instalações da BM&F Bovespa os alunos tiveram a oportunidade de saber mais sobre a história e o funcionamento de uma Bolsa de Valores, e ainda participaram de uma palestra cujo o titulo é: BM&F Bovespa - Mercados de Ações e Futuros.



Patricia Quelhas

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quantos formandos podem ser número um? Pergunte a 30 oradores

Educadores e diretores debatem sobre a escolha dos estudantes que discursam na formatura do ensino médio
The New York Times
 
Não haverá discurso de despedida na formatura da Escola de Ensino Médio Jericho no domingo. Com sete formandos em primeiro lugar, reivindicando a honra com médias A, ninguém queria ouvir mais uma sólida meia hora de citações inspiradoras e lembranças bobas. Ao invés disso, os sete irão realizar um esquete de 10 minutos intitulado "2010: Uma Odisseia na Jericho", sobre sua experiência coletiva nesta escola de ótimos alunos em Long Island, concluindo com 30 segundos para que cada um diga algo aos seus colegas e suas famílias. "Quando começamos a determinar que apenas uma pessoa merecia a honra de ser o orador da turma?", questiona o diretor da escola Joe Prisinzano. Em escolas de todo o país o discurso de formatura, uma tradição adorada, está rapidamente perdendo seu significado conforme os admistradores entregam a honra a qualquer aluno nota A ao invés de escolher o melhor entre eles.
 
Os diretores dizem que conceder o discurso de formatura a inúmeros bons alunos reduz a pressão e a competição entre os estudantes e é uma forma mais equilibrada de homenagear as realizações individuais, particularmente quando um e outro aluno são separados por apenas uma fração da nota de ciência do segundo ano. Mas alguns estudiosos e pais criticam o aumento no número de oradores, com os professores relutantes em prejudicar as oportunidades dos alunos mais inteligentes de serem aceitos em faculdades de primeira linha. "É a inflação da honra", disse Chris Healy, professor adjunto da Universidade Furman, que disse que celebrar tantos alunos como o melhor pode deixá-los mal preparados para a concorrência na universidade e fora dela.

Mas não na formatura da Escola de Ensino Médio Stratford nos subúrbios de Houston, no entanto, onde 30 alunos foram condecorados - cerca de 6,5% do total dos formandos - como oradores. William R. Fitzsimmons, diretor de admissões de Harvard, disse ter ficado sabendo de escolas com mais de 100 condecorados e alunos que estudam em casa eleitos como Nº 1 o que tem ajudado a diminuir a importância da distinção. "Eu acho, honestamente, que tem um pouco de um anacronismo", disse. "Esta tem sido uma longa tradição, mas no mundo das admissões para a faculdade não faz nenhuma diferença real". Ainda assim, ser escolhido como o número um da sala e honrado com o discurso de formatura repercute profundamente. "Eu sinto que quando se consegue essa honra, não importa quantos outros também conseguiram", disse Yvette Leung, uma das sete alunas da Jericho, que irá estudar em Harvard. "Ser escolhido como orador é uma honra e uma prova de como nos dedicamos." Por Winnie Hu

Portal IG Educação, 29/06/2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O monge, o executivo e a Administração


Luiz Eduardo da Silva Amaro

Dentre os assuntos campeões de audiência na área da Administração, tem-se certamente a liderança. Junto com motivação, vendas e estratégia, liderança forma um quarteto campeão de faturamento, envolvendo cursos, palestras, consultorias e livros que movimentam bilhões de dólares ao redor do mundo todos os anos. Vários estudiosos dizem que esses quatro assuntos são os mais demandados justamente porque pouco pode ser afirmado sobre eles de maneira categórica. Ou seja, prestam-se a todo tipo de picaretagem. O livro do momento, no Brasil, quando o assunto é liderança, chama-se O Monge e o Executivo, uma obra de pouco mais de 130 páginas que se lê em um dia e que figura na lista da revista Veja há cinco anos, tendo vendido cerca de três milhões de exemplares, 15 vezes mais do que nos Estados Unidos! Apesar de custar apenas 19,90 nas livrarias, seu autor, o consultor americano James Hunter, diante do sucesso em terra brasilis, tem-nos visitado regularmente, cobrando 400 reais de quem quiser ouvi-lo falar sobre um tema que admite poucas verdades.

Apesar de nossa precária memória auditiva, não tem faltado ouvintes, que, já tendo lido a obra, vão atrás de novas pérolas sobre o assunto. Para isso, aliás, seguindo a receita fácil do sucesso, Hunter lançou, em 2006, a continuação do seu best-seller - Como Tornar-se um Líder Servidor -, de mesma faixa de preço, mas tiragem bem menor, o que não causa nenhuma surpresa, porque o como sempre faz menos sucesso do que o o quê. Enquanto este aborda conceitos, classificações e quadros explicativos, só necessitando serem misturados a um enredo de fácil entendimento para entusiasmar o leitor médio, sem exigir dele qualquer ação ou compromisso, o como requer disciplina e sacrifício para se sair da zona de conforto ou, como diria Freud, sobrepujar o “princípio do prazer”.

Aliás, o médico austríaco é justamente o vilão da história. Sua teoria da psicanálise é descrita e taxada, em pouquíssimas linhas, como puro “determinismo”, porque, segundo Hunter, condicionaria o destino dos adultos, de forma definitiva, a experiências e traumas da infância, além de negar nosso livre-arbítrio, conceito filosófico que, na literatura descartável sobre motivação e liderança, geralmente é sinônimo do sempre ilusório “querer é poder”. O mocinho, para Hunter, é Abraham Maslow, psicólogo americano fundador, na década de 1950, juntamente com o também psicólogo e educador Carl Rogers, da Psicologia Humanística, um contraponto “otimista” à psicanálise freudiana. Maslow é autor da “hierarquia das necessidades”, uma teoria da motivação conhecidíssima entre alunos de Administração, que admite depender o comportamento humano de certas necessidades que se manifestam quando insatisfeitas.

Usando a hierarquia das necessidades de Maslow, Hunter defende a ideia de que só chegaremos à auto-realização como líderes e, por extensão, como seres humanos, se formos servos de nossos liderados, fazendo o bem sem olhar a quem. Valendo-se de um truque manjado, mas que sempre funciona – invocar figuras excepcionais para ilustrar receitas fáceis no papel, mas dificílimas na prática -, o autor recomenda seguir os ensinamentos e exemplos dados por Jesus, Gandhi e Luther King. Serve-se, assim, para benefício próprio e sem a menor cerimônia, de homens que refundaram, para os mais diferentes povos, a noção de solidariedade humana. Hunter apenas se esquece de frisar um detalhe: os três foram assassinados, pagando o preço de seus atos com suas próprias vidas, coisa que ninguém iria querer para si, muito menos um presidente ou executivo de empresa, por mais altos que fossem os bônus de final de ano.

Como administrador e professor de Administração, creio não ter aprendido nada com O Monge e o Executivo, que, na lista de Veja, aparece na seção autoajuda e esoterismo, dois termos pouco simpáticos à Administração, uma área do conhecimento que há muito sonha em ser reconhecida como ciência. Se você ficou curioso(a), leia o livro. Aliás, aproveite e leia outro: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, do filósofo francês André Comte-Spomville. Depois tire suas próprias conclusões.

Revista Gestão Universitária, Edição 226

quarta-feira, 19 de maio de 2010

I SEMINÁRIO DE MONOGRAFIA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO - FUCAMP



PROGRAMAÇÃO
7º Período de Administração
Data: 19/05
Horário: 20h50 às 22h30


Orientados do Prof. Alan e Prof. Gleidson: Apresentações no 8º Período de Administração

Orientados do Prof. Cláudio: Apresentações no 5º Período Biologia

Orientados da Profª Michelle: Apresentações no 5º Período de Administração

Orientados do Prof. Tarcísio: Apresentações no 3º Período de Administração e 1º Período de Sistemas para Internet



8º Período de Administração
Data: 26/05
Horário: 20h50 às 22h30

Orientados do Prof. Alan e Prof. Claudio: Apresentações no 7º Período de Administração

Orientados da Profª Michelle e Prof. Ricardo: Apresentações no 4º Período de Administração

Orientados do Prof. Tarcísio, Otávio e Gleidson: Apresentações no 1º Período de Administração


terça-feira, 27 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AVALIAÇÕES SUBSTITUTIVAS: PROVAS E TRABALHOS

DATA: 08/05/2010 (Sábado)

 
LOCAL: Sala 13 (Sala do 1º Período)

 
HORÁRIO: 08:00h-12:00h

 
IMPORTANTE:
  • Pagar Taxa no Setor Financeiro
  • Protocolar Pedido de Prova e/ou Trabalho na Coordenação do Curso (Apresentar Comprovante de Pagamento e Justificativa na Coordenação)
Data Limite para Pedido de Prova ou Trabalho Sub.: 05 de Maio

terça-feira, 13 de abril de 2010

Carreira - Vou repetir

Filhos que escolhem as profissões dos pais podem se destacar no mercado devido à troca constante de experiências. Mas se houver imposições, é grande o risco de desistência e futuras frustrações


Diante de tantas opções na hora de decidir qual caminho profissional seguir, muitos preferem não arriscar e resolvem traçar as mesmas escolhas dos pais. Às vezes, por imposição. Às vezes, não. No caso de Jorge Martins Ferreira, 20 anos, a carreira foi sendo cozinhada pela proximidade. Desde pequeno, ele acompanhava o pai, Francisco Erto Clarindo, 48, em seus restaurantes. Sempre de olho na movimentação na cozinha. Não dava para ser diferente: gastronomia foi escolhida como a formação superior. “Pensei que ele faria administração”, confessa Francisco Erto.

E Jorge até tentou. Frequentou um semestre do curso, mas não teve como negar a vocação. “Sempre gostei de cozinhar. A gastronomia tem matérias interessantes, como a nutrição. Além disso, posso criar novos pratos, usar o meu estilo”, ressalta. Uma oportunidade também de levar novidades aos pratos dos estabelecimentos do pai e até de abrir o próprio negócio. “Fiquei algum tempo cuidando de um dos restaurantes. Nesse período, sempre tentava ficar na cozinha, aprender algumas técnicas e dar opinião nos pratos que seriam servidos aos clientes”, relata Jorge.

Mesmo que em uma segunda opção, Jorge se sente realizado por estar no curso atual. Mas a derrapada do jovem profissional é comum e comprovada por estatísticas do Ministério da Educação. Segundo dados do Censo da Educação Superior, em 2008, 33% dos alunos de instituições federais não terminaram o curso que iniciaram. Nas instituições privadas, esse número sobe para 44,7%. A psicóloga Márcia Garcia acredita que a mudança de curso é um fator comum entre os jovens, já que a escolha da profissão é feita muito cedo. Para ela, com 17 anos, alguns podem não ter certeza de qual caminho seguir e acabam, pela proximidade, escolhendo os exemplos que têm dentro da casa. Ser submetido a um método de avaliação vocacional pode evitar escolhas erradas. “Em muitas escolas, essa avaliação já foi implantada. Acho fundamental que todo jovem a faça. Os pais, muitas vezes, depositam uma carga emocional muito grande. Eles têm que ter uma visão externa”, afirma.

Os casos de pais que exigem dos filhos o ingresso em determinada profissão deles ou em ramos tidos como promissores ainda são frequentes, segundo especialistas em carreira. Para a psicóloga e diretora da Rhaiz Soluções em RH, Carmen Cavalcanti, as imposições normalmente representam um desejo de que os jovens obtenham sucesso em suas carreiras. “Os pais sempre estão muito bem intencionados. É uma imposição que, a princípio, é para o bem. Só que eles não fazem ideia do quanto que isso pode ser prejudicial aos filhos”, comenta. Segundo ela, em Brasília, outro questionamento entra na negociação: tentar ou não um lugar na iniciativa privada? “Na capital do país, há uma tendência forte de relacionar o sucesso profissional a uma aprovação no setor público”, ressalta. Uma pressão justificada pelo trabalho estável e bem remunerado, mas que pode gerar problemas sérios. “Uma imposição tem seu preço e pode até gerar uma depressão”, alerta Carmen. Conversa franca - Na família de Karla Alves, 32 anos, parece até que a profissão de enfermagem corria nas veias. Ela e a irmã Fernanda Alves, 26, são enfermeiras, assim como a mãe Maíra de Fátima, 53. Karla conta que influência direta nunca existiu, mas as conversas na hora do almoço sempre giravam em torno da profissão de Maíra. “Minha mãe sempre teve muito carinho pela profissão, talvez pelo fato de ser enfermeira obstetra e ter que lidar muito com bebês. Isso, de certa forma, acabou sendo passado para mim e para minha irmã”, conta.

A psicóloga e diretora do Grupo Labor, Márcia Garcia, acredita que essas conversas a respeito da profissão dos pais são saudáveis e necessárias. “Aqueles momentos perdidos diante da televisão podem ser substituídos por esse tipo de conversa. Acho que o filho tende a valorizar e a respeitar muito mais os pais”, fala. Entretanto Márcia explica que os pais devem evitar falar apenas sobre esse assunto. “Eles devem abrir um leque de opções para esses jovens e conversar abertamente sobre todas as carreiras”, afirma. Apesar de não ter havido nenhuma imposição na família de Karla, ela acredita que com seu filho, de apenas um ano de idade, vai ser diferente. “Meu marido é médico. Na família dele, houve muita imposição por parte do pai que também era médico”, conta. “Eu acho que deve haver algum tipo de direcionamento, sim. Não dá para deixar eles escolherem sozinhos. Eles são obrigados a decidir a carreira muito cedo, ainda muito imaturos”, diz.

Correio Braziliense, 12/04/2010 - Brasília DF

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Personalidade, inteligência e atitude

José Pio Martins

Fui entrevistado por um aluno de Ad­­ministração, que me perguntou quais as três principais características deveriam ser cultivadas por um jovem que está procurando trabalho e quer progredir na vida. Pensei imitar Warren Buffett, o lendário investidor, que afirmou procurar, nas pessoas que ele contrata, três aspectos: integridade, inteligência e energia. Integridade, dizia ele, é fundamental para formar equipes com pessoas honestas, verdadeiras e implacavelmente éticas. Inteligência é a condição para ter pessoas com capacidade de aprender rápido, o que é fundamental no mundo competitivo. Energia é o que faz o profissional agir e atuar com intensidade, aspecto decisivo para a produtividade. Manifestei o pensamento de Buffett em voz alta, o aluno gostou, disse que a questão estava respondida e que se dava por satisfeito. Afirmei que ele estava sendo precipitado e que eu não concordo totalmente com Buffett. Acrescentei: “Ou a sua pergunta está mal-formulada ou a resposta não é essa”. Considerando a base da pergunta, Buffett responde apenas parcialmente à questão. Alguém pode ser íntegro, inteligente e dedicado, dar resultado para o empregador e, mesmo assim, não ser bem-sucedido em um aspecto importante: o sucesso na sua vida financeira.

O mundo está cheio de profissionais de alto nível, que passaram a vida enfurnados em uma fábrica, trabalharam com dignidade, agiram honestamente e se dedicaram muito, mas que envelheceram, perderam o emprego, não formaram reservas financeiras e passaram a depender da aposentadoria privada. Não sendo funcionários públicos, a aposentadoria desses profissionais é pequena, levando à queda inevitável do padrão de vida justamente na velhice, que deveria ser o momento de colher os frutos do trabalho. A premissa na pergunta do aluno era “progredir na vida”, e aí está a armadilha da in­­dagação. Resolvi formular a resposta, abandonando Buffett, por uma questão simples: ele busca características nas pessoas que contrata sob a perspectiva da empresa, não do empregado.

Não abandonei Buffett porque ele esteja errado. Abandonei-o porque a perspectiva dele é a do empregador. Para conseguir êxito profissional, como assalariado, como autônomo ou como empreendedor, as características de Buffett (integridade, inteligência e energia) são fundamentais. Mas, para progredir, formar reservas e garantir um bom padrão de vida no futuro, é preciso algo mais. Optei, então, por três características: inteligência, personalidade e atitude. Inteligência, que é necessária para adquirir os conhecimentos e as habilidades técnicas. Personalidade, que é o jeito de ser da pessoa; o conjunto de traços que fazem o profissional ser íntegro, racional, equilibrado, bom de relacionamento, comportamento elogiável, ou o contrário de tudo isso. Atitude, que tem a ver com ação, foco, direção, coerência, persistência e capacidade de realização. Há pessoas que, apesar de inteligentes, fracassam por defeitos de personalidade e/ou atitudes ruins. Por isso creio mesmo que o êxito profissional de­­pende muito mais da personalidade e da atitude do que propriamente da inteligência.

Quando leio nos jornais que um grande banco estatal elaborou um programa de educação financeira para os seus funcionários (os quais vivem ensinando finanças aos outros), porque constatou que parte deles gerencia mal suas finanças pessoais, concluo que o banco quer ajudá-los não porque eles sejam pouco inteligentes, pouco íntegros ou pouco dedicados. A razão é outra: as personalidades e as atitudes de tais funcionários (e, por consequência, seu comportamento e suas ações) atrapalham a gestão das finanças pessoais e os impedem de “progredir na vida”. Por isso não adianta ensiná-los a operar uma máquina financeira e calcular juros compostos. É preciso ajudá-los a fazer ajustes na personalidade e mudar certas atitudes, o que, aliás, não é nada fácil. Uma das maiores dificuldades que todos temos na vida é “fazer escolhas e tomar decisões”. Outra dificuldade é “agir”. É grande a quantidade de jo­­vens que se formam, ficam pra lá e prá cá, não se acertam e, por isso, não vão a lugar algum. É bem verdade que o mercado de trabalho e o atraso do país contribuem para deixar os jovens confusos. Mas chega uma hora em que é preciso escolher e agir. Tudo, porém, depende da inteligência, da personalidade e da atitude, marcas em função das quais construímos nosso êxito ou nosso fracasso.

Gazeta do Povo, 09/04/2010 - Curitiba PR

segunda-feira, 29 de março de 2010

O paraíso do primeiro emprego

Inverte-se o problema: não são os jovens que saem à caça das empresas, mas são as empresas que os disputam


Gilberto Dimenstein
 
 
SÃO SOLTEIROS, universitários recém-formados, moram com os pais, estão empregados -e já ganham um bom dinheiro. Sentem-se satisfeitos com sua situação financeira e não viram dificuldade em entrar no mercado de trabalho. Em pouco tempo, em aproximadamente mais dez anos, continuarão empregados e metade deles, ganhando de R$ 4.600 a R$ 23 mil, estarão entronizados entre os mais ricos do país. Em comum entre eles o fato de serem ex-alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo. Esse perfil foi encontrado pelo Datafolha, que, durante dois anos, elaborou um sistema de avaliação das escolas privadas, algumas das quais frequentadas pela elite paulistana. O projeto foi patrocinado pela Eduqual. O que se vê aí é um círculo virtuoso. Jovens de famílias mais abastadas, com maior repertório cultural e rede de relacionamentos, ganham ainda mais oportunidades. O salário é um resultado previsível. Conheci, na semana passada, uma experiência bem-sucedida de aplicação desse tipo de círculo virtuoso em populações mais pobres, na qual se discutem alguns dos principais problemas nacionais, como o gargalo da mão de obra qualificada, a precariedade educacional e o desemprego de jovens. Uma cidade conseguiu montar um sistema de ensino técnico integralmente conectado à vocação da região, e todos os alunos da rede pública têm direito a frequentar o curso profissionalizante sem pagar um único centavo. O resultado mais do que previsível: a empregabilidade é próxima de 100%. Isso porque falta mão de obra qualificada na região. Inverte-se o problema: não são os jovens que saem à caça das empresas, são as empresas que os disputam.

O projeto foi arquitetado na Unicamp e aplicado em Indaiatuba, uma cidade de 212 mil habitantes na região metropolitana de Campinas. A universidade montou um programa de ensino técnico para a prefeitura (batizado de Fiec), o que, por si só, já é diferente do que se vê no resto do país, em que as prefeituras, muitas vezes, não assumem sequer a totalidade do ensino fundamental, muito menos o ensino médio. Em 1998, foram liberados recursos federais para o projeto, numa parceria entre o MEC e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Depois da fase experimental, a Unicamp deixou o projeto, que, entretanto, graças à popularidade que angariou, não foi encerrado -ninguém ousou fechá-lo. Aquela é uma próspera região econômica, onde existem empresas dos mais diversos ramos -a IBM, a Toyota e a DHL (a maior empresa de logística do mundo) estão entre elas. Havia um mapeamento da demanda de cada empresa. A prefeitura continuou a pesquisa sobre a demanda de trabalhadores, buscando afinar-se com o mercado de trabalho. Todo ano, é feito esse tipo de censo. Por meio dele, já se descobriu, por exemplo, que deveria haver muito mais aulas de inglês, especialmente para o pessoal de tecnologia da informação. O projeto tornou-se sustentável. Experimentalmente, o governo estadual decidiu comprar vagas para todos os seus alunos da rede oficial -o custo fica mais baixo, já que a conta é dividida com a prefeitura, que assume a gestão- e o governo federal continua com os convênios. Embora em menor escala, esse tipo de modelo propagou-se para outras cidades do interior, como Campinas e Piracicaba.

Certamente, esse é um modelo a ser acompanhado, já que, por todos os lados, se fala em gargalo de mão de obra e em meios de incluir o jovem no mercado de trabalho -esse é um dos assuntos carimbados neste ano eleitoral. O tamanho do desafio pode ser visto no anúncio de um projeto, batizado de Brain (cérebro, em inglês), feito na semana passada. Alguns dos ícones da vida empresarial brasileira (Febraban e Bolsa de Valores, por exemplo) querem transformar o Brasil, especialmente as cidades do Rio e de São Paulo, em polo de investimento na América Latina, competindo com Londres e Nova York. Um de seus projetos é ajudar a formar melhor as pessoas desde a educação básica -está aí o caminho para que o primeiro emprego não seja um inferno para maioria e um paraíso para poucos. PS- Coloquei em meu site (www.dimenstein.com.br) a pesquisa do Datafolha, que revela uma sofisticação dos sistemas de avaliação. Vai muito além de medir o desempenho em português e matemática. Mais do que avaliar se o indivíduo está bem empregado, o método mede a taxa de autonomia e responsabilidade de cada um.
 
Folha de São Paulo, 28/03/2010 - São Paulo SP

sexta-feira, 19 de março de 2010

Veja estratégias para conseguir um emprego na sua área

Experiência em outro setor pode ajudar estudante na busca de colocação

Roberto Machado

Aluno do primeiro ano do curso de Sistemas da Informação, na USJT (Universidade São Judas Tadeu), o estudante Thyago Kimio Kamozaki chegou a participar de alguns processos seletivos sem sucesso. Em princípio, isso não o desanimou. Àquela altura, o rapaz apenas começava a carreira universitária e o tempo parecia a seu favor. Entretanto, depois de outro ano sem emprego na área em que estudava, a opção foi trabalhar como auxiliar administrativo por um período enquanto a oportunidade não surgia. Para Kamozaki o motivo parecia óbvio. "Eles exigiam muitos cursos e conhecimentos que eu, na época, não tinha", explica ele. A questão que o atormentou na época foi a mesma que ronda a cabeça de muitos universitários: o que o estudante deve fazer quando as oportunidades na área não vêm e os meses para seu curso terminar estão contados?

Kamozaki continuou a enviar currículos e a marcar entrevistas depois do sexto semestre, mas dessa vez o problema deixou de ser a falta de cursos e passou para o lado da experiência profissional. "Havia aprendido e tinha me tornado capaz de realizar as funções pertinentes à minha área, mas como nunca havia estagiado, era difícil ser aceito em alguma empresa", argumenta o estudante. O importante para o quase formado estudante de Sistemas da Informação é continuar se aprimorando na área depois que o curso terminar e também investir no aprendizado de idiomas. "Acho que está tudo interligado, faculdade, idiomas, cursos especializados e força de vontade. Não me arrependo da área que escolhi e pretendo ingressar nela o mais rápido possível", declara ele.
Quem também passou por problemas na hora de ingressar no mercado de trabalho, mas por motivos diferentes dos de Thyago, foi Michele Jully Anne Kai, estudante de Propaganda e Marketing da UNIP (Universidade Paulista). Por motivos financeiros, ela resolveu continuar no emprego que tinha antes de começar a estagiar. "Pretendia trabalhar na área, mas se fizesse isso, não teria dinheiro para pagar minha faculdade", explica Michele, que é gerente de uma loja de artigos orientais. Ela, que ainda pretende trabalhar na área onde se formará, percebe que o mercado de trabalho busca por profissionais que tenham um diferencial a oferecer na hora de trabalhar. Por esse motivo a estudante faz planos de um intercâmbio depois de se formar e ingressar numa especialização. "Essa viagem vai ser importante na minha vida profissional e, também, pessoal", aposta ela.
Para evitar compor o grupo de estudantes que lutam sem sucesso por uma vaga na carreira para o qual estudam, a primeira alternativa é tentar a construção eficiente de canais de informação sobre a área e, a partir desse instrumento, buscar por contatos. As dicas são de Jeanne Marie, coordenadora de arquitetura e urbanismo da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais). "Não adianta ficar parado, é necessário ligar, perguntar e correr atrás de amigos, professores e profissionais", resume Jeanne, que acredita que tudo isso deve acontecer em parceria com a capacitação profissional. "Algo que pode ser feito por meio de palestras, cursos e até aulas de outro idioma são um diferencial na hora da entrevista", aconselha ela. A coordenadora vai além e sugere que é possível usar a velha estratégia de bater "de porta em porta" para se aproximar dos profissionais que atuam no segmento que atrai o universitário. A professora exemplifica com o caso de um profissional em arquitetura cenográfica (projetos em teatro, televisão e eventos), que conseguiu ter sucesso na carreira porque quando era estudante resolveu arriscar e, sem receios, foi conversar diretamente com um dos melhores do ramo na época. "Ele se ofereceu para participar de um estágio não remunerado e aprendeu muito sobre o que engloba aquela parte especifica da profissão. É claro que essa realidade não é pertinente a todos, mas é uma ideia do que pode dar certo", exemplifica ela.
 
Contatos na universidade
O estudante também pode encontrar seu caminho dentro da profissão com aqueles que são provavelmente o embrião de sua rede de contatos profissionais: professores e coordenadores de curso. José Ermírio Ferreira de Moraes, professor e coordenador de engenharia química da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) acredita que a comunicação entre aluno, coordenador e professor é essencial no momento em que os futuros profissionais começam a participar de dinâmicas de grupo e processos seletivos. Segundo ele, é importante que o aluno tenha em mente que, nesse tipo de prova, não será testado apenas seu conhecimento técnico, mas também o seu lado pessoal. "Uma vez na seleção, eles devem se lembrar que a maneira com que eles falam, agem e se comportam, pode até ultrapassar o que se espera de conhecimento técnico", declara ele. É nesse momento que a comunicação entre Moraes e seus alunos se faz tão importante. "De alguma maneira, em alguns casos, consigo identificar qual foi o motivo que fez com que o aluno não conseguisse a vaga. Pode ser que ele tenha exposto de mais suas opiniões pessoais, ou em alguns casos, mostrado apenas seu lado técnico", explica o acadêmico. Por isso o incentivo é tão importante dentro da sala de aula. "Temos de descobrir o que mais atrai o estudante nas aulas e pensar sempre no seu futuro profissional. É com base nesses dados que vamos direcioná-lo para o mercado. Sempre com motivação, que deve ser o ponto principal dentro dessa relação", acrescenta ele.

Estar fora do setor em que você estuda e onde pretende trabalhar não significa que será muito mais difícil conseguir se colocar. De uma forma geral, as empresas buscam saber o máximo sobre passado do candidato na hora da contratação. A experiência profissional dentro da sua área de estudo é vista com bons olhos, mas não é determinante no ingresso no mercado de trabalho. De acordo com Bianca Mastropietro, chefe de recrutamento de estágio e trainee da Editora Abril, o importante é ter passado por alguma experiência profissional. Para ela, o problema pode estar naqueles que nunca trabalharam em lugar nenhum. "De uma maneira geral, o contratante vê o recém-formado que não tem nenhuma experiência profissional como alguém acomodado", alerta ela.
A recrutadora não acha que a universidade forma o aluno para o mercado de trabalho e é por isso que a experiência corporativa se faz tão importante. "É no estágio que o estudante terá a chance de se testar e isso só se consegue durante a graduação", exemplifica Bianca. Ela diz ainda que outro erro comum dos formandos é achar que terão chance nos processos de trainee que são abertos para quem já se formou. "Costumamos receber milhares de inscrições para esses programas, ele é realmente muito concorrido. Por isso, não é aconselhável contar apenas com ele", declara Bianca. Existe também, para aqueles que se identificaram com o meio acadêmico, a possibilidade de continuar dentro da universidade e desenvolver projetos de pesquisa. Mesmo que nunca se tenha trabalhado para uma empresa no segmento, há a possibilidade de tentar até uma bolsa para isso, além da iniciação cientifica dentro da própria universidade. O coordenador de engenharia química da Unifesp chama a atenção para esse tipo de trabalho, que pode servir de trampolim para estudantes que queiram uma carreira futura como pesquisadores e professores universitários. "As instituições de Ensino Superior devem praticar o tripé de ensino, pesquisa e extensão, e dentro disso, desenvolver o aluno para o meio acadêmico", afirma ele, que cita as bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), como um dos caminhos possíveis para tal estratégia.
 
Portal Universia, 18/03/2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Saiba qual é a diferença entre faculdade, centro universitário e universidade

Simone Harnik em São Paulo

Você até pode ouvir um monte de siglas para os nomes das instituições de ensino superior, mas a verdade é que só existem três tipos delas no Brasil: as universidades, os centros universitários e as faculdades. E qual a diferença na prática? Segundo Ivelise Fortim, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e coautora do livro "Orientação Profissional Passo a Passo", basicamente, é uma só: "Quando você está dentro da universidade, tem maior chance de participar de pesquisas e de fazer iniciação científica [projeto de estudos durante a graduação]". Tudo depende, de acordo com Ivelise, do interesse do estudante: "Se ele tem a intenção de voltar sua formação somente para a entrada no mercado de trabalho, tanto faz o tipo de instituição que escolher", aponta. É claro que esta é uma generalização, já que há faculdades que fazem pesquisa séria, têm trabalhos com a comunidade e boa qualidade de ensino. Ao mesmo tempo, também existem universidades que deixam a desejar nas condições de ensino. Por isso, na hora de escolher, é preciso ficar atento se a instituição de ensino cumpre o que é exigido pelo MEC (Ministério da Educação) e pela lei brasileira. Universidade - As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC. As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As particulares podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários.

Os requisitos mínimos são os seguintes:
•Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes.
•Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão.
•Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado. Centro universitário - Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior. Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir:
•Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado.
•Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).

Faculdade - As faculdades são instituições de ensino superior que atuam em um número pequeno de áreas do saber. Muitas vezes, são especializadas e oferecem apenas cursos na área de saúde ou de economia e administração, por exemplo. Outra diferença para os centros universitários e universidades é a seguinte: quando uma faculdade pretende lançar um curso, ela tem de pedir autorização do Ministério da Educação - ou seja, não tem autonomia para criar programas de ensino. Contudo, as faculdades devem cumprir uma exigência: •O corpo docente tem de ter, no mínimo, pós-graduação lato sensu - normalmente menores do que os mestrados e doutorados.
 
Portal UOL Educação, 09/03/2010