sexta-feira, 27 de julho de 2012

Saiba o que muda com a inclusão de mais um dígito nos números de celular com DDD 11

A partir deste domingo (29/07), os números de celulares de 64 municípios do estado de São Paulo com DDD 11 ganharão o dígito nove à esquerda. Para evitar um mar de ligações perdidas, as chamadas de oito dígitos ainda serão completadas normalmente até o dia 8 de agosto. Depois dessa data, os usuários receberão mensagens com orientações sobre o nono dígito.

Para entender melhor a mudança, ÉPOCA Negócios conversou com Adeilson Evangelista Nascimento, gerente de acompanhamento e controle das obrigações de interconexão da Anatel, e preparou uma lista com dicas, informações úteis e novidades que talvez você não saiba. Aproveite:


O que muda inicialmente?

A partir de 29 de julho, os números com DDD 11 ganham um 9 à esquerda. Para realizar as ligações, bastará digitar o número de celular de sempre mais o 9. Exemplo: 9XXXX-XXXX.


Em quais regiões ocorrerá a mudança?

Em 64 municípios do estado de São Paulo. Clique aqui e veja a lista completa.


Quando a regra se estenderá para o todo o Brasil?

Ainda não há previsão. A Anatel está elaborando estudos e os apresentará assim que estiverem concluídos.


Por que o estado de São Paulo foi o primeiro a ganhar o nono dígito?

A região precisava da ampliação, porque os números de celular disponíveis para venda estavam se esgotando.


Será possível fazer chamadas com oito dígitos?

Sim. Nos primeiros dez dias, as chamadas com oito dígitos serão efetuadas normalmente. Ou seja, você poderá digitar o mesmo número de celular com ou sem o nove à esquerda.


Até quando as chamadas com oito dígitos serão completadas?

A partir do dia 8 de agosto, haverá um procedimento de interceptação parcial. Uma parte das chamadas será interceptada e outra parte será completada. Essa divisão será feita pelas próprias operadoras. Também caberá a elas inserir ou não mensagens informativas sobre o nono dígito. Caso não insiram, a chamada não será completada.


Quando as ligações deixarão de ser completadas?

A partir de 18 de agosto, as ligações feitas fora do estado de São Paulo sem o nono dígito não serão mais completadas. Para chamadas de dentro do estado de São Paulo, o prazo é 28 de agosto. No caso da região metropolitana de São Paulo, até 16 de outubro.


Até quando os usuários receberão as mensagens informativas?

A partir do dia 15 de janeiro de 2013, não haverá mais avisos sobre a inclusão do nono dígito. A Anatel acredita que nesse período os usuários já terão adquirido a cultura do nono dígito e não precisarão mais de alertas.


Somente quem é do estado de São Paulo precisa discar o nono dígito?

Não. Qualquer pessoa, independentemente da sua área de origem, precisa digitar o nono dígito.


Como faço para enviar mensagens SMS e MMS?

Da mesma maneira que as ligações passarão a ser feitas. É preciso acrescentar o nono dígito.


E se eu ligar de um telefone fixo?

Também será preciso digitar o nono dígito.


É obrigatório ter o nono dígito?

Sim. Foi uma decisão da tomada pela Anatel, agência que regula as empresas do setor de telecomunicações no país.


Apenas celulares entram na nova regra?

Sim. Apenas os números de telefones móveis. Telefones fixos e aparelhos que utilizam conexão direta via rádio, como a Nextel, não ganharão o nono dígito.


Por que os telefones fixos não ganham mais um dígito?

Os números de telefone fixo ainda disponíveis são suficientes.


O processo de portabilidade continuará operando normalmente?

Sim, nada muda.


É responsabilidade das operadoras inserir o nono dígito?

Sim. E se houver qualquer problema na transição, a Anatel pode sancionar a operadora. “Não vislumbramos nenhum tipo de problema. Aliás, se houvesse esse tipo de percepção, o mais prudente seria não fazer a mudança. As operadoras já estão preparadas”, afirma Nascimento.


A suspensão das vendas de chips das operadoras TIM, Oi e Claro em alguns estados atrapalha essa aquisição de novas linhas?

“Com a suspensão, a operadora está impedida de comercializar chips e a previsão de vendas é zero”, afirma Nascimento. Dessa forma, a prestadora não consegue solicitar mais linhas.


Com o nono dígito, quantas linhas o estado de São Paulo ganha?

Serão 90 milhões de novas linhas.


Qual é o investimento para a inclusão do nono dígito?

A previsão de investimento apresentada pelas operadoras, em 2010, foi de R$ 300 milhões, mas segundo Nascimento esse valor já foi ultrapassado. Ele não informou o valor atualizado.


Quais ações estão incluídas nesse investimento?

Cada operadora precisou atualizar suas redes e seu sistema de suporte (aquele que controla e organiza as informações das chamadas), treinar as equipes de call center e divulgar o nono dígito em jornais, revistas, TV, rádio, internet e outros meios de comunicação.


Como o usuário pode facilitar a transição?

Algumas empresas fizeram aplicativos que incluem automaticamente o número 9 em todos os telefones da sua agenda. Veja alguns deles:

Aplicativos para atualizar o nono dígito

Agenda Fix
9D+ (Nono Dígito SP) (Para Android)             
Novo Número SP (Para Android)

9 Dígitos
-
Para Android
- Para iPhone 
9Plus - DDD 11 (Para Android)

Dígito9
-
Para Android
- Para iPhone

Nono Dígito SP
-
Para Android
- Para iPhone

9 Dígito SP
 (Para Android)
Nono Dígito ++ (Para Android)

Nono Dig (Para iPhone)




Fonte: ÉPOCA Negócios
27/07/2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quer deixar uma boa impressão no trabalho? Está na hora de limpar a mesa!

Uma pesquisa feita pela consultoria Adecco mostra que funcionários julgam uns aos outros pela organização do espaço de trabalho de cada um - e o chefe também

Primeiras impressões são sempre muito importantes e não apenas em entrevistas ou reuniões. O primeiro encontro com seu ambiente de trabalho – e aqui estamos falando especificamente da sua mesa ou da sua baia – pode revelar a alguém mais (ou menos) do que o esperado. Um espaço de trabalho limpo e organizado é o melhor indicativo de uma mente sintonizada com as tarefas diárias.

Segundo a consultoria norte-americana Adecco, se o seu computador está cercado por pilhas de papel, embalagem de biscoitos e itens pessoais, é normal que seus superiores enxerguem que o seu trabalho vai nessa vibração.

A pesquisa mostra que quase 60% dos funcionários julga seus colegas pela maneira como eles mantêm seu espaço de trabalho. Quase a metade dos pesquisados afirmou que olharia de maneira negativa os funcionários que têm um cubículo bagunçado. Um terço respondeu que se uma mesa está desorganizada, é sinal que o funcionário é preguiçoso, enquanto 42% consideram que isso é evidência de que o sujeito em questão é muito ocupado.

Os empregados responderam ainda que acham que uma mesa limpa e organizada deveria ser premiada. Quase 40% disse que esse cuidado deveria contar pontos nas avaliações de desempenho, enquanto mais de 25% acha que deveria ganhar um bônus por ele.

Os supervisores entrevistados pela Adecco não comentaram essas sugestões, mas disseram que uma mesa limpa e organizada afeta, sim, o desempenho dos empregados. Três quartos dos chefes responderam que, quanto mais organizada é a mesa de um funcionário, mais produtivo ele é.

Por via das dúvidas, não custa nada tentar. Se você quer que o patrão tenha uma boa impressão sobre você, jogue fora a papelada desnecessária e se arme com flanelas e desinfetante na próxima semana. Mal não vai fazer e, além do mais, você poderá voltar a enxergar o seu colega da baia ao lado, que há tanto tempo desaperece atrás da sua pilha de papéis.


Fonte: ÉPOCA Negócios
26/07/2012

Pão de Açúcar lança um novo jeito de fazer compras


Com o desenvolvimento do comércio eletrônico, as rotineiras compras de supermercado ganham a cada dia mais facilidades. A rede Pão de Açúcar lança nesta sexta-feira (06/07), no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, um projeto piloto de supermercado virtual. Inspirada numa iniciativa da cadeia varejista britânica Tesco, a empresa irá montar painéis simulando as clássicas gôndolas com imagens e códigos de mais de 300 produtos. Para fazer as compras, bastará o consumidor usar seu smartphone ou tablet, pelos quais selecionará os produtos que quer receber.

A compra é feita por meio de um aplicativo do Pão de Açúcar. Com o app instalado, o consumidor deve escanear os códigos de barra (Qr Codes) dos itens que deseja comprar. Os produtos serão entregues pelo Pão de Açúcar Delivery no endereço de entrega escolhido. A área de abrangência para as entregas envolve cerca de 30 cidades, entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Fortaleza. O custo do primeiro frete será de R$ 13,90, porém, segundo o Pão de Açúcar, o valor será regressivo nas próximas compras.

Entre os produtos que irão estrear o supermercado virtual estão queijos, vinhos, cervejas especiais, orgânicos, frios nobres, frutas e legumes.

Até o final do ano, o Pão de Açúcar pretende instalar mais unidades do novo modelo de supermercado. Para a empresa, é uma boa estratégia para estar presente em locais interessantes comercialmente onde não há lojas físicas. E para o consumidor? Você acha que a iniciativa irá facilitar sua vida?


Fonte: ÉPOCA Negócios
26/07/2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desafio: crescimento sustentável e contínuo

Especialista da KPMG Brasil comenta assunto que será abordado por Peter Schwartz no Fórum HSM Novas Fronteiras da Gestão 2012

Há muito tempo, estudiosos e a sociedade como um todo vêm debatendo as questões relacionadas ao desenvolvimento desenfreado, que se acentuou desde a Revolução Industrial, no século XVIII, e intensificou-se nas últimas décadas, por conta da necessidade das empresas de crescerem de forma sustentável e continuada, respeitando os limites do mundo natural e sob o crivo da sociedade.

Não que o desenvolvimento deva ser colocado na cruz. Ele é, inclusive, um direito consagrado. Em 1986, a Organização das Nações Unidas (ONU) expressou que “o desenvolvimento é um direito humano inalienável, pelo qual toda pessoa humana e todos os povos estão habilitados a participar do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, com ele contribuir e dele desfrutar, no qual todos os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser plenamente realizados”.

Por outro lado, os avanços não podem acontecer sem levar em conta a proteção ao meio ambiente, o equilíbrio social e o uso responsável dos recursos naturais. Em 1992, a II Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento e Meio Ambiente, conhecida como ECO 92, já colocava o desenvolvimento sustentável como meta a ser buscada e respeitada a partir de uma maior consciência de todos.

O tema foi novamente debatido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho de 2012. Afinal, são cada vez mais gritantes as agravantes originadas do desenvolvimento desenfreado, como a limitação do abastecimento de água, a falta de saneamento básico, o crescimento populacional versus a geração de alimentos, a necessidade de maior eficiência energética, o uso do solo, além das questões de educação, saúde, segurança e qualidade de vida.


Os desafios de empresas e gestores

No mundo empresarial, o desafio que se apresenta é como crescer, nesse contexto, de forma sustentável e continuada. Entre as premissas e ações necessárias estão mudanças de gestão e adaptação às novas tecnologias. Nos dias 21 de 22 de agosto, essa temática será abordada no Fórum HSM Novas Fronteiras da Gestão, em São Paulo. Entre os palestrantes convidados, o consultor, futurista, estrategista, engenheiro e escritor Peter Schwartz analisará se o mundo natural tem condições de suportar que os mercados emergentes adotem os mesmos padrões de desenvolvimento dos países ricos.

Segundo Carlos Alberto Silva, gerente de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da KPMG Brasil, vários avanços têm sido concretizados no País, mas ainda há muito a ser feito. “Algumas empresas têm evoluído de forma consistente e têm grande potencial de inovação, mas o setor empresarial tem avançado, principalmente, em função de pressões regulatórias. O compromisso com a sociedade e com o consumidor vem sendo crescentemente inserido na pauta estratégica, mas ainda não é o polo principal das políticas de desenvolvimento. O consumidor, no futuro, será o grande indutor de mudanças, mas hoje ainda não o é”, explica.

Segundo o gerente, na Europa, principalmente, o nível de consciência é maior e o consumidor exerce uma pressão mais ativa. O que se percebe, cada vez com maior clareza, mundialmente, é que o nível de consumo atual não é sustentável. “O padrão de consumo atual é maléfico. Se persistir, poderá convergir para uma situação drástica. Isso tem que ser mudado. É um processo, mas que não muda do dia para a noite. As novas gerações estão mais conscientes”, analisa, reforçando que as empresas têm à disposição um arsenal de informações e instrumentos para mudar, sobretudo, o quadro do consumo de recursos naturais.


Eficiência energética

Silva salienta que há muitas ações sendo empreendidas, com ênfase essencialmente na redução de gases de efeito estufa (GEEs) e na busca da maior eficiência energética. O desenvolvimento de energias alternativas é um ponto que está em evidência, mas ainda em fase de estudos, embora seja uma questão de sobrevivência para alguns setores econômicos.

A Conferência Rio+20, de acordo com o especialista da KPMG, foi um importante passo em direção ao desenvolvimento sustentável, mas é necessário, a partir de agora, definir e viabilizar metas. “O cenário de crise na Europa dificultou o avanço das propostas, mas a Rio+20 mostrou tendências interessantes e indicou que vários setores estão se mobilizando em busca de soluções”, conclui.


Fonte: Portal HSM
25/7/2012

Como será o Marketing em 2025?




É difícil fazer previsões, mesmo para quem se arrisca em futurologia. Mas é justo dizer que nestes quase 13 anos de século XXI, as estratégias de marketing evoluíram e se tornaram bastante sofisticadas.

Se hoje ferramentas como o Google são capazes de entregar publicidade baseada nas pesquisas e no histórico de navegação de um usuário, o que pode ser feito para aumentar o nível de segmentação do marketing online? O editor da revista norte-americana INC, John Brandon, arrisca alguns palpites.


1. Será possível rastrear a identidade analógica dos consumidores.

Uma coisa é clara: o marketing segmentado vai se mover da área digital para a analógica. Chris Anderson, editor da revista Wired – que escreveu um livro chamado Free: The Future of a Radical Price há alguns anos – se dedica a fazer uma comparação entre bits e átomos. A aposta de Brandon é de que o marketing vai descobrir como combinar estas duas unidades de uma maneira mais rápida que outras áreas do conhecimento. A hipóstese do editor: “Digamos que eu estou sentado em um café conversando com um amigo. O Google pode encontrar uma maneira de capturar o que eu digo (talvez a minha entrada na cafeteria esteja condicionada à assinatura de termos e condições que prevejam isso) e me envie ofertas relacionadas mais tarde.


2. Será possível prever as preferências dos consumidores.

Outra obra lançada este ano, chamada The Power of Habit: Why We Do What We Do in Life and Business, explica como o marketing segmentado pode acompanhar hábitos de consumo dos compradores e entregar publicidade a partir disso. Um exemplo estudado é quando uma mulher começa a comprar produtos porque ela está grávida – e, com isso, as empresas que atuam nessa área passam a lhe oferecer mais e mais produtos. Para Brandon, isso deve acontecer ainda mais em 2025.

“Suponha que você entra em uma loja para comprar um Volkswagen. Talvez os vendedores serão capazes de puxar uma ficha sua no computador e identificar que você normalmente gosta de um interior azul e que vai querem uma van com espaço para cinco pessoas porque você tem três filhos”, descreve o editor.


3. Será possível customizar o produto pelo DNA do cliente.

Brandon usa como referência um terceiro livro: Incognito: The Secret Lives of the Brain, de David Eagleman, também lançado neste ano. Nele, o autor explica um detalhe interessante. Algumas mulheres (não os homens) são capazes de perceber algumas cores de forma diferente, e é provavelmente por isso que elas são melhores em decorar um quarto ou escolher uma pintura.

Em 2025, Brandon pensa que os marketeiros vão descobrir como tirar vantagem disso. De repente, o marketing será capaz de conseguir correlacionar o fato de você ter uma personalidade introvertida e freqüentemente ouvir música techno. Os comerciais que você vê na televisão - que por si só vão se transformar em algo que mal reconhecemos hoje - poderão ser altamente programados apenas para a forma como seu cérebro funciona e como você percebe as coisas.


4. O marketing irá atingir demandas ainda mais profundas.

Brandon se diz fascinado por sites de leilões em centavos como o QuiBids.com. Sites de apostas já tocam em um profundo desejo, mas sites de leilões de centavo conseguem ir ainda mais fundo: eles usam dinheiro falso (1 centavo, na verdade, equivale a cerca de 60 centavos), jogar com o nosso amor por aparelhos brilhantes, como o iPad, e nos atraem com a sugestão de um bom negócio. Jogue a isso um componente social e torne a estratégia mortal.

“Eu estava ‘pesquisando’ sobre esses sites havia algum tempo atrás e me vi dando lances para coisas como lanternas e grampeadores. Eu realmente ganhei um leilão para o inventor de um novo tipo de parafuso, apesar de eu não ter pegado em um martelo em meses”, disse. Para Brandon, em 2025, os sites de leilões de centavos irão inspirar os comerciantes para encontrar novas formas de atrair clientes potenciais. Eles atingem as pessoas rapidamente, usando anúncios que tocam em emoções que a gente ainda mal reconhece.

E você? Concorda com essas previsões? Ou acha que o marketing será completamente diferente em 2025?


Fonte: Revista PEGN - Papo de Empreendedor
25/07/2012

Como identificar oportunidades de negócio em novos mercados

A análise da indústria, do público e da concorrência devem preceder a venda no exterior

Empreender nunca é fácil. Empreender em mercados internacionais pode adicionar ao empresário uma pitada de “emoção” ainda maior. No entanto, uma vez respondidas algumas perguntas básicas, começamos a nos acostumar a uma nova zona de conforto, em que talvez não tenhamos todas as informações sobre o potencial de um determinado mercado, porém aumentamos nossa confiança sobre os próximos passos a seguir no projeto de internacionalização.

Recentemente, tive a oportunidade de acompanhar um de nossos clientes em uma viagem de prospecção de mercado e creio que a análise desse caso possa exemplificar quais são os passos típicos para identificar oportunidades internacionais de negócio. Nosso cliente atua na área industrial com um produto de aplicação específica, ciclo de vendas longo, em um mercado estagnado, no qual ações mais convencionais de marketing não possuem a mesma eficácia.

Em conversas com o CEO da empresa, ficou clara a dificuldade que possuíam em iniciar seu projeto de internacionalização. Para começar a resolver essa dúvida, inicialmente realizamos um breve estudo para validar o tamanho da demanda por esse produto em locais distintos e optamos por iniciar uma espécie de projeto piloto de prospecção em um mercado que se demonstrou bastante atrativo. No entanto, a pergunta fundamental ainda persistia: como vender lá?

Decidimos, então, quebrar o problema em algumas partes de modo a resolver cada “pedaço” com mais segurança e menor risco para nosso cliente. Independentemente da sua indústria, perfil de empresa ou mercado, acredito que a análise de alguns desses “pedaços” possam ser úteis para o empresário que se faça a mesma pergunta:

• Entenda como funciona sua indústria em todos os seus aspectos. Quem são meus clientes finais, ou seja, quem vai se beneficiar diretamente do uso de meu produto ou serviço? Existem influenciadores na decisão de compra que não são os clientes finais, mas podem recomendar nosso produto? Quanto tempo se leva para fechar um negócio? O que realmente é levado em conta (preço, prazo, qualidade etc.)?

• Obtenha informações diretas dos principais players deste mercado. Estatísticas e informações secundárias são sempre úteis, mas nada substitui a conversa direta com clientes, fornecedores e influenciadores que vivem o dia a dia do mercado em que você quer entrar. Note que não estamos vendendo nada neste momento, apenas coletando mais informações que serão adicionadas à nossa análise.

• Teste inúmeras hipóteses e cenários. Nada limita mais o empreendedor em processo de internacionalização do que uma visão fechada sobre como vender seu produto ou serviço. Muitas vezes temos de ser extremamente criativos no processo de entrada em um novo mercado. Parcerias, realização de projetos piloto e fabricação no mercado final (em vez de exportação) podem ser caminhos alternativos iniciais muito interessantes para avaliar a demanda em um novo mercado.

• Seja consistente. Infelizmente, é muito comum vermos empresários, imersos em “incêndios” do dia a dia, simplesmente ignorarem ou atrasarem por semanas o retorno de uma ligação ou resposta de e-mail de um contato adquirido em uma feira ou viagem de prospecção internacional. Neste momento de entrada em um novo mercado, é fundamental transmitir consistência em tudo que se relaciona à sua empresa e ao produto. Qualidade, atenção e prazos são aspectos fundamentais e, como normalmente a primeira impressão é a que fica, o empresário tem de demonstrar que o projeto internacional é uma prioridade.

Identificar oportunidades de negócio em mercados internacionais pode ser emocionante e complexo. Felizmente, há métodos que nos auxiliam a resolver as inúmeras dúvidas que surgem ao longo do caminho, trazendo mais confiança ao empreendedor que “olha para fora”.

Se você pensa internacionalizar seu negócio e quer discutir estratégias, envie suas perguntas para especialistapegn@edglobo.com.br e coloque Internacionalização no campo “assunto” do e-mail.





Igor Tasic é CEO da Atlantico Partners (www.atlanticopartners.com)



Fonte: Revista PEGN
25/07/2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Miopia corporativa

Diretor da HSM Educação comenta novo livro de Richard S.Tedlow, professor da Harvard Business School, lançado pela HSM Editora

Em tempos de crise, conciliar a visão estratégica com dificuldades econômicas é um dos grandes desafios do mundo corporativo. Há empresas que aceitam cortar custos essenciais à preservação da sua marca e reputação no mercado (como verbas publicitárias, por exemplo) para ter ganho de caixa imediato. É uma das situações em que a expressão "miopia corporativa", cada vez mais em voga, é utilizado no ambiente empresarial.

A incapacidade de aceitar notícias ruins e se preparar para enfrentá-las é abordada por Richard S.Tedlow, professor da Harvard Business School, no livro Miopia Corporativa: como a negação de fatos evidentes impede a tomada das melhores decisões e o que fazer a respeito (HSM Editora). O autor explica como executivos de sucesso e com longa trajetória podem não enxergar perigos iminentes.

Segundo André Castro, diretor da HSM Educação, alguns fatores contribuem para essa miopia e um deles é a arrogância. “O líder, muitas vezes, se recusa a reconhecer que, em determinado momento, o planejamento traçado estava equivocado. Dependendo da carreira e das vitórias obtidas no passado, ele pode deixar a humildade de lado. E também, muitas vezes, o mundo corporativo se coloca contra a autocrítica", observa Castro, após ter lido o trabalho de Tedlow.

Do ponto de vista do autor, existem diferentes facetas que podem levar à miopia corporativa. Também acontece a incapacidade de perceber para que direção o vento do mercado vai soprar e, com isso, deixa-se de aproveitar oportunidades de ouro. A pena, neste caso, é ficar para trás em relação a outras empresas.


Casos abordados no livro

Aconteceu com a Levi Strauss, fabricante de calças jeans dos Estados Unidos. Na década de 1990, executivos da companhia e analistas contratados foram alertados quanto ao surgimento do hip hop, ritmo musical nascido no coração dos bairros pobres de Nova York e que ganhou o mundo. Desprezaram o aviso de que surfar nesta onda seria essencial em um futuro muito próximo. Estima-se que, pela omissão, a Levi Strauss tenha deixado de faturar mais de US$ 1 bilhão.

Não se trata de simplesmente manter pensamentos positivos ou de seguir qualquer mantra de livros de autoajuda para executivos. Apesar de ser uma visão presente, sempre pensar no sucesso e ter fé que o caminho traçado vai terminar na estrada do sucesso pode fazer com que uma empresa inquestionavelmente líder em um setor da economia perca a condição hegemônica.

Castro, da HSM Educação, afirma que é preciso ter quase uma paranoia produtiva. “Sempre ter na cabeça que algum concorrente pode estar prestes a lhe quebrar. Não é discussão entre velha guarda e nova guarda. É ter, sim, aguçado senso crítico e possuir cultura organizacional que incentive a melhoria contínua e a verdade o tempo inteiro", analisa o diretor.

Usar uma lente contra a miopia corporativa é enxergar as oportunidades que surgirem e não simplesmente se acomodar no lugar ocupado. A Motorola tem o caso clássico do celular Razr. O executivo Geoffrey Frost apostou no design criado pelo centro de pesquisa da empresa, em Chicago, em 2004. Foi um sucesso: mais de 50 milhões de aparelhos vendidos. Mas depois da morte de Frost, a empresa não conseguiu criar nada que chegasse nem perto do apelo mercadológico do Razr. O oposto acontece com a Apple que, mesmo após a morte de Steve Jobs, deu continuidade a sua veia inovadora e criativa.

Em síntese, André Castro diz que a obra de Tedlow trata da capacidade das empresas de perceber tendências e evitar a repetição de erros célebres cometidos por excesso de confiança ou medo. Para ele, esse tipo de erro sempre aconteceu e continuará acontecendo, principalmente para quem não absorver as lições.


Validações de peso

“Esta história lúcida e assustadora da nossa tendência para negar a verdade é Richard Tedlow em sua melhor forma. Mas se programe antes de começar a ler este livro. É muito difícil largar”, aconselha Clayton M. Christensen, autor de O DNA dos inovadores (HSM Editora). Quem também leu e recomenda é Sheryl Sandberg, COO of Facebook: “Tedlow demonstra que a capacidade de encarar os fatos, por mais duros que sejam, é o que distingue os grandes líderes dos demais. Uma leitura obrigatória”, assegura.


Fonte: Portal HSM
24/07/2012

Quanto é 1+1?

Quanto é 1 + 1? As pessoas prudentes responderão com outra pergunta. Elas quererão saber do que estamos falando.

Outras dirão: “Mas 1 + 1 é 2… simples assim!” ou “Nem sempre! Um litro de álcool mais um litro de água, formam uma mistura cujo volume final é menor que 2 litros”.

O meu rabino costumava dizer que 1 + 1, se Deus quiser, é igual a 2. Isto professa a crença em infinitas possibilidades nas situações em que a maioria das pessoas enxerga uma resposta única. Acontece que a vida não é tão precisa quanto a aritmética. E as empresas também não são.

Em assuntos organizacionais existe a forte tendência de se crer numa só resposta correta para cada questão. Mas eu afirmo com segurança plena que raramente há apenas uma resposta verdadeira, mesmo em eventos simples ou óbvios.

A vida e os negócios exigem exercício severo para se superar a convicção que o sistema educacional nos impôs de que as respostas são certas ou erradas, em vez de melhores ou piores.

Vivemos achando que as nossas decisões têm de ser perfeitas! Será? Por que razão somos assim? Medo do inferno? Temor de que todos descubram que não somos tão “bons” quanto desejamos que pensem?

Talvez esta seja a resposta à clássica pergunta que os empresários fazem sobre o porquê de suas decisões não serem cumpridas por seus subordinados. As empresas, em geral, empregam um estilo de tomada de decisão de cima para baixo, proporcionando um leque muito estreito de alternativas, já que são geradas pelas ideias de alguns poucos, ou somente do patrão. Os subordinados farão o possível para que nada funcione.

Discuta ideias. Todos podem ter respostas boas. Mudança de cultura pode começar assim. Além do mais, se você já é capaz de distinguir entre uma boa e uma má ideia, talvez é chegada a hora em que você mesmo já não precise tanto de ideias.


Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro Torta de Chocolate não Mata a Fome – Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos (Ed. nVersos, 2012). Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473


Fonte: Blog HSM
24/07/2012

domingo, 22 de julho de 2012

Graça desconstrói gestão de Gabrielli na Petrobras

Além de afastar quatro diretores ligados ao ex-presidente logo após assumir, ela mandou rever todos os contratos relacionados a projetos fundamentais iniciados por Gabrielli


A gestão de sete anos do economista José Sergio Gabrielli na presidência da Petrobras passa por completa reformulação na administração de sua sucessora, a engenheira química Maria das Graças Foster.

Além de afastar quatro diretores ligados ao ex-presidente logo após assumir, Graça, como prefere ser chamada, mandou rever todos os contratos relacionados a projetos fundamentais iniciados por Gabrielli, como a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Diferentemente do que ocorria na gestão Gabrielli, que presidiu a estatal de 2005 a fevereiro de 2012, Graça Foster não demonstra tolerância com atrasos na entrega de encomendas.

O exemplo mais evidente desse novo comportamento é a punição imposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). O petroleiro João Cândido deveria ter sido incorporado à frota da Petrobras Transporte (Transpetro) em 2010. Isso só veio a ocorrer há pouco, com dois anos de atraso.Graça determinou à subsidiária a aplicação de uma multa e a suspensão temporária de 16 dos 22 contratos firmados com o estaleiro. Na administração anterior, os atrasos não eram punidos.

Logo ao assumir o cargo, em 13 de fevereiro, Graça reuniu a diretoria e determinou a fixação de metas que definiu como "mais realistas". A administração Gabrielli, na interpretação de especialistas, foi marcada pelo estabelecimento de metas ao mesmo tempo ambiciosas e, diante da realidade da empresa, impossíveis de serem cumpridas.

Graça e Gabrielli deixam as críticas escaparem, embora procurem manter a cordialidade, repetindo que a gestão é de continuidade. As divergências foram evidenciadas em 25 de junho, quando ela anunciou o esperado plano de negócios da companhia para o período de 2012-2016, após três meses de revisão do trabalho desenvolvido na gestão anterior.

A presidente iniciou a apresentação com 11 slides consecutivos sobre metas de produção descumpridas na administração Gabrielli, prazos desrespeitados e custos superelevados. Para em seguida estabelecer metas de produção menores, segundo ela, realistas e factíveis.


Abreu e Lima

A presidente da Petrobras apontou ainda a Refinaria Abreu e Lima, que está em obras em Pernambuco, com previsão de custo quase dez vezes maior do que o planejado inicialmente, como um mau exemplo de procedimentos adotados, a ser estudado a fundo por toda a companhia, para não voltar a acontecer.

"A Rnest (Refinaria do Nordeste, como foi chamada inicialmente a Abreu e Lima) é uma história a ser aprendida, escrita e lida pela companhia, de tal forma a que não seja repetida. Existe claramente um aumento significativo do investimento inicial, do seu marco zero, em setembro de 2005. O óleo a ser refinado conta hoje com atraso de três anos", disse Graça.

"É claro, absolutamente claro, o não cumprimento integral da sistemática de aprovação de projetos neste caso específico. Uma história a ser aprendida e não repetida", acrescentou a presidente da Petrobras. Além disso, Graça determinou a suspensão ou o adiamento de pelo menos 13 projetos nas áreas de refino e exploração e produção (E&P), incluindo refinarias de investimento bilionário.


Corresponsável

Sempre que questionada sobre as modificações implementadas, a presidente da Petrobras destaca que também fazia parte da diretoria anterior (comandava a diretoria de Gás e Energia) e, assim, era corresponsável pelas falhas que porventura tivessem acontecido. Mas a divergência de atitudes ficou bem clara no pronunciamento oficial quando da apresentação do Plano de Negócios da estatal. Três semanas depois, Graça procurou atenuar sua posição, ao dizer que a única diferença entre os dois gestores era de gênero.

"A gente é amigo. (...) A diferença é que você é menino e eu sou menina", disse ela a Gabrielli em solenidade na Bahia, há nove dias, quando selaram uma espécie de trégua, posando juntos para fotografias.

Na ocasião, o ex-presidente foi o convidado especial na solenidade de batismo de uma plataforma petrolífera, da qual participou a presidente Dilma Rousseff. Gabrielli é secretário estadual de Planejamento na administração do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), a quem planeja, embora não admita publicamente, suceder em 2014.

Procurados, nem Graça nem Gabrielli quiseram se pronunciar para esta reportagem, Ao jornal Valor Econômico, na semana passada, porém, Gabrielli disse que Graça foi "inábil" ao apresentar o plano de negócios. Em seguida, buscou atenuar a declaração, ressaltando ter havido apenas uma "falta de cuidado" por parte dela.

Gabrielli disse que a sucessora faz uma administração de continuidade. Ela tem falado a mesma coisa quando questionada sobre as diferenças entre as duas gestões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Época Negócios
22/07/2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Empreendedores e especialistas apontam que tipo de negócio abririam

Veja como essas pessoas usariam cada faixa de investimento

Por Thomaz Gomes

Esta reportagem é um extra da matéria “Negócios na medida certa”, publicada na edição impressa de Pequenas Empresas & Grandes Negócios (ed. 282 - julho/2012)
R$ 30 mil"O valor é suficiente para lançar uma empresa de software. Além da baixa necessidade de investimento – o modelo de negócio demanda basicamente por computadores, programas e profissionais qualificados –, o mercado digital tem um potencial de desenvolvimento enorme no Brasil."
RAFAEL DUTON, SÓCIO-FUNDADOR DA ACELERADORA 21212

R$ 50 mil
"A decisão sobre o tipo de negócio deve estar alinhada com as competências pessoais do empreendedor. Desse modo, eu abriria uma startup ligada ao mercado de tecnologia e publicidade digital. Para fazer o dinheiro render, não assinaria nenhum cheque que representasse isoladamente mais do que 20% deste valor. Bons negócios às vezes falham porque o dinheiro acaba antes do que deveria."
MARCELO MARZOLA, FUNDADOR DA PREDICTA, EMPRESA ESPECIALIZADA EM SOLUÇÕES DE MARKETING DIGITAL

R$ 100 mil
"O mercado de aplicativos é uma área com audiência relevante e espaço para novos produtos. Pessoalmente, investiria em uma ferramenta para o setor de entretenimento, com foco nas grandes capitais brasileiras. Com esse dinheiro, é possível levantar um banco de dados extenso e desenvolver uma interface eficiente para o usuário."
DANIEL WJUNISKI, FUNDADOR DO SITE MINHA VIDA, PORTAL DE SAÚDE E BEM-ESTAR

R$ 300 mil
"Uma opção mais segura seriam as franquias de segmentos como educação, alimentação e prestação de serviços. São setores com demanda crescente e riscos minimizados. Não descartaria investir em um negócio mais arriscado, mas que apresentasse maior potencial de crescimento. Nessa segunda linha, as melhores apostas estão em áreas como e-commerce de nicho, saúde e e-learning."
CÁSSIO SPINA, FUNDADOR DO ANJOS DO BRASIL, GRUPO DE INVESTIDORES ANJO

R$ 500 mil
"Caso tivesse certeza de que iria receber um aporte dentro de um futuro próximo, aplicaria o dinheiro em uma plataforma de e-commerce. Como é quase impossível prever a chegada de investidores, investiria em marketplaces ou sites de compra coletiva. São negócios com custos baixos de implantação. Desse modo, oferecem mais fôlego para crescer com as próprias pernas, enquanto a empresa não se consolida no mercado."
PAULO HUMBERG, CEO DA A5 INVESTIMENTOS

R$ 1 milhão
"Investiria em uma startup de análise de dados para o mercado corporativo. Quem conseguir tirar conclusões precisas da montanha de informações produzida pela internet, tem grandes chances de sucesso. Entre as áreas mais promissoras desse setor está a inteligência sobre comportamento do usuário e suas intenções de compra."
FLÁVIO PRIPAS, SÓCIO-FUNDADOR DA FASHION.ME, REDE SOCIAL DE MODA

Fonte: Revista PEGN
13/07/2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012