quinta-feira, 27 de abril de 2017

Como a disrupção está redefinindo a liderança

Como a disrupção está redefinindo a liderança






Estudo inédito da escola de negócios IMD mostra as qualidades essenciais para os líderes na era digital







 Michael Wade19 de abril de 2017


Imagine que você é um executivo supervisionando a conta de varejo em uma grande empresa de serviços financeiros. Somado aos desafios normais que você enfrenta como um dos líderes da empresa, você é confrontado com uma miríade de outros novos. Suas principais linhas de atuação em negócios, contas-poupança, empréstimos, hipotecas, pagamentos e transações cambiais estão sendo atacadas por fintechs bem financiadas. Novos gigantes digitais, como Apple, Google, Alibaba e Amazon estão começando a ganhar força no seu território. Você tenta pensar em novas tecnologias potencialmente disruptivas, como blockchain e machine learning. O desejo de se tornar mais digital existe, mas você tem problemas em recrutar os talentos certos. Velocidade é importante, mas seus sistemas e processos estão constantemente atrasando você. O que você deveria fazer?
Esse exemplo não é um caso isolado ou hipotético. A disrupção atualmente está acontecendo em uma escala e velocidade sem precedentes na história moderna. Desde o setor bancário ao varejo, mídia, logística, manufatura, educação, serviços profissionais e ciências da vida, as tecnologias digitais e modelos de negócios são verdadeiras indústrias em todo o globo, e os líderes estão tendo dificuldade em lidar com isso.
A liderança certa é fator crítico para organizações prosperarem nas águas agitadas das rápidas mudanças da tecnologia e dos modelos de negócios. Mesmo assim, como deveríamos definir liderança nesse ambiente? Será que 80 anos de pesquisa na área de liderança continuam relevantes diante dessa disrupção? Ou as coisas, afinal, mudaram?
Acredito que sim. Uma nova pesquisa do Global Center for Digital Business Transformation, uma iniciativa da escola de negócios IMD e Cisco, e a consultoria metaBeratung mostra que certos atributos da liderança são especialmente importantes para atender às demandas de ambientes de negócios disruptivos. Os resultados também demonstram que relativamente poucos líderes, hoje, possuem esses atributos.
O relatório Redefining leadership for a digital age (Redefindo liderança para uma era digital), traz informações de uma pesquisa global junto a mais de mil executivos de 20 diferentes setores. Os dados revelam que, apesar de 92% dos líderes terem afirmado sentir a força total da disrupção digital, menos de 15% deles disseram estar "bem preparados" para guiar suas empresas pelo olho da tempestade digital.
Portanto, como os líderes estão se preparando não apenas para sobreviver, mas também para avançar na era da disrupção digital? O estudo aponta quatro competências de liderança que são vitais para que os líderes possam enfrentar disrupções digitais em larga escala -- digamos que são competências essenciais.
Primeiro, líderes bem sucedidos na era digital tendem a demonstrar humildade e disposição para buscar diversos inputs -- tanto de dentro da organização quando de fora dela. Na quase ubiquidade do mundo de hoje, com a disponibilidade de internet e mídias sociais, os funcionários dentro de uma empresa têm acesso de forma igualitária às informações e podem, na verdade, ter conhecimentos específicos sobre algo mais profundos do que seus próprios líderes. Encorajar e desenvolver essas equipes é algo que pode compensar a ausência de expertise dos executivos -- desde que eles estejam dispostos a ceder terreno para a equipe. Líderes precisam estar confortáveis em não saber as respostas e ter disposição para admitir isso. Como disse um CEO britânico de forma sucinta: "contrate os melhores. Confie neles".
Enquanto a humildade permite que os líderes estejam mais abertos a novas ideias e inovações, ser adaptável é um fator crítico em um ambiente complexo e em constante mudança. Sem ela, a capacidade de resposta à disrupção digital fica severamente restrita. Um líder humilde e adaptável está disposto a mudar a própria mente, e então comunicar essa adaptação aos funcionários e colegas. Como um líder afirmou, "é preciso ter certeza de que você está pronto para corrigir decisões erradas ou fracas. Você precisa estar pronto para dizer 'tudo bem, ontem eu disse esquerda e hoje, baseado nisso, iremos para a direita'. Não é necessário tomar esse comportamento como uma fraqueza pessoal. É uma necessidade do ambiente atualmente". O alcance global das tecnologias digitais abriu novas fronteiras para as organizações, encolhendo divisões e apagando limites tradicionais entre territórios. Lidar com rápidas mudanças culturais e impactos nos negócios requer adaptabilidade.
Para qualquer líder, ter uma visão clara e articulá-la bem é uma competência fundamental. Mas em tempo de mudanças rápidas nas tecnologias e nos modelos de negócios, com oportunidades pipocando de todos os lados, torna-se crítica. A completa imprevisibilidade dos negócios hoje significa que as abordagens analíticas tradicionais estão falhando em garantir estratégias definitivas de longo prazo nas quais os líderes confiavam no passado. Em tempos de mudanças rápidas, as pessoas precisam estar inspiradas por uma forte visão. Adaptabilidade sem visão pode levar a mudanças sem direção. O CEO da General Electric Jeff Immelt configurou uma visão clara para que a companhia se tornasse líder global mesmo na era da internet, em que não há nenhum mapa preciso mostrando como chegar lá.
A última competência é o engajamento bem-sucedido com clientes, parceiros, fornecedores, empregados e com o amplo ecossistema. Em sua essência, líderes digitais são bons ouvintes, têm vontade de explorar, descobrir, aprender e discutir com os outros. Eles escutam seus clientes e parceiros; suas equipes e seus colegas com humildade e disposição a mudar de ideia. Eles garantem um constante intercâmbio de informações e encorajam is funcionários a desafiar suas próprias visões e opiniões, e eles configuram e ajustam visões corporativas baseados nessas trocas.

Os conflitos recentes de organizações como a Sears, Ericsson e Radioshack nos lembram que nenhuma empresa ou líder está imune à força das mudanças tecnológicas. Esses líderes, que podem aperfeiçoar a humildade e a adaptabilidade e articular suas visões de forma bem sucedida através do engajamento ativo, terão melhores chances de passar no teste do tempo. A essas pessoas chamamos Líderes Ágeis. São eles que não irão parecer com velhas fotografias de Polaroid, que se desvanecem.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

4 filmes essenciais para quem quer falar melhor em público

4 filmes essenciais para quem quer falar melhor em público
Psicóloga e coach mostra como aproveitar os ensinamentos dos filmes para arrasar na hora da apresentação ou da reunião










Redação, www.administradores.com, 21 de abril de 2017, às 14h02


Divulgação














Michael Fassbender como Steve Jobs no filme homônimo de 2015

Quando é preciso se apresentar em uma reunião ou palestra, muitas pessoas sentem o corpo suando, as mãos tremendo, sentem até mesmo, certa falta de ar e ainda podem ter um “branco” sobre o que falar. A psicóloga Gislene Isquierdo, master coach e especialista em desenvolvimento humano, explica que é possível vencer todos esses obstáculos.
“Se você quer sentir-se seguro, passar confiança e credibilidade, e mais, se você quer conquistar o verdadeiro efeito UAU ao se apresentar em público, precisa valorizar os seus pontos positivos e melhorar a autoconfiança” conta Gislene. A especialista explica que falar em público, não é só uma questão de passar uma informação e ser ouvido, mas se apresentar e encantar as pessoas, fazendo com que elas te vejam e digam: Uau! Para facilitar, ela indica 4 filmes que podem ajudar qualquer pessoa falar melhor em público:

1 - Sociedade dos Poetas Mortos
O filme de 1989, estrelado pelo astro Robin Williams, conta a história de um professor que, ao chegar na Academia Welton, escola preparatória para garotos, mexe com as estruturas tradicionais do colégio por estimular os jovens. Em diversos momentos, ele pede que os alunos se movimentem, seja subindo na mesa ou chegando perto do quadro de fotos de ex-alunos. Segundo a psicóloga, durante uma palestra ou apresentação é importante estimular ação no público. “Exigir algum tipo de movimentação da audiência faz com que eles saiam da passividade e assumam uma postura ativa”, explica Gislene. “Isso garante a participação das pessoas, que se sentem convidadas a participar de verdade de sua apresentação”.

2 - O Discurso do Rei
O filme britânico de 2010 gira em torno das tentativas do rei George VI, da Inglaterra, para superar seu pavor de falar em público e conseguir liderar a nação em um período difícil: a 2ª Guerra Mundial. “Esse filme prova que até mesmo a gagueira e o maior de todos os medos de falar em público podem ser vencidos com treino e dedicação suficientes”, explica a psicóloga. Além disso, ela destaca que se trata de uma história real. “Mesmo que você tenha pânico de falar em público, quando você tem um motivo realmente importante para vencer esse medo e busca uma ajuda adequada, você consegue”, completa.

3 – Steve Jobs
O filme de 2015, que conta com o ator Michael Fassbender como um dos maiores empreendedores da história recente, mostra a vida do homem sempre nos bastidores de suas principais apresentações. Ao longo do filme, o espectador compreende cada vez mais a importância de se preparar. “A Apple sempre valorizou as apresentações dos produtos, e isso mostra o quanto é importante não apenas fazer algo de qualidade, mas saber como apresentar seu trabalho para os outros”, explica a especialista, destacando a importância de ter paixão pelo assunto que vai ser apresentado e desenvolver a habilidade de contar histórias. “Além disso, Steve Jobs sabia transformar a apresentação em um espetáculo e praticava exaustivamente”, ensina.

4 - Obrigado por Fumar

A comédia irônica de 2005 conta a história de Nick Naylor, interpretado pelo ator Aaron Eckhart, que trabalha como lobista para a Academia de Estudo do Tabaco e tem como principal objetivo convencer as pessoas de que o cigarro não é algo ruim. Apesar de não ser muito correto eticamente, o protagonista passa ensinamentos interessantes a quem precisa falar em público: autoestima e desenvoltura. “Com os argumentos bem trabalhados e bastante prática, é possível transformar o seu discurso em uma estratégia de venda impactante”, resume, destacando o poder de persuasão de uma apresentação com gestual e entonação bem trabalhados.