terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Inovação: competitividade do início ao fim

Especialista aponta dicas essenciais para colocar uma empresa no caminho da inovação e competitividade

Ter a inovação como diferencial competitivo já é o objetivo de grande parte dos gestores brasileiros, mas ainda existe uma carência de práticas capazes de criar uma cultura de inovação nas companhias.

Em uma pesquisa realizada pela consultoria Innoscience com cerca de 80 executivos, 91% dos entrevistados colocaram a inovação entre as 10 maiores prioridades de sua empresa, porém apenas 23% identificam a existência de um ambiente favorável à proposição de ideias, baixa aversão ao risco e reais incentivos para inovar.

Segundo Jaime Troiano, presidente do Grupo Troiano de Branding, o conservadorismo afeta muito a capacidade inovadora das empresas brasileiras. Para ele, é fundamental que as companhias passem a apostar em estratégias que façam a inovação presente no dia a dia de suas equipes.

“Para ser efetiva, a inovação deve ser encarada como uma filosofia a ser seguida por todos os funcionários e estimulada pelos líderes o tempo todo.”, afirma Troiano.

O especialista aponta algumas dicas essenciais para que a empresa passe a modificar seu ambiente interno a favor da inovação.

1) Não puna por decisões erradas. Muitas empresas perdem seu caráter inovador pelo medo de arriscar. Ao invés disso, crie um ambiente onde trabalhar “fora da caixa” seja algo valorizado e desejado.

2) Antecipe os erros. Hoje a inovação está muito ligada à velocidade do mercado, portanto, quanto antes puder encarar a possibilidade do erro ao arriscar, mais rápido poderá se reestabelecer e dar a volta por cima.

3) Estabeleça metas para que novas ideias, produtos e serviços sejam inclusos no plano de negócios e passem a representar uma parte relevante das operações da empresa.

4) Não confunda inovação com tecnologia.  É um erro muito comum achar que somente as novidades digitais são capazes de trazer inovação à empresa ou marca. “A bebida H2O, da Pepsico, abriu uma nova “gaveta” na cabeça dos consumidores e virou um exemplo de uma profunda inovação em um mercado que era até então, dominado pelos tradicionais refrigerantes”, lembra Troiano.

5) Tenha líderes inovadores. Para fazer parte da rotina das equipes, é fundamental que a inovação seja, antes de tudo, a busca de todos os executivos da empresa.

6) Comunique. Ser inovador na oferta de seus produtos e serviços é a melhor forma de demonstrar a capacidade de inovação da empresa ao público. Porém, lembre-se de que marketing e comunicação agregam, mas por si só não criam uma empresa inovadora.

7) Tenha uma carta na manga. Tão importante quanto pensar em inovação o tempo todo, é saber identificar os momentos estratégicos para levar as novas ideias ao mercado. Pesquise qual o grau de envolvimento dos consumidores com a marca no momento e quais têm sido as ações da concorrência.


Conexão de ideias Empresa/Cliente

Historicamente, as grandes ideias quase nunca surgem de um surto repentino de inspiração, mas de ideias complementares de duas ou mais pessoas.

Essa é a lógica do projeto que a Algar Telecom firmou em parceria com a Inventta para o desenvolvimento do seu portfolio de novos produtos para 2012: identificar as demandas de seus clientes para criar soluções mais direcionadas e com maior apelo de mercado.

Com um workshop para as equipes de marketing e novos produtos e visitas técnicas, a empresa conseguiu identificar e ratificar uma série de necessidades, além de colher novas e importantes percepções dos clientes.

“Depois de reunir todo esse material, foi promovida uma sessão de geração de ideias em que surgiram 240 propostas, das quais 12 se transformaram em sugestões de novos produtos”, relata Laura, que foi gerente do projeto pela Algar.

Na última fase, 30 clientes foram convidados a ir até a sede da empresa, para participar de mesas-redondas e conhecer as soluções criadas. Além de serem apresentados às propostas e de darem sugestões, eles também tiveram oportunidade de votar nos produtos que mais despertaram seu interesse.

“Coletamos dados qualitativos e quantitativos a respeito dos produtos, o que nos permitiu uma filtragem e uma seleção final de nove soluções”, conclui Laura.


Fonte: Portal HSM
14/02/2012

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