Entenda os conceitos do chamado "tripé da sustentabilidade"
"Medir a "sustentabilidade" de uma empresa ou buscar crescer de forma sustentável, com resultados mensuráveis, não é uma tarefa tão simples" |
Com a ideia de sustentabilidade em alta, tanto para negócios em geral, quanto para organizações sem fins lucrativos e governos, perguntas relacionadas ao assunto se tornam mais frequentes. Empresas e empreendimentos buscam tornar contemporânea sua ação no mercado e sociedade, seguindo a tendência para um futuro próximo de que o consumidor se tornará cada vez mais responsável, exigindo conhecer o impacto econômico, social e ambiental de seus padrões de consumo e dos produtos que escolhe.
Organizações na Europa e Estados Unidos já têm percebido e acolhido essa tendência, buscando apresentar seus resultados em triplo critério, isto é, considerando esses três aspectos: ambiental, social e econômico. Esse tripé da sustentabilidade ou Triple Bottom Line, conceito também conhecido como 3 Ps da Sustentabilidade (People, Planet , Profit, ou em português, PPL, Pessoas, Planeta, Lucro), abarca a ideia de que essas três dimensões precisam interagir de maneira holística para que os resultados de uma empresa de fato lhe atribuam o título de sustentável dentro dessa lógica.
Dados apontam quem 68% das multinacionais da Europa Ocidental fazem seus relatórios nesse esquema, medindo resultados em termos sociais, econômicos e ambientais, enquanto nos EUA a porcentagem é de 41%. Por enquanto, nenhuma empresa é obrigada por lei a apresentar seus resultados dessa maneira, é uma escolha da própria organização comprometida com o desenvolvimento sustentável.
Medir a "sustentabilidade" de uma empresa ou buscar crescer de forma sustentável, com resultados mensuráveis, não é uma tarefa tão simples, e era ainda mais difícil antes da ideia de Triple Bottom Line. O responsável por esse quadro conceitual é o norte-americano John Elkington. No artigo "O tripé da sustentabilidade: O que é e como funciona?" (originalmente escrito em inglês e chamado "The triple bottom line: What is it and how does it work?"), o doutor e Diretor de Análise Econômica do Centro de Pesquisa em Negócios de Indiana, Timothy F. Slaper, e a Analista de Pesquisa em Economia, Tanya J. Hall (ambos da Universidade de Indiana de Negócios Kelley) abordam o assunto de forma extensa.
Os autores comentam sobre a importância de Elkington na construção de um método pragmático e eficaz na medição da sustentabilidade no ambiente corporativo. "John Elkington se esforçou para fazer 'medições' de sustentabilidade em meados dos anos 1990 englobando um novo esquema conceitual. Esse esquema foi além de métodos tradicionais que mediam lucros, retorno sobre investimento e valor para o acionista, incluindo fatores ambientais e dimensões sociais", afirmam os estudiosos no artigo. A questão aqui é ver a sustentabilidade e sua mensuração como a análise do impacto das atividades da empresa, organização ou nação no mundo ao seu redor.
A definição dos 3 Ps não é tão difícil, mas a forma de medir os três aspectos é que não é unânime. Os lucros podem ser mensurados de forma exata, mas os dois outros aspectos são mais subjetivos. De maneira geral, porém, o capital humano poderia ser analisado em termos de salários justos, adequação às leis trabalhistas, preocupação com o bem-estar dos funcionários. O aspecto ambiental seria visto nas ações práticas da empresa para diminuir seu impacto ecológico negativo e compensar o que não pode ser amenizado. Como quer que seja feita essa análise, o fato é que empresas que optam por buscar resultados que integrem os 3 Ps estão saindo na frente no que concerne aos negócios no século 21.
Fonte: Portal Administradores.
Um comentário:
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