Inteligência
Emocional e Administração do Pensamento: alguns pontos que fazem a diferença
entre o sucesso e o fracasso
Inteligência
emocional é uma competência e, como tal, pode ser, ou até melhor, precisa ser
desenvolvida. Ela tem um papel extremamente importante para a realização de qualquer pessoa
Existe muita confusão sobre o que seja inteligência
emocional. Para começar, inteligência emocional não é um fim em si mesmo, mas
um meio, e tem a ver com a capacidade de administrar as próprias emoções de
forma que possam contribuir positivamente para se alcançar a realização dos
próprios sonhos em todas as áreas da vida, como profissional, afetiva, familiar
e social. Pecados capitais, em termos de inteligência emocional, podem provocar
o que aconteceu com Zinedine Zidane na Copa do Mundo de Futebol de 2006, ou com
Jack Welch na compra da empresa Kidder Peabody, negociação que redundou num
prejuízo de 1,2 bilhões de dólares para a GE. E Welch quando refletiu para
identificar as razões do seu erro, constatou que em função dos seus êxitos
anteriores, havia se tornado orgulhoso e que a linha que separa a autoconfiança
do orgulho é muito tênue. O que significa que mesmo pessoas extremamente
competentes quando cometem pecados capitais em termos de inteligência emocional
podem cometer erros de grande monta. E entre os pecados capitais da
inteligência emocional estão a agressão e aquilo que chamo de VOA: vaidade,
orgulho e arrogância.
O que deve ser entendido é que a inteligência
emocional não deve ser considerada como tendo valor em si. Ela é um fator
extremamente relevante, mas dentro de uma abordagem holística e sistêmica. Caso
se considere a importância da inteligência emocional em si, corre-se o risco de
distorcer todos os outros fatores que contribuem para o sucesso, não só de uma
pessoa, mas também de uma organização. Assim, vale uma música do compositor
Billy Blanco: O que dá para rir também dá para chorar
Quatro pontos que precisam ser destacados
1. Inteligência emocional é uma competência e como tal pode ser, ou até
melhor, precisa ser desenvolvida. Ela tem um papel extremamente importante para
a realização de qualquer pessoa;
2. A melhor forma de se entender inteligência emocional não é digital, ou seja, se a pessoa tem ou não tem, mas analógica, isto é, numa escala de zero a dez, qual o nível de inteligência emocional da pessoa. E aí é fundamental saber avaliar;
3. Tudo na vida importa em decisão e ação. Assim, o que somos hoje é fruto das decisões e ações do passado e o que seremos amanhã será consequência das decisões e ações do presente. E sem inteligência emocional, o processo de decisão e ação fica extremamente comprometido;
4. A inteligência emocional é uma consequência da administração do pensamento
2. A melhor forma de se entender inteligência emocional não é digital, ou seja, se a pessoa tem ou não tem, mas analógica, isto é, numa escala de zero a dez, qual o nível de inteligência emocional da pessoa. E aí é fundamental saber avaliar;
3. Tudo na vida importa em decisão e ação. Assim, o que somos hoje é fruto das decisões e ações do passado e o que seremos amanhã será consequência das decisões e ações do presente. E sem inteligência emocional, o processo de decisão e ação fica extremamente comprometido;
4. A inteligência emocional é uma consequência da administração do pensamento
Inteligência emocional e administração do
pensamento
Mas para quem quiser ter uma compreensão maior é
importante entender o conceito de cérebro trino do neurocientista Paul MacLean.
E, em decorrência, que existe uma relação pensamento, emoção, ação, resultados.
Assim, é sempre preciso enfatizar que antes de uma emoção tem uma conclusão e
um significado, ou seja, um pensamento. Portanto, a emoção é consequência das
conclusões e interpretações que uma pessoa faz. E neste sentido é importante
registrar que o cérebro não sabe a diferença entre uma experiência real e uma
experiência vividamente imaginada. Assim, se uma pessoa imaginar que um
gafanhoto é um perigo, ela vai sentir um tremendo medo sempre que vir um
gafanhoto. Mas a isto também se pode acrescentar as âncora ou gatilhos. Gatilho
é uma relação estímulo-resposta que dispara uma emoção, como nos casos das
fobias, e pode-se ter fobia de tudo na vida, de elevador, gafanhoto ou viajar
de avião.
O que deve ser enfatizado é que todas as pessoas
têm objetivos e para se alcançar os objetivos é importante se perguntar quais
são todas as condições necessárias e suficientes para se ter sucesso. E não
resta a menor dúvida de que saber administrar as próprias emoções é
fundamental.
Qual a importância da inteligência emocional no
ambiente de trabalho?
Para que se possa entender a importância da
inteligência emocional no trabalho é preciso que se entenda de organização e de
comportamento organizacional. Caso contrário, pode-se ter um enfoque
completamente simplista e, pior do que tudo, distorcido. Assim, toda empresa é
um sistema sociotécnico que visa a sobrevivência, expansão e sinergia. E entre
os parâmetros relevantes está o clima e a cultura organizacional. A
inteligência emocional tem a ver com o clima e a cultura organizacional. E a
cultura pode ser defensiva, neutra ou de apoio. A inteligência emocional é um dos
fatores relevantes para que se tenha uma cultura organizacional de apoio e,
consequentemente, contribui para a solução dos conflitos e para a efetividade
das negociações internas de uma empresa. E o que deve ser considerado é que
numa empresa se passa boa parte do tempo negociando, e há até quem diga que se
passa mais de sessenta por cento do tempo em negociações. E a inteligência
emocional é um dos fatores importantes para que se tenha sucesso numa
negociação, devendo-se sempre considerar que não é o único fator relevante.
Que comportamentos indicam que o profissional tem
inteligência emocional?
O que deve ser enfatizado que não é ter ou não ter,
mas de zero a dez, qual o nível de inteligência emocional de uma pessoa. E
entre os pontos que devem ser considerados para avaliar o nível de inteligência
emocional de uma pessoa estão:
1. Saber trabalhar em condições de adversidade e com a Lei de Murphy. É
muito fácil ser bom marinheiro em mar de almirante;
2. Saber ouvir e dialogar. Nas empresas existem muitos monólogos. Ninguém ouve ninguém. Assim, uma reunião que poderia ser feita em trinta minutos leva duas horas e no final ninguém sabe o que foi resolvido;
3. Saber resolver conflitos e alcançar objetivos através de negociação, sejam negociações internas ou externas. Um dos maiores indicadores do nível de inteligência emocional é se a pessoa sabe ou não sabe negociar;
4. Ter foco. Existem vários tipos de foco distorcidos, como o foco caótico, equivocado, contaminado e bode cego;
Saber dar significados relevantes para as coisas. Um dos fatores determinantes de uma emoção é o significado que se dá para as coisas;
5. Saber persuadir, respeitando a outra pessoa;
6. Saber conviver e admitir os próprios erros. Não negar, não se torturar, ou culpar os outros.
2. Saber ouvir e dialogar. Nas empresas existem muitos monólogos. Ninguém ouve ninguém. Assim, uma reunião que poderia ser feita em trinta minutos leva duas horas e no final ninguém sabe o que foi resolvido;
3. Saber resolver conflitos e alcançar objetivos através de negociação, sejam negociações internas ou externas. Um dos maiores indicadores do nível de inteligência emocional é se a pessoa sabe ou não sabe negociar;
4. Ter foco. Existem vários tipos de foco distorcidos, como o foco caótico, equivocado, contaminado e bode cego;
Saber dar significados relevantes para as coisas. Um dos fatores determinantes de uma emoção é o significado que se dá para as coisas;
5. Saber persuadir, respeitando a outra pessoa;
6. Saber conviver e admitir os próprios erros. Não negar, não se torturar, ou culpar os outros.
Quais comportamentos que um profissional deve
evitar, pois indicam falta de inteligência emocional?
O profissional deve estar focado em resultados e na
relação: objetivo, ação, feedback, e isto é, cibernética. Sempre lembrado que o
cérebro é um mecanismo cibernético, ou seja, buscador de objetivos. E quem fica
só preocupado com inteligência emocional, que é um fator bastante importante,
sem a menor sombra de dúvidas, pode acabar perdendo o foco. A inteligência
emocional é situacional e assim, aquilo que pode indicar pouca inteligência
emocional num contexto por ser muita inteligência emocional em outro. Todas as
emoções são válidas dentro da intensidade adequada e no contexto apropriado,
sejam afeto, raiva, medo, alegria e tristeza. Mas o mais importante é saber o
que realmente quer. São os seus sonhos, a sua visão do futuro, que vão
determinar o sentido e o significado da sua vida.
E para quem quiser saber mais sobre inteligência
emocional aplicada e administração do pensamento, inclusive a importância das crenças
e das mentes consciente e inconsciente, é que escrevi dois e-books: O
Poder da Ação Inteligente e
As
opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem
necessariamente a opinião doAdministradores.com.br.
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Sobre o autor
J.Augusto Wanderley
Treinamentos inteligentes em: (1) Negociação Avançada; (2) Autogestão
Pessoal voltada para a excelência; (3) Liderança. Autor do livro Negociação
Total 23ª edição, (recomendado no site da Revista Exame entre os livros para
quem quiser negociar melhor).
Mais de 20 anos de experiência e condução de mais de 1000 Seminários para mais de 20.000 participantes em empresas e instituições como: Vale, Ibmec, Ambev, FGV, Petrobras, Embratel, Aracruz, Usiminas, BNDES, Finep, Bayer, AmBev, Belgo Mineira, Mercedes-Benz, Rhodia, Sabesp, Fiat, Nestlé, Furnas, Shell, SEBRAE, Chesf, Correios, Peugeot, INAp, TV Globo e Globosat.
Mais de 20 anos de experiência e condução de mais de 1000 Seminários para mais de 20.000 participantes em empresas e instituições como: Vale, Ibmec, Ambev, FGV, Petrobras, Embratel, Aracruz, Usiminas, BNDES, Finep, Bayer, AmBev, Belgo Mineira, Mercedes-Benz, Rhodia, Sabesp, Fiat, Nestlé, Furnas, Shell, SEBRAE, Chesf, Correios, Peugeot, INAp, TV Globo e Globosat.
Palestrante nos I, II, III e VIII Congressos Latino-Americano de
Programação Neurolinguística, III Simpósio Internacional de Coaching, 1º
Congresso Nacional de Terceirização e Gestão de Serviços, 13º Congresso
Nacional de Remuneração e 35º Congresso Nacional de Recursos Humanos - CONARH.
Treinamentos inteligentes para o desenvolvimento de competências
essenciais:
1. Negociação Total - Um Programa Avançado
2. Autogestão Pessoal e Excelência de Desempenho: Uma Nova Maneira de
Ver, Decidir e Agir
3. Liderança, Coaching e Desenvolvimento de Equipe com Foco em
Resultados
4. Formação de Gestores
5. Consultoria para preparação de negociações: procedimentos e práticas
de alta efetividade
Para contato: email jawander@jawandeley.pro.br e site: www.jawanderley.pro.br
No site você encontra artigos, vídeos e testes.
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