terça-feira, 5 de abril de 2011

A busca do sucesso pelas micro e pequenas empresas

Consultor fala sobre o desafio de inovar das pequenas e médias empresas.

Quando falamos em organizações familiares é comum lembrarmos de companhias comandadas por pais, filhos e pessoas com estreito relacionamento afetivo.

Ao mesmo tempo em que dirigem os negócios, procuram superar as diferenças que, muitas vezes, começam em casa e culminam no ambiente de trabalho. A grande maioria das empresas instaladas no País possui estrutura familiar.

De acordo com estatística do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), cerca de 70% das empresas brasileiras caracterizam-se como familiares.

Deste total, a maioria é de pequenas e médias (MPEs). Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS, 2008), que retratam a realidade no Rio Grande do Sul, já existem 691.626 MPEs, o que corresponde a 99,3% do total de empresas do Estado, que é de 696.374.

Ao longo dos anos, as MPEs mudaram a sua forma de atuação, tanto na gestão quanto na forma de negócio. O principal motivo está atrelado à transformação e ao crescimento da economia brasileira, que passou a buscar, cada vez mais, por profissionais capacitados e usufruir de novas tecnologias para facilitar e ampliar o rendimento dos negócios.

O reflexo do novo pensamento e formato de atuação dessas empresas pode ser analisado em regiões em constante crescimento no interior do Rio Grande do Sul, como em Canoas, onde, recentemente, com o auxílio da Prefeitura e em parceria com empresários da região, surgiu um verdadeiro pólo logístico.

Outro exemplo em potencial é o parque tecnológico da região do Vale do Rio dos Sinos, que surgiu por meio de incentivos de integração regional ao empreendedorismo e da criação, atração, instalação e desenvolvimento de empresas para a diversificação econômica.

Nestes dois modelos, que servem de inspiração para as demais regiões do Sul e do Brasil, podemos verificar que busca por inovação e novas tecnologias passaram a ser pontos fundamentais para o bom desempenho de uma empresa. De fato, a inovação agrega valor ao negócio e é uma ferramenta essencial para o aumento da competitividade no mercado.

O governo, por sua vez, busca modelos de negócios e parcerias em território nacional e no exterior para ampliar o comércio na região. Entre outros projetos estão o fortalecimento de políticas de Estado para apoio às universidades e ao desenvolvimento de pesquisas e conhecimento em inovação e em novas tecnologias.

O uso da tecnologia possibilita que as empresas tenham uma visão mais profissional e estratégica no mercado, atuando com modernidade e com a consequente ampliação do raio de atuação.

Entre os benefícios estão o melhor posicionamento da imagem da empresa e questões antes não desenvolvidas, como as que referem ao meio ambiente, redução de consumo e motivação profissional, passam a entrar na pauta de discussões em reuniões da empresa.

Assim, ocorre um movimento natural de preocupação com o funcionário e o próprio consumidor final, opinião considerada a mais importante para o sucesso e o fortalecimento de uma empresa no mercado.

Inseridas nesta nova dinâmica, as MPEs passam a ter um crescimento contínuo, que acaba por elevar o tempo de vida da companhia. A preocupação em se manter no mercado é redobrada, já que dados do SEBRAE apontam que 60% das MPEs fecham as portas até o segundo ano de existência.

Entre os motivos estão a falta de conhecimento administrativo e desinformação do mercado. Neste último, a empresa não inova e acaba por bater de frente com uma forte concorrência.

Com conhecimento e planejamento, o uso das novas tecnologias se transformam em fortes aliadas das MPEs e resultam em redução de tempo e custo, ampliação de atividades, diversificação de serviços, retenção de talentos e, principalmente, em lucro e sucesso para os micro e pequenos empreendedores.


Daniel Kara (Responsável pela unidade de Porto Alegre, da Acesso Digital)

Portal HSM
30/03/2011




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