domingo, 25 de novembro de 2012

A estratégia do cheque em branco

Como Tang virou uma marca de US$ 1 bilhão

Ante o desafio de reerguer as vendas do suco Tang, a Kraft Foods adotou uma estratégia ousada: deu um cheque em branco aos gestores da marca em países-chave, como Brasil, México e Filipinas. Traduzindo: em 2007, os gestores foram incentivados a pensar em estratégias ousadas, sem limite de orçamento.
 
Os resultados foram extraordinários. Em cinco anos, Tang duplicou as vendas nos mercados fora dos Estados Unidos e virou uma das poucas marcas da empresa com faturamento superior a US$ 1 bilhão anual. Uma das ações que levaram a isso foi o desenvolvimento de novos sabores locais (no Brasil, graviola, jabuticaba e cajá). O projeto também fomentou estratégias de marketing como a bem-sucedida campanha “Preparou, Bebeu, Faz” no Brasil, que envolveu o público juvenil no movimento de sustentabilidade. “Dar um cheque em branco ao Tang nos permitiu pensar de forma diferente”, diz Gustavo Abelenda, presidente da Kraft na América Latina.
 
“O cheque em branco serve para financiar apostas grandes, portanto é importante que elas sejam escolhidas cuidadosamente”, escreveu Sanjay Khosla, presidente de mercados em desenvolvimento da Kraft, no artigo Blank Checks: Unleashing the Potential of People and Businesses (“Cheques em branco: liberando o potencial de pessoas e negócios”), na revista Strategy+Business. O segundo ponto crucial da estratégia é selecionar bem o pessoal, pois, em última análise, o cheque é uma aposta em pessoas. O terceiro passo é a definição de objetivos e planos de ação. Por fim, o monitoramento de resultados. “Os gestores de negócios devem estar focados na definição de objetivos ambiciosos, não em orçamentos e recursos”, afirma Khosla.



Fonte: Época NEGÓCIOS
25/11/2012

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