quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quando o “departamento financeiro” do seu corpo decide fazer ajuste fiscal

Horários incomuns de trabalho podem afetar sistema imunológico e gerar doenças crônicas

“ – Dr. Irineu. Estou com dores no corpo e nas articulações. Acho que ao querer carregar o mundo nas costas o peso dele realmente caiu em cima de mim.”

Essa queixa comum a vários executivos sobrecarregados mostra como o organismo é semelhante a uma empresa, onde, ao tentar se equilibrar sem corrigir a operação, o ajuste acaba por provocar problemas em áreas paralelas.

O corpo meio que funciona no método de Liderança Circular, onde as decisões são co-decididas e as ações são co-responsabilizadas, mas um dos membros – aquele por quem a solução decidida surgiu - é empoderado para liderar a ação a ser adotada.

Já falamos do Sistema Neurológico e do Sistema Endocrinológico (Glandular) e como eles se comportam frente ao estresse. Mas aqui quem se empodera e sofre com o estresse que sofremos (ou criamos!?) é o Sistema Imunológico.

A empresa orgânica foi projetada para acordar ao nascer do Sol, sair para caçar, seu momento de máxima energia, e voltar para a caverna antes do por do Sol, quando os processos de geração de energia vão diminuindo até que o cérebro libera o hormônio melatonina (entre 20 e 23h no máximo) para dormirmos e regenerarmos o corpo e o cérebro. E o cérebro é o órgão que mais usa energia no corpo.

Percebeu o problema? O corpo diminui sua geração de energia progressivamente durante o dia (avaliamos pela curva do hormônio Cortisol) e chega ao mínimo durante a noite.

Como o corpo resolve a modernidade de trabalhar das 7 h da manha até as 23h e utilizar o cérebro ao máximo até tarde da noite no trabalho ou no computador em casa? Energia extra.

Ele tem que produzir energia extra, que corresponde a horas extras em uma empresa, a partir do combustível extra que são as proteínas de músculos e colágeno das articulações. O sistema imunológico, como se fosse o departamento financeiro, lê a destruição/gasto como uma agressão e desencadeia um processo inflamatório (defesa) que se define com dor, congestão tecidual e alterações circulatórias e hormonais.

O processo inflamatório consome energia, que faz o organismo precisar de mais energia e aumentar a destruição tecidual. É um processo de retroalimentação e que se não for resolvido acaba gerando doenças crônicas e degenerativas tão diversas, como artrose, hipertensão, diabete e outras.

Por isso é importante desestressar o sistema imunológico, mudar as fontes de geração de energia de tecido ativo para nutrientes específicos e, importante, regular a operação do sistema, que é, no caso, corrigir o estilo de vida do executivo. O corpo trabalha de forma sistêmica. E dentro desse olhar é fundamental entender que seu trabalho, ou sua empresa, não é a meta única final de sua vida.

Sua vida também é um Sistema Complexo onde todas as partes têm que estar em equilíbrio de importância, dedicação e principalmente amor.

Os estudiosos citam três tipos de amor humano; o primeiro é o Ágape, que nos fala da afinidade de ideais espirituais. Aqui podemos colocar o prazer profissional (que nos dá retorno financeiro, de crescimento e de realização) e o prazer transcendente, seja ético, seja espiritual).

O Segundo é Eros, que se relaciona com atração física e desejo. Aqui podemos colocar tanto o prazer pessoal (aquilo que faço para mim sozinho – desde esportes, artes até um retiro) e o prazer familiar (meus pais, esposa e filhos etc.).

O terceiro é Philos, da afinidade mental e cultural. Aqui podemos colocar o prazer interpessoal (aquilo que faço com ou para os outros – sejam amigos, familiares ou interpares).

Todos esses três tipos de amor devem ser desenvolvidos, pois são fundamentais na vida de qualquer indivíduo. Um ser humano evoluído, iluminado pela consciência e sabedoria tem os três amores em equilíbrio e desfrutam de forma saudável os prazeres das interrelações. O exagero em algum desses amores pode causar sofrimento e desequilíbrio.


Fonte: Portal Administradores

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