Em 'Código Y: decifrando a geração que está mudando o país', Marcos Calliari e Alfredo Motta detalham o comportamento do "ípsilon" por meio da economia e do marketing
Livro se propõe a detalhar a Geração Y para os mais velhos (Foto: Divulgação) |
Uma geração que quer "passar de fase". Entre tantas as possíveis definições e explicações sobre o comportamento dos jovens que nasceram entre 1980 e 1995, a chamada Geração Y, foi assim que Marcos Calliari e Alfredo Motta, autores do livro 'Código Y: decifrando a geração que está mudando o país', preferiram detalhar às gerações anteriores o perfil dos “ípsilons”: uma analogia entre o videogame e a vida.
Como a maioria desses jovens cresceu em meio a games, eles se habituaram a ver o mundo de uma forma peculiar. Dentro dos ambientes digitais, quando jogam bem, ganham vidas, conquistam a mocinha, derrotam os vilões e ganham a guerra. Enfim, passam de fase. Se jogam mal, morrem, são explodidos, viram cogumelos, são enviados para outra galáxia como punição. E isso importa, segundo os autores, no mercado de trabalho.
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Esse mesmo “ípsilon”, no âmbito profissional, almeja ter feedbacks constantes, demonstrações de que está jogando bem ou mal, mais flexibilidade em termos de horário e hierarquia e foco em mérito e resultado. Se a corporação não oferece um ambiente propício a esse perfil, o jovem limpa a mesa e dá adeus aos chefes, nas palavras dele “atrasados”, porque a ele sobram oportunidades de emprego e segurança familiar.
Essa é uma das características mais interessantes do livro de Calliari e Motta. O primeiro é economista e trabalhou em companhias como Credicard e Ambev. O segundo é administrador de empresas e atuou na Ambev, na Procter & Gamble, na L’Oreal e na Bombril. Juntos, fundaram, a agência Namosca, especializada em marketing jovem. Em outras palavras, unem economia, marketing e conhecimento sobre o jovem.
Para explicar por que o ípsilon gosta de baladas, é fã do nadador Cesar Cielo e dos atores Selton Mello e Wagner Moura e desacredita da política, os autores contaram um pouco da história política e econômica do Brasil nas últimas décadas.
Na geração de baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964, o contexto era de término da Segunda Guerra Mundial, reconstrução do planeta e carestia. Para os integrantes da Geração X, de 1965 a 1979, educados com firmeza e disciplina às vezes exageradas, dar aos filhos recursos e segurança em abundância soou, em geral, como mais correto. Assim, a família foi a primeira das estruturas a se adaptar à Geração Y.
Se o jovem de hoje pode voltar para casa e ficar sem salários por vários meses sem que haja desconforto, como mantê-lo feliz e interessado por mais tempo na empresa que o emprega? A corporação, agora, tem de absorver esse choque geracional, entender o que a Geração Y busca e se adaptar, como fez a família. Até porque, conforme dizem Calliari e Motta em todo o livro, hoje esses rapazes e moças estão na universidade, em estágios pouco remunerados, mas amanhã estarão à frente das mesmas companhias.
Como livro que se propõe a servir de manual sobre a Geração Y para os mais antigos, os baby boomers e os “xis”, o ‘Código Y’ faz algumas provocações aos mais velhos. Uma tentativa de reduzir preconceitos. Os mais novos são hedonistas, isto é, vivem pelo prazer? Correto, mas isso não faz deles menos responsáveis. Eles são mimados? Menos resilientes, talvez, porém isso também depende da situação econômica de suas famílias.
Assim como Calliari e Motta, Época NEGÓCIOS também quer entender melhor a Geração Y, e por isso precisamos da sua ajuda. Se você é usuário do Facebook e do Google Plus, acesse nossa página e diga as três palavras que melhor definem o “ípsilon”. Os donos da melhor resposta dada no Facebook e da melhor no Google Plus receberão um livro ‘Código Y’ cada. Mas tem de compartilhar, ou não tem jogo.
Fonte: Época NEGÓCIOS
15/08/2012
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