O objetivo do estudo era identificar os elementos em comum dos sonhos individuais e coletivos desse público e delinear os impactos e as perspectivas de suas ações
Encarados como o centro primário de influência da sociedade, por possuírem valores e comportamentos que são aspiração para os mais novos e inspiração para os mais velhos, os jovens com idade entre 18 e 24 anos foram objeto da pesquisa “O Sonho Brasileiro”.
Divulgado na última segunda-feira (13), o levantamento detectou que essa parcela da população tem seus sonhos menos ligados às questões relacionadas ao consumo e mais voltados à formação profissional e ao emprego.
Isso porque enquanto apenas 15% mencionaram a casa própria, 9% o dinheiro e outros 3% carro, moto e eletrodomésticos, 55% desses jovens entrevistados responderam que seus sonhos individuais estão mais ligados à carreira.
O objetivo do estudo era identificar os elementos em comum dos sonhos individuais e coletivos desse público e delinear os impactos e as perspectivas de suas ações.
Carreira
Dentro das respostas relacionadas à formação profissional e ao emprego, 24% estavam relacionadas à “profissão dos sonhos”. E sabe qual é a carreira que a maioria desses jovens deseja ter? A de empreendedor, administrador e montar o próprio negócio, com 4% das respostas.
Em seguida, vieram as profissões de médico, engenheiro e advogado, com 2% das respostas cada. Já os sonhos de ser professor, psicólogo, músico, de seguir a carreira militar, passar em concurso público, ser veterinário e jogador de futebol tiveram 1% das respostas cada uma. As outras profissões totalizaram 7%.
Emprego
Ainda dentro dessas mesmas respostas, 16% delas estavam direcionadas às questões mais funcionais sobre o emprego. Por exemplo, 7% dos jovens entrevistados desejam ter um emprego melhor.
Já 3% deles têm o sonho de alcançar seus objetivos profissionais. As outras respostas citadas foram crescer profissionalmente e ter reconhecimento e conseguir um emprego, ambas com 2%, além de conseguir o primeiro emprego e ter estabilidade, as duas com 1%.
A pesquisa ainda identificou que há uma nova relação entre trabalho e dinheiro. Os jovens não querem mais viver para trabalhar, como seus pais, e sim, trabalhar para viver. E como o trabalho precisa responder a uma vontade de realização pessoal, não apenas uma fonte de renda, esses jovens entram em conflito com seus pais.
Assim, embora estabilidade, carreira e dinheiro tenham sua importância, dividem espaço com outras motivações. Muitos deles, por exemplo, preferem ganhar um pouco menos e ter mais qualidade de vida.
Ensino Superior
Uma descoberta de destaque da pesquisa é que a formação superior é algo muito desejável para os jovens brasileiros.
Entre os 79% com idade entre 18 e 24 anos que não estão ou não passaram pelo Ensino Superior, 77% deles ainda desejam cursar uma faculdade. Outros 6% afirmam que ainda não se decidiram e apenas 16% dizem que não desejam seguir esse tipo de formação.
Sonho coletivo
As respostas que os jovens deram, quando questionados sobre os sonhos para o Brasil, podem ser agrupadas em duas grandes categorias:
v 31% estão relacionadas a sonhos de reparação: sendo que 18% sonham com menos violência e 13% com menos corrupção;
v 28% estão ligadas a sonhos de realização: sendo que 10% desejam mais empregos para o País, outros 10%, mais igualdade racial, e 8%, mais educação.
Fonte: Infomoney/CRA-MG
16/06/2011
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