quarta-feira, 27 de março de 2013

Harvard: sim, você pode

Fazer uma pós-graduação na mais antiga e cobiçada universidade dos Estados Unidos, onde estudaram o atual presidente norte-americano Barack Obama e o gênio nerd do Facebook, Mark Zuckerberg: é difícil, mas é possível




Em 1636 nascia, em Cambridge, a New College, primeira escola de ensino superior dos Estados Unidos. Batizada em 1639 como Harvard College, tornou-se a Harvard University em 1780 e é, hoje, uma das mais respeitadas instituições do mundo. Por lá passaram vários ex-presidentes norte-americanos, como Franklin Roosevelt, John F. Kennedy e George W. Bush. Além desses, a universidade recebeu ainda o atual mandatário do país, Barack Obama, e os gênios nerds Bill Gates (Microsofot) e Mark Zuckerberg (Facebook).
 
Com tanta história e uma galeria de ex-alunos ilustres bem extensa, a Universidade de Harvard só poderia ser, também, a mais cobiçada por estudantes do mundo todo, inclusive do Brasil. Atualmente, 64 brasileiros estão matriculados na instituição, todos em cursos de pós-graduação, sendo que a maior parte deles estuda na escola de negócios, a Harvard Business School.
 
Pelo pequeno número de brasileiros matriculados - em um universo de cerca de 20 mil alunos - dá para perceber que conseguir uma vaga na instituição não é das tarefas mais fáceis. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, até o magnata Warren Buffett foi rejeitado por Harvard. Entretanto, se tem gente que conseguiu, pode até ser difícil, mas não é impossível. Então, como conseguir entrar lá?
 
 
 
 
"É um grande desafio, mas dá para chegar lá", afirma o brasileiro Pedro Henrique de Cristo, aluno do Mestrado em Políticas Públicas de Harvard. O caminho até a universidade norte-americana foi árduo, conta o estudante. Mas, com um bom histórico escolar e acadêmico e boas experiências, conseguiu atingir seu objetivo.
 
"É um grande desafio, mas dá para chegar lá", afirma brasileiro que conseguiu.
 
"Pesquisei tudo que eu precisaria fazer para entrar em Harvard e decidi correr atrás. Eu tinha boas notas no colégio e na faculdade. Daí, consegui as cartas de recomendação e fui fazer as provas. Lá, tive um bom aproveitamento, o que me deixou confiante. Mas, mesmo assim, fiquei pensando: fazer mestrado em Harvard? Tem tanta gente que terminou a graduação por lá, o pessoal de Princeton, de Columbia, gente do mundo inteiro", conta Pedro.
 
 
Como entrar
 
Dificilmente, aqui no Brasil, um menino de 12 anos planejaria estudar em Harvard. Mesmo assim, para conseguir uma vaga na cobiçada universidade, é preciso ser bom desde cedo. O currículo acadêmico não basta, na hora de batalhar por uma vaga em algum dos programas de pós-graduação da instituição. Ter boas notas no histórico escolar pode fazer a diferença.
 
Ter sido um bom aluno, no entanto, é apenas um dos mais básicos pré-requisitos. Nas seleções são exigidos diversos testes, que vão avaliar desde a fluência do estudante postulante no idioma inglês até as aptidões dele para a área de negócios.
 
"É preciso ter boas notas, fazer as provas do TOEFL, GMAT e GRE, apresentar cartas de recomendação de três pessoas que conheçam seu trabalho. Além disso, você tem de escrever três redações e ter um currículo profissional coerente com aquilo que quer cursar lá", explica Pedro.
 
 
Como permanecer
 
No fim das contas, entrar em Harvard é o mais fácil. Manter-se por lá que é complicado. O primeiro ponto, onde muita gente esbarra, é o financeiro. Estudar em Harvard não é nada barato. Então, se você não é rico (bem rico!), mas, mesmo assim, pensa em tentar uma vaga, apresse-se em batalhar por uma bolsa de estudos.
 
A despesa anual em Harvard não sai por menos de US$ 45 mil, segundo informações contidas no site do David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), centro de estudos de Harvard que mantém um escritório no Brasil.
 
No caso do estudante Pedro Henrique, a despesa total dos dois anos no mestrado será de US$ 140 mil, valor que não dá para cobrir somente com a bolsa que ele conquistou. "Eu consegui bolsa integral da Harvard e também da Fundação Estudar, mas, mesmo assim, tive de trabalhar de professor assistente e pesquisador assistente para fechar as contas", afirma Pedro.
 
O esforço, no entanto, vale a pena. Ter Harvard no currículo, sem dúvidas, será sempre um grande diferencial. Conhecida por sua diversidade, a universidade é um espaço extremamente fértil para a profusão de ideias e, por isso, um importante instrumento na formação de grandes profissionais, capazes de pensar diferente. Então, vá em frente. Afinal, não há sonho impossível para quem está disposto a lutar para realizá-lo.
 
Quais são e como funcionam os testes exigidos para entrar em Harvard?
 
 
TOEFL
 
O Test of English as a Foreign Language (em português, Teste de Inglês como uma Língua Estrangeira) é utilizado para avaliar a habilidade do estudante no idioma. A prova é feita ainda no Brasil e a aprovação nela é pré-requisito para admissão na maioria das universidades de países de língua inglesa.
 
 
 
GMAT
 
O Graduate Management Admission Test (em português, Exame de Admissão para Graduados em Administração) é um exame com questões matemáticas e de língua inglesa utilizado para medir as aptidões do estudante na área de negócios.
 
 
 
GRE
 
O Graduate Record Examination é utilizado para avaliar as competências adquiridas ao longo da vida pelo estudante e não tem vínculo com uma área específica de conhecimento. Nele são consideradas variáveis como raciocínio verbal, raciocínio quantitativo e habilidades na escrita. O teste foi criado e é administrado pela Educational Testing Service, que também é responsável pelo TOEFL.



Para saber mais sobre os programas de financiamento oferecidos pela própria universidade de Harvard, visite o site:

 
 
Fonte: Portal Administradores
27/03/2013

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