Sua ideia é brilhante? É sim! Mas será que é escalável? Seu produto ou serviço atende uma necessidade ou resolve o problema de um número “x” de futuros consumidores? Esse segmento de clientes que você pretende atuar enxergará uma proposição de valor clara no que você entrega?
Algumas vezes, essas perguntas nem passam pela cabeça daquelas pessoas que estão apaixonadas pela sua ideia ou em alguma oportunidade que identificou.
Na maioria das vezes as ideias são muito boas, mas não estão alinhadas a uma necessidade real do mercado, e quando isso não acontece, essas ideias já nascem com o dia do enterro marcado.
Nós, brasileiros, somos o povo do “bota pra fazer”, e antes de parar um pouquinho e pensar em como fazer determinada ideia dar certo (estratégia), saímos executando, e então quando vamos para o mercado vender essa ideia, bate o primeiro baque: ninguém quer comprar!
E qual a consequência disso? Aprendizado sim, e talvez, desmotivação. E se você não é persistente como o Thomas Edison, pode acabar desistindo já no início.
O pior dessa história, é que na maioria das vezes as ideias são muito boas mesmo, mas não foram bem trabalhadas, não foram amadurecidas, elas não foram lapidadas com as ferramentas adequadas para um posicionamento correto, e isso demanda tempo, esforço, muitos estudos e um pouquinho de conhecimento sobre business.
Planejar é uma tarefa chata? Para uma grande parte das pessoas sim, mas um mínimo de planejamento é necessário quando estamos falando em ir em busca do “desconhecido”.
Tenho estimulado as pessoas a anotarem todas as ideias, insights e maluquices que vier a cabeça. Seja no bloco de notas do smartphone, num post-it, no moleskine, no caderno da faculdade, na agenda de trabalho, enfim, qualquer lugar. Existem softwares free para a criação de mindmaps (mapas mentais) que são muito bons para guardar e organizar essas ideias.
Um monte de ideias, na cabeça não dá muito certo! Não confie na sua memória!
Ainda mais hoje que recebemos em média 3000 informações por dia, já pensou quantas oportunidades passam diariamente a nossa frente e perdemos? E é assim, a gente esquece, e mesmo que essa ideia não faça sentido naquele momento, ela pode fazer ao se conectar com outra!
É impressionante trabalharmos com abordagens que permitem às pessoas utilizarem mais o lado criativo do cérebro e “viajar” nas ideias. Os resultados são fantásticos!
Tenho aplicado em vários projetos, a abordagem do Design Thinking para a Cocriação de Ideias, seja para a criação de produtos, de serviços ou de modelos de negócios, com o viés da inovação.
Para quem não conhece, a abordagem de “pensar como um designer” traz uma série de ferramentas que tem como principal objetivo trabalhar ideias e solução de problemas do lado de lá, ou seja, com empatia.
Dedicar-se a entender quem é o seu cliente, quais as atividades que pratica e o seu comportamento, lhe permite criar um serviço ou produto mais alinhado às necessidades dele.
O tripé do Design Thinking é a Empatia, a Colaboração e a Experimentação, sendo assim, esse modelo mental permite uma atitude mais assertiva, pois o foco é direto nas pessoas.
Philip Kotler, o papa do marketing, definiu em uma de suas últimas publicações, o livro Marketing 3.0, que as empresas tem como desafio fazer do mundo um lugar melhor e precisam olhar para o mercado enxergando o ser humano em sua plenitude, com coração, mente e espírito e que a proposição de valor das empresas precisa ser: funcional, emocional e espiritual.
Inovação é valor percebido, e trabalhar uma ideia com essa abordagem lhe permite navegar em mares desconhecidos (divergência) e trazer para a realidade algo mais concreto ao final do trabalho (convergência), sem perder a essência da ideia.
Ok, mas os empreendedores ou os executivos que estão trabalhando com sua equipe na construção de algum projeto precisam ser especialistas nessas ferramentas? Não, mas eles precisam acreditar no processo e preocupar-se em dar o melhor de si durante o trabalho de construção colaborativa.
É um desafio, não? Mudança de mindset? Sim!
Assista esse vídeo e entenda:
Fonte: Blog HSM
03/04/2012
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