terça-feira, 13 de março de 2012

Pet, um mercado virgem a ser explorado

Em muitos mercados, a briga entre varejistas e indústrias é de cachorro grande. No negócio de animais de estimação, no entanto, ainda há muito espaço para crescer. Mesmo diante de um faturamento superior a R$ 11 bilhões, o setor é fragmentado e as poucas marcas reconhecidas se restringem às de rações e a de antipulgas. Em sua maioria movidos por necessidade, os compradores são fiéis ao pet shop mais próximo e às marcas a que seu melhor amigo está habituado.

Produtos que não são ração ou remédio, bem como os próprios pontos de venda cuja função não passa pela compra por necessidade, não são reconhecidos, aponta uma pesquisa da GS&MD Gouvêa de Souza apresentada no Fórum Pet Brasil. Ganha quem tem marca forte e/ou recomendada por veterinário. De acordo com o estudo, 63% dos donos de cães são fiéis à marca de ração, enquanto nos que têm gatos este número sobe para 72%.

A influência do veterinário é determinante para a escolha de dois terços dos compradores. Eles não trocam rações nem remédios pelo fato do animal de estimação estar acostumado. Os donos dos pets privilegiam primeiro os produtos com alto valor nutricional, os que têm maior variedade, pelo preço e por promoções. O pet shop é o principal canal de compra. Eles dão maior importância ao atendimento, limpeza, variedade, qualidade dos produtos e ao preço.


Muito a evoluir

O ponto de venda ideal é o que oferece atendimento personalizado. A loja de rua é a preferida. Ela precisa promover demonstrações, ter variedade de produtos e serviços, fácil acesso e atendimento 24 horas. Há ainda a necessidade de marcas multicanais e até de mega lojas, como a Pet Center Marginal. A rede tem 13 pontos de venda em São Paulo, lojas com mais de mil metros quadrados e chega a oferecer até 24 mil opções de produtos. Sergio Zimerman, Diretor Presidente do Grupo, no entanto, reconhece o quanto ainda há para crescer. “Estamos na lanterna dos segmentos mais maduros”.

Desde coleira até snacks, passando por camas e acessórios, não há uma marca reconhecida entre os compradores. Este é apenas um dos pontos de atenção elencados por Luiz Goes, Sócio-Senior da GS&MD Gouvêa de Souza. “Loja ideal é semelhante a uma mega store, existe espaço para o comércio eletrônico, para a formação de uma rede, até de franquias, com o endosso de uma marca forte, e a criação de uma marca própria”, aponta.

Este é o cenário visto em países como os Estados Unidos e em redes de material de construção, outro setor fragmentado. “Fazer marca própria ajuda na construção de uma marca forte e aumenta a rentabilidade. Ah, mas eu vou perder o meu foco? Não, basta escolher um bom fornecedor e parceiro”, aconselha Jorge Letra, Co-Presidente da Dicico Home Center.


Fonte: Blog HSM
13/03/2012

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