Você se considera um gestor eficiente? Está preparado para mudar seu comportamento? Esses são alguns dos questionamentos que fazem parte da rotina de um líder. Mas o que pode levar a essa eficiência e como as empresas têm pensado nisso?
Disseminar a cultura da boa gestão é uma prática que vem aumentando dentro das empresas brasileiras. O superintendente-geral da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), Jairo Martins, cita alguns fatores que têm desafiado as empresas na busca pela excelência:
- ambientes altamente competitivos;
- pressão para redução de custos;
- questões socioambientais;
- crescimento da economia;
- mitigação dos efeitos da crise financeira mundial;
- surgimento de novas oportunidades de negócios, como o pré-sal.
Pesquisa realizada no início do ano pela FNQ com 309 empresas mostra que praticamente todas (99%) das organizações que fizeram parte do estud, acreditam que investir e aperfeiçoar a administração do negócio contribui para aumentar a sua produtividade.
Desse total, 42% investem 2% do seu faturamento em programas permanentes de melhoria de gestão; 13% direcionam um montante acima de 10% e apenas 8% afirmam que não investem financeiramente na busca pela excelência.
Considerando os mais diversos aspectos do negócio, as maiores preocupações das empresas são respectivamente: melhores resultados, relacionamento com cliente e gestão de pessoas.
Chegar aos melhores resultados é um dos grandes desafios da gestão eficiente. De acordo com o professor de Stanford, Jeffrey Pfeffer, gestores devem estar atentos às evidências e não seguirem convenções equivocadas. Isso quer dizer que muitos gestores acabam tomando decisões baseadas em suposições e não em fatos. Tal atitude certamente vai distanciá-lo de um alto desempenho.
O downsizing é exemplo dessas convenções equivocadas. Demitir em massa e voltar a contratar quando as coisas melhoram não faz sentido porque, além de sair mais caro, compromete e perturba os relacionamentos dentro da empresa. Voltar a ter uma equipe motivada e engajada pode levar muito tempo.
Entre as dicas para praticar uma gestão eficiente estão:
- Selecionar sempre com base em fundamentos da empresa que nunca irão mudar, como cultura e valores, por exemplo;
- Apostar sempre na verdade e na responsabilidade. Se um líder não assume responsabilidades, quem é liderado por ele também não assumirá;
- Resolver os problemas em vez de simplesmente apontá-los. Um líder com bom desempenho mostra que o sucesso é possível.
Já a fidelização do cliente, outra preocupação destacada na pesquisa da FNQ, deve ser tratada como uma meta. Afinal conquistar novos clientes é mais caro e trabalhoso que manter os atuais. De acordo com Philip Kotler é muito importante que o cliente se torne um fã para que ele recomende seu produto ou serviço. Permitir que o cliente dê sugestões e novas ideias o transforma em um parceiro.
Outro ponto importante na fidelização é se mostrar ativamente preocupado com questões de interesse comum, como a preservação do meio ambiente, por exemplo. Empresas que pensam na sociedade, independentemente do seu ramo de atuação, tornam-se mais próximas de seus clientes e/ou consumidores.
Entre as organizações entrevistadas pela FNQ, 88% dizem que têm investido recursos não financeiros para melhorar sua gestão, como por exemplo: políticas para capacitar e motivar colaboradores, ações socioambientais e programas de ouvidoria e fidelização de clientes.
Segundo a pesquisa, são três os setores da economia que mais investem e se preocupam com a excelência da gestão: automobilístico, energia elétrica e químico e petroquímico. O desafio brasileiro agora é incluir mais setores nesse ranking. E só uma gestão eficiente pode contribuir para esse crescimento.
Fonte: Blog HSM
05/03/2012
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