Para alguns mercados, o melhor argumento de venda é mesmo a eficiência e especificação do produto
Por: Marcos Bedendo (1)
O Natal é um acontecimento com dois focos: um social e um financeiro. No social, é a época da confraternização, dos presentes, de ficar junto com a família e amigos. Para esta indústria, faz todo sentido pintar produtos de verde e vermelho, estampar a figura do Papai Noel, preparar embalagens especiais. É o evento que termina no dia 25 de Dezembro, impreterivelmente.
O evento financeiro vem da injeção extra de recursos na economia. Para segmentos que são beneficiados por este evento, pouco importa os elementos natalinos. Ninguém troca de televisor para ver o especial de final de ano. Ou troca de carro porque vê o Papai Noel na frente da concessionária.
Os argumentos de venda, nesse caso, são os mesmos de qualquer data – eficiência e especificação do produto, valor da marca, promoções. Só há uma intensificação da concorrência em função da maior quantidade de dinheiro disponível no mercado. E nesse caso, todos concorrem entre si: automóveis, viagens, eletrodomésticos e mesmo serviços financeiros ou o pagamento de dividas.
Há ainda uma grande parcela de negócios que não é impactada pelo Natal. Nesse caso, não há porque forçar uma aproximação com o evento na tentativa vã de aumentar vendas, afinal, o consumidor não vai comprar mais pó de café ou sabão em pó em função da data.
A tentativa de fazer isso soa como ingênua perante o consumidor. Além disso, disputa-se espaço com categorias que de fato crescem em relevância, fazendo qualquer investimento desaparecer no mar de decorações natalinas.
Se o produto não tem vocação para o Natal, não desperdice recursos na época de maior volume de investimentos em comunicação e marketing do ano. É melhor esperar o momento certo.
(1) Marcos Bedendo é professor de Gestão de Marcas e Marketing estratégico dos cursos de Graduação e Pós-Graduação da ESPM
Fonte: Portal HSM
07/12/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário