Larissa Linder, Especial para o Estado

A prioridade dada à experiência prática pode ser até prejudicial.investir em educação e capital humano de forma geral, pode virar um ponto de turbulência em um mar de prosperidade. O Brasil está em um ótimo momento, mas tem de fazer a escolha certa para que o futuro seja próspero também." Para Giannetti, o governo deixa a educação em segundo plano, dando preferência para investimentos em, por exemplo, estradas. "Tem até o PAC, o programa de abuso da credibilidade", disse rindo novamente. Para o economista, faltam nas propostas de campanha atuais questões que envolvam esse investimento em capital humano. Ele lembrou que, segundo o TSE, apenas 53% do eleitorado brasileiro completou o Ensino Fundamental.
Um bom primeiro passo para o País começar a investir nesse capital seria, de acordo com o economista, ter um programa de creches e pré-escolas abrangente e de qualidade. "Protegendo a criança e dando estrutura para ela crescer é um bom começo", afirmou o professor ao Estadão.edu, logo após a palestra. Ele citou que no Estado de São Paulo, apenas 3% dos alunos têm família que o acompanha, cobra, demonstra interesse nos seus estudos. Na entrevista, Giannetti afirmou ainda que considera o Enem um bom termômetro, mas defende que o exame deveria ir além, funcionando como um pré-requisito para o aluno se formar no Ensino Médio; dessa maneira ela não seria só um medidor ou um teste para se entrar na faculdade.
O Estado de São Paulo, 20/08/2010 - São Paulo SP
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