Profissão de administrador é abrangente, já que permite a atuação em cerca de 200 especialidades
Mônica Ribeiro/Folha de São Paulo
Há 12 anos atuando no mercado de telecomunicações, Cristina Duclos, 40, diretora de comunicação e imagem da Vivo, acompanha a popularização da telefonia no Brasil "desde a época em que se fazia fila nas lojas para comprar celular". Especializada em marketing, Cristina junta-se ao quadro de executivos que fazem parte das áreas de trabalho mais rentáveis para os administradores atualmente, que são as de telecomunicações e de marketing. Nas duas áreas, um profissional considerado sênior ganha cerca de R$ 8.000 por mês, segundo o CFA (Conselho Federal de Administração). Salários como esse fazem da administração a segunda carreira mais bem remunerada, segundo a pesquisa da FGV. Além de rentável, a profissão é bastante abrangente.
De acordo com o CFA, há cerca de 200 especialidades exercidas no Brasil. Por isso, quem trabalha nessa área deve escolher muito bem o seu foco. E foi justamente isso o que Cristina Duclos fez. Com MBA [curso para formar executivos] em marketing no renomado instituto de negócios Kellog School, dos EUA, a diretora de comunicação uniu a formação generalista obtida em administração com a especialidade em comunicação. Para ela, o preparo surte efeitos diretos no rendimento da companhia. "As empresas querem saber de resultados. Quando você entende do negócio, do cenário econômico, é muito mais assertivo você cuidar da comunicação do produto." Com uma formação eclética na faculdade, que vai desde a iniciação em estatística e sociologia até a psicologia, os administradores são treinados para ter jogo de cintura. Para o coordenador do curso de administração do Insper (antigo Ibmec-SP), André Duarte, além do conhecimento específico do segmento em que atua, é imprescindível que o profissional tenha capacidade de negociação. "Ele tem de ter flexibilidade para viver em um mundo de incertezas, pois cada dia surge um imprevisto."
Contatos - Outra questão fundamental é o relacionamento interpessoal. Formada há apenas seis meses pela ESPM, a analista de marketing Ana Paula Fischer, 22, soube de uma vaga em seu trabalho atual, na Nestlé, por meio de seus contatos pessoais. Ela começou a estagiar no quarto semestre da faculdade no setor bancário para ter experiência em atendimento ao cliente. Mas o que ela queria mesmo era uma vaga em marketing, fora do setor bancário. "Faltava um ano para eu me formar e eu queria trabalhar em indústria. Ainda na graduação, conversando com os professores e colegas, eu descobri que tinha uma vaga na Nestlé. Fiz o processo seletivo e passei. Entrei como estagiária e depois fui efetivada."
Fonte: Folha Online
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