Empresas querem reverter a imagem de que a mão de obra latino-americana é de baixa qualidade. Postura reflete nos resultados do GPTW 2012
Por estarem mais preocupadas com a competitividade, as empresas latino-americanas querem mudar a percepção geral de que nossa mão de obra é de baixa qualidade. É com esta frase que Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work (GPTW) no Brasil, abre a reportagem da edição 92 de HSM Management que traz os resultados do estudo GPTW 2012.
Tatiane Tiemi Shirazawa, diretora de Marketing e Relacionamento da GPTW, o Brasil historicamente sempre foi considerado um país em desenvolvimento. “Recentemente, estamos nos holofotes mundiais, por conta do bom desempenho da nossa economia, mas a visão construída ao longo dos anos sobre o Brasil ainda precisa ser adequada à realidade atual”, opina.
No caso do McDonald´s, uma das empresas que figuram no ranking da GPTW, a mão de obra brasileira é extremamente valorizada. De acordo com Ana Apolaro, diretora de Recursos Humanos da Arcos Dourados, empresa que administra a marca no País, a instituição possui um excelente padrão de treinamento operacional em terras brasileiras. “O Brasil é modelo de operação para os demais países onde estamos presentes”, conta.
Mesmo assim, Ana Apolaro avalia que o Brasil sempre enfrentou dificuldades com o assunto qualificação, por ser visto como um país que investe pouco em educação. Assim, o grande desafio de Recursos Humanos é incentivar as pessoas para que continuem aprimorando e desenvolvendo seus conhecimentos e habilidades. “É importante que os profissionais de RH identifiquem as áreas e posições corretas para receber estas pessoas e proporcionar a elas o autoconhecimento, para que apliquem seus talentos em sua plenitude”, destaca a executiva da Arcos Dourados.
O papel do RH
Em um cenário de globalização e alta competitividade, o RH das organizações tem o importante papel de contribuir para a mudança da percepção mundial sobre a qualificação da mão de obra nacional. Para Tatiane, da GPTW, o caminho para a mudança de paradigma é construir bons ambientes de trabalho. “Uma prática comum que temos observado são processos de contratação mais elaborados, nos quais avaliam competências técnicas e alinhamento aos valores da empresa. Há ainda um investimento grande em treinamento técnico-comportamental para preparar as pessoas para a gestão de pessoas”, completa.
O McDonald’s busca a atração e retenção de talentos, acreditando que dessa forma contribui para os resultados da organização e ao mesmo tempo comprova que está reunindo mão de obra nacional altamente qualificada. “Trabalhamos muito para nos manter como uma das melhores e maiores empregadoras do país. Para isto, investimos no capital humano. Nosso objetivo é oferecer treinamento, autoconhecimento, desenvolvimento e plano de carreira – tudo isso somado a um clima organizacional favorável”, revela Ana Apolaro.
Novo cenário latino-americano
Não foi só o Brasil a descobrir que ter pessoas mais felizes, orgulhosas de trabalhar na empresa, traz resultados. Colômbia e Peru também estão entre os mais bem representados no ranking. “A aceitação por parte das companhias da América Latina é imensa. As empresas da região aderiram antes da maioria das da Europa, inclusive”, conclui o CEO mundial do Great Place to Work, o brasileiro José Tolovi Jr.
Não foi só o Brasil a descobrir que ter pessoas mais felizes, orgulhosas de trabalhar na empresa, traz resultados. Colômbia e Peru também estão entre os mais bem representados no ranking. “A aceitação por parte das companhias da América Latina é imensa. As empresas da região aderiram antes da maioria das da Europa, inclusive”, conclui o CEO mundial do Great Place to Work, o brasileiro José Tolovi Jr.
Fonte: Portal HSM
28/05/2012
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