Educadores e diretores debatem sobre a escolha dos estudantes que discursam na formatura do ensino médio
The New York Times
Não haverá discurso de despedida na formatura da Escola de Ensino Médio Jericho no domingo. Com sete formandos em primeiro lugar, reivindicando a honra com médias A, ninguém queria ouvir mais uma sólida meia hora de citações inspiradoras e lembranças bobas. Ao invés disso, os sete irão realizar um esquete de 10 minutos intitulado "2010: Uma Odisseia na Jericho", sobre sua experiência coletiva nesta escola de ótimos alunos em Long Island, concluindo com 30 segundos para que cada um diga algo aos seus colegas e suas famílias. "Quando começamos a determinar que apenas uma pessoa merecia a honra de ser o orador da turma?", questiona o diretor da escola Joe Prisinzano. Em escolas de todo o país o discurso de formatura, uma tradição adorada, está rapidamente perdendo seu significado conforme os admistradores entregam a honra a qualquer aluno nota A ao invés de escolher o melhor entre eles.
Os diretores dizem que conceder o discurso de formatura a inúmeros bons alunos reduz a pressão e a competição entre os estudantes e é uma forma mais equilibrada de homenagear as realizações individuais, particularmente quando um e outro aluno são separados por apenas uma fração da nota de ciência do segundo ano. Mas alguns estudiosos e pais criticam o aumento no número de oradores, com os professores relutantes em prejudicar as oportunidades dos alunos mais inteligentes de serem aceitos em faculdades de primeira linha. "É a inflação da honra", disse Chris Healy, professor adjunto da Universidade Furman, que disse que celebrar tantos alunos como o melhor pode deixá-los mal preparados para a concorrência na universidade e fora dela.
Mas não na formatura da Escola de Ensino Médio Stratford nos subúrbios de Houston, no entanto, onde 30 alunos foram condecorados - cerca de 6,5% do total dos formandos - como oradores. William R. Fitzsimmons, diretor de admissões de Harvard, disse ter ficado sabendo de escolas com mais de 100 condecorados e alunos que estudam em casa eleitos como Nº 1 o que tem ajudado a diminuir a importância da distinção. "Eu acho, honestamente, que tem um pouco de um anacronismo", disse. "Esta tem sido uma longa tradição, mas no mundo das admissões para a faculdade não faz nenhuma diferença real". Ainda assim, ser escolhido como o número um da sala e honrado com o discurso de formatura repercute profundamente. "Eu sinto que quando se consegue essa honra, não importa quantos outros também conseguiram", disse Yvette Leung, uma das sete alunas da Jericho, que irá estudar em Harvard. "Ser escolhido como orador é uma honra e uma prova de como nos dedicamos." Por Winnie Hu
Portal IG Educação, 29/06/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário