segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Com 1 milhão de alunos, Administração é o maior curso do país




O curso de administração é o que tem mais matriculados e concluintes em todo o Brasil. Ao todo, mais de 1 milhão de universitários optaram por essa graduação. Segundo dados do Censo da Educação Superior divulgados nesta sexta-feira (27), a área do saber contou com 17,1% de todos os universitários de cursos presenciais do país. A segunda graduação mais "pop", foi direito, com mais de 723 mil matriculados e concluintes. Confira a lista das 20 graduações mais procuradas em todo o país.
O que é o Censo - O Censo da Educação Superior é realizado anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). A edição de 2008 foi feita com base em informações coletadas entre os dias 25 de março e 12 de junho de 2009. As instituições de ensino superior devem responder um questionário eletrônico preparado pelo Inep, com perguntas sobre seus cursos de graduação, sequenciais, vagas oferecidas, inscrições, matrículas, concluintes, e professores.

Fonte: Portal UOL Educação, 27/11/2009




segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Qualidade no estágio

Luiz Gonzaga Bertelli


Quais países fazem parte do grupo Bric? Do que trata a Lei Maria da Penha? Em qual nação o Brasil lidera uma missão de paz da Organização das Nações Unidas? Se você, candidato a estágio, respondeu corretamente às perguntas, pode ter certeza de que está alguns passos à frente dos seus concorrentes nos processos de seleção. Aliás, estará à frente de muita gente. O programa CQC da TV Bandeirantes usou as três questões acima para interrogar deputados nos corredores do Congresso para o quadro Controle de Qualidade, que foi ao ar em julho passado. Poucos sabiam que a sigla Bric se refere a Brasil, Rússia, Índia e China, os cinco países em desenvolvimento que liderarão a economia mundial em algumas décadas; que a Lei Maria da Penha aumentou as punições a agressões ocorridas em âmbito doméstico contra mulheres; e que a força militar brasileira da missão de paz da ONU está no Haiti há cinco anos. Estar alheio ao que acontece no campo político, econômico e social nunca é um bom sinal, especialmente para os jovens que querem conquistar seu espaço no mercado de trabalho. A falta de uma boa bagagem de informações pode ser encarada pelos recrutadores como um traço de comodismo e até de baixa capacidade analítica, está uma característica essencial de alguém que pretende atingir cargos mais altos na carreira. Isso porque, no mundo globalizado, um tsunami na América do Norte pode chegar ao hemisfério sul como uma perigosa marola capaz de acabar com negócios e com milhares de empregos - aliás, como se pode perceber com a atual crise econômica internacional.

Para atualizar e ampliar a popularmente chamada "cultura geral", vale tudo. De jornais que são distribuídos gratuitamente nas ruas ou nas estações de metrô ao bom e velho rádio sintonizado em programas jornalísticos que, não se enganem, já abandonaram aquele tom sisudo, graças a âncoras experientes e bem-humorados. No mais, uma boa sugestão é esquadrinhar a internet, buscando sites confiáveis de notícias, descobrindo novas além de redes sociais e comunicadores instantâneos. As informações estão dispersas, sim, porém acessíveis a quem souber procurá-las. É importante estar preparado caso os gestores de recursos humanos decidam criar um controle de qualidade exclusivo para os candidatos a estágio. E isso não está tão longe de se tornar uma prática comum, pois muitas empresas já submetem seus futuros estagiários a testes que avaliam muito além dos conhecimentos técnicos.

Fonte:Gazeta de Cuiabá, 23/11/2009 - Cuiabá MT

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Intercâmbio profissional

Cursos em diferentes áreas permitem ampliar conhecimento e aprender outro idioma

Márcia Maria Cruz

O momento é propício para planejar um intercâmbio. As férias escolares estão chegando e muitos programas estão com as inscrições abertas. A realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014, seguida da Olimpíada em 2016, são outros fatores que motivam o aprendizado de outro idioma. “Como ainda faltam cinco anos para a Copa, é possível planejar com antecedência e programar a viagem, fazendo valer melhor o investimento", explica Alexandre Pucci, diretor da agência de intercâmbio Information Planet. São inúmeras as oportunidades na Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e até mesmo China. As opções vão desde aprendizado de idiomas estrangeiros, até cursos de formação em diferentes áreas, como medicina, direito, marketing e propaganda.


A Beth Coutinho Intercâmbio oferece diversos programas voltados ao público adulto. As escolas oferecem cursos que começam todas as semanas para estudantes de todos os níveis de conhecimento da língua e diversas faixas etárias. O período do curso pode variar de uma semana a vários meses e o interessado pode escolher a carga horária desejada. Existem ainda opções para quem já tem um nível intermediário ou avançado do idioma e quer fazer cursos na sua área de atuação. Esses cursos podem ser em universidades ou escolas profissionalizantes reconhecidas pela sua qualidade e excelência. Além do nível requerido do idioma, algumas cursos determinam faixa etária mínima e escolaridade para aceitar o aluno.

Depois de ter feito diversos cursos de idioma no exterior, a estudante Paula Géo Machado, de 21 anos, buscou algo que pudesse agregar conhecimentos em sua área. Como estuda, simultaneamente, direito, na Faculdade Milton Campos, e administração, com ênfase em comércio exterior, na UNA, optou pelo curso Young Lawyers (Jovens advogados), em Londres. Essa não foi sua primeira experiência além-mar. Desde os 13 anos, Paula participa de intercâmbios nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Bélgica, Irlanda e França. “Não queria fazer mais um curso de idioma. Queria algo diferente. O Young Lawyers é muito bom. Os benefícios são em todos os sentidos: ampliamos nosso network, trocamos informações, sem contar o ganho cultural. Ainda aprendi um vocabulário vastíssimo em minha área”, elogia. Segundo Alexandre, um ano de intercâmbio na Austrália pode ser equivalente a três ou mais anos de um bom curso de inglês. "Quanto maior o período do intercâmbio, melhor o aprendizado. Porém, se a intenção é passar um período curto lá fora, fatalmente o estudante não poderá abandonar a escola de inglês se quiser atingir um bom nível de conhecimento do idioma", acrescenta.

DESTINOS Os custos variam de R$ 8,3 mil a R$ 15 mil, incluindo passagem aérea, curso de inglês de quatro semanas, vistos, taxas, exame médico e acomodação. Para quem deseja unir o curso de idioma ao aprendizado, a True Experience oferece graduação, pós-graduação e cursos técnicos no Seneca College. São oito câmpus em Toronto com mais de 140 opções de cursos focados na formação profissional. Quase a totalidade dos estudantes é empregada no Canadá em até seis meses, depois da conclusão do curso. Os cursos têm valor médio de US$ 11 mil canadenses e duração de oito meses. Para quem deseja um destino menos convencional, o Student Travel Bureau (STB) está com inscrições abertas para o programa de intercâmbio na China. Além de dar uma turbinada no currículo, é possível conhecer um pouco mais de sua cultura milenar. As vagas são para estágio ou trainee, dependendo da área. Os interessados não precisam falar mandarim, somente inglês. O programa tem duração de três ou seis meses e carga horária em torno de 45 horas por semana. As vagas são limitadas e os candidatos passam por um processo seletivo e adequação ao programa.


Fonte: Estado de Minas, 16/11/2009 - Belo Horizonte MG

Cursos trazem chance de atualização e "networking"


As férias de verão podem ser uma boa oportunidade para colocar o aprendizado em dia. Afinal, além de o profissional ter um tempo de folga, é nessa época do ano que muitas universidades e outras instituições de ensino oferecem diversos cursos livres e de extensão. Miguel Juan Bacic, diretor-executivo da Extecamp-Unicamp (Escola de Extensão da Universidade Estadual de Campinas), ressalta que a vantagem dos programas está na flexibilidade da carga horária e na especificidade do conteúdo.

"Um estudante pode encontrar informações que não estão na grade curricular da graduação, e um profissional formado tem a chance de se atualizar e se qualificar para desenvolver novas atividades", aponta. Segundo Bacic, o número de interessados nesses cursos dobrou na última década. No final dos anos 90, aproximadamente 5.000 alunos procuravam as aulas por ano. Atualmente, são cerca de 10 mil. Victor Trujillo, coordenador dos cursos de férias da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), conta que a maioria dos alunos dessa modalidade são executivos em busca de atualização e "networking". A analista de marketing Angélica Cecconello Corrêa, 30, fez o curso de extensão Novas Tendências de Mercado e Ferramentas de Marketing, da ESPM, nas férias de julho deste ano.

"Sentia a necessidade de aprender mais sobre os novos meios digitais", relata. As aulas, diz, foram importantes para "abrir a cabeça" e fazer contatos. Reciclagem - Também é comum encontrar nas salas de aula empreendedores de micro e pequenas empresas atrás de aulas técnicas e conteúdo rápido na área de administração e professores que querem se reciclar, descreve Trujillo. É o caso de José Roberto Kassai, 48, professor das áreas de contabilidade e ambiente da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo). Kassai fez o curso de extensão Análise Emergética de Projetos para Desenvolvimento Sustentável na Extecamp em fevereiro de 2009. "As pesquisas da Unicamp são muito desenvolvidas nessa área. Eles são pioneiros no Brasil", avalia.

Apesar dos benefícios, a escolha do curso de férias deve ser cautelosa. Fátima Rosseto, psicóloga e consultora da DBM, alerta que a aprendizagem deve estar inserida em um projeto de carreira e desenvolvimento pessoal. "Não se deve apostar todas as expectativas de promoção em um curso", avisa.

Fonte:Folha de São Paulo, 15/11/2009 - São Paulo SP